Live-debate lança campanha por Soberania Cultural e Comunidade Fatoflix
POR REDAÇÃO F21
No próximo dia 21 de outubro, às 19 horas, uma Live-Debate vai lançar publicamente a campanha da Frente Nacional pela Soberania Cultural e apresentar a Comunidade Fatoflix rumo à COP30.
Será um encontro reunindo vozes marcantes da cultura, do audiovisual, das artes e dos movimentos sociais para discutir os caminhos da soberania cultural no Brasil — e como podemos nos articular mais firmemente para ocupar com força e diversidade os espaços de decisão global.
Teremos cantos, vídeos, performances e debates com Bete Mendes, Cristina Pereira, Shirley Krenak, Camila Marins, Débora Duboc, Marina Iris, Mateus Solano, Matriarka — e muito mais!
A live-debate marca também o avanço rumo à estreia dos dois primeiros documentários da Fatoflix na COP30, em Belém: O Futuro dos Yanomami e 2084: A Terra Perdida (inspirado em artigo de Michael Löwy)
Reserve a data: 21 de outubro, às 19h e apoie a formação da Frente Nacional pela Soberania Cultural e a presença de mais de 50 lideranças indígenas e quilombolas na COP30.
Acesse a campanha da Frente neste link. E faça já a sua pré-inscrição na Live-Debate, clicando aqui para entrar automaticamente no grupo de WhatsApp, onde será postado o link de acesso à sala no próximo dia 21/10/2025.
Confira o convite da atriz Bete Mendes:
DICA FATOFLIX
“O Som do Tempo”, de Arthur Moura, celebra duas décadas do rap carioca
O Som do Tempo, dirigido pelo historiador Arthur Moura, e produzido em parceria com Gabriel Moreno, mergulha em vinte anos de história do rap carioca, revelando uma trajetória marcada por resistência, identidade e criação coletiva. O filme resgata imagens históricas e depoimentos que ajudam a compreender como o rap se consolidou como expressão cultural e política nas periferias do Rio de Janeiro.
A produção começou em 2009 e foi concluída em 2016, período em que Moura já havia lançado outro trabalho marcante, “De Repente: Poetas de Rua” (2004-2009), dedicado à cena do rap em seus primeiros passos no bairro da Lapa. Durante sete anos de filmagens, mais de setenta artistas de diferentes regiões do Rio foram entrevistados, resultando em dezenas de horas de material bruto que se transformaram em um registro inédito da cultura hip-hop carioca.
O documentário constrói sua narrativa a partir da diversidade das experiências que compõem o movimento: as rodas de rima, o papel das mulheres, a presença do negro na história do rap, o trabalho dos beatmakers e produtores, além da força dos grupos e MCs que moldaram a cena. Moura busca não apenas retratar o crescimento do gênero, mas também refletir sobre as tensões, contradições e desafios que acompanham essa trajetória.
Em artigo publicado no portal Bocada Forte à época do lançamento, Moura destacou que o filme é uma tentativa de sintetizar a história do rap no Rio. “O cinema é uma grande máquina de negócios. Mas é também uma força revolucionária”, afirma.
Confira O Som do Tempo na Fatoflix.
