Autor: Paulo Kliass

A política econômica atual, com juros altos e arrocho fiscal, perpetua a chantagem do financismo, que usa o discurso da “dominância fiscal” para justificar seus ganhos, ignorando a real causa da inflação e impondo sacrifícios aos mais pobres

O governo adota medidas austeras que afetam os mais pobres, seguindo a estratégia de corte de despesas sociais e ignorando alternativas mais justas, o que coloca o país em uma rota de neoconservadorismo fiscal com graves consequências para a população

O governo gastou R$ 111 bilhões com juros em outubro, um recorde que escancara a desigualdade no uso de recursos públicos, enquanto cortes na saúde, educação e no abono salarial reforçam a lógica de austeridade que pesa sobre os mais pobres

O Novo Arcabouço Fiscal mantém a lógica austericida que, somada à desindustrialização e à financeirização, agrava os desafios para o governo Lula reverter décadas de escolhas políticas que enfraqueceram a economia real e os investimentos sociais

A austeridade fiscal do governo prioriza cortes em áreas sociais enquanto os juros da dívida pública consomem trilhões, limitando investimentos e ignorando soluções progressistas para justiça econômica e fiscal

A aliança entre setor financeiro, mídia e alta tecnocracia pressiona o governo por cortes sociais, visando desmontar direitos constitucionais em áreas como educação, assistência social, saúde e previdência social

A digitalização bancária impulsionada pelo PIX beneficia milhões de brasileiros, mas a parceria entre Banco Central e Google levanta preocupações. Campos Neto planeja um novo sistema de transferências que favorece grandes corporações, colocando dados pessoais em risco

O histórico das relações entre Brasil e FMI revela décadas de conflitos, onde o embate entre austeridade e crescimento econômico marca tanto governos progressistas quanto conservadores, com destaque para a recente adesão de Haddad às diretrizes fiscais do Fundo

Lula e Haddad enfrentam desafios para equilibrar o novo arcabouço fiscal. Com foco em ajuste econômico e diálogo com o mercado, a meta é garantir estabilidade sem abandonar compromissos sociais e enfrentar a pressão da Faria Lima

O colapso recente no fornecimento de energia em São Paulo revela a falência da gestão privatizada. A Enel priorizou lucros, sucateando serviços essenciais, e agora enfrenta crescente pressão para uma intervenção estatal e revisão do contrato de concessão