Programas – de 21 a 29 de novembro

Programas – de 21 a 29 de novembro

*Parar o genocídio. O silêncio mata! É preciso reagir aos novos e terríveis massacres israelitas, nos últimos dias 19 e 20, no norte, centro e sul da Faixa de Gaza! Esses são os títulos das correspondências da mídia Europalestina com sede em Paris, aos jornais europeus. “Pelo menos 22 palestinos, segundo relatório provisório, foram assassinados na sequência de um bombardeamento de duas casas nos bairros de Al-Sabra e Jabalia Al-Balad, em Gaza”.

*”O médico Salem Mohammed Joudah foi morto nesse atentado e o seu assassinato ocorre um ano depois de ter perdido a mãe, as irmãs, a esposa e os filhos em outro ataque israelita à sua casa, no início do genocídio. Essa família foi retirada do registro civil”. (…) “Dezenas de crianças levadas ao hospital após o bombardeio israelense contra um prédio residencial no campo de refugiados de Al-Bureij”. E assim por diante. Como se vê, o silêncio mata.

*Outro importante programa dessa semana é essa informação: “Relatório final da Polícia Federal, após quase dois anos de investigações, segundo algumas fontes, terá mais de 800 páginas e vai propor que o ex-presidente, tido como peça-chave na trama golpista, seja responsabilizado criminalmente pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito e organização criminosa”.

*Mais um programa: ecoar e reforçar a importante Nota da Associação Brasileira de Imprensa, a ABI: “A ABI exige prisão de todos os golpistas”, e defende a rigorosa punição de todos os militares das Forças Armadas envolvidos na tentativa de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. “Diante da ameaça ao Estado Democrático de Direito, a Nação exige a prisão de todos os envolvidos na conspiração palaciana, seja qual for a patente ou o cargo”. Ou seja: expor, denunciar e punir, não apenas os operadores dos atentados mortais planejados, mas, sobretudo os mandatários e financiadores das ações criminosas.

*Um outro programa pertinente é refletir na declaração do presidente Lula ao encerrar a reunião do G20 e saudando a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil: “Jamais venceremos o flagelo da fome em meio à insensatez das guerras”.

*O filme Kasa Branca, de Luciano Vidigal, inspirado em histórias reais, acompanha Dé, morador da periferia do Rio de Janeiro, na Chatuba, que passa a viver com a avó, Dona Almerinda, diagnosticada com Alzheimer e com pouco tempo de vida. O filme tem estreia internacional no Festival de Torino, na Itália, no próximo dia 28, com o ator Ramon Francisco presente junto com Vidigal, que afirma: “É um filme feito do povo e para o povo. Afinal, é o filho da empregada doméstica que tá fazendo cinema.” Atenção a esse filme.

*De olho em outra estreia: O Clube das Mulheres de Negócios, da premiada diretora Anna Muylaert, anunciado como “uma mistura de comédia e suspense”. Também estará nos cinemas no próximo dia 28.

*Estreou na Mostra Ambiental de Cinema do Recife o doc Os Sonhos de Pepe, de Pablo Trobo. Dia 5 de dezembro o filme entra em cadeia nos cinemas.

*No Estação Botafogo, no Rio, até o próximo dia 28, Mostra Cinemina, exclusivamente com produções de diretoras brasileiras. No dia 27, Um Dia Antes de Todos os Outros, de Valentina Homem e Tati Bond.

*As vencedoras da 17ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura, que procura estimular o surgimento de novos talentos, este ano foram Luciany Aparecida e Eliane Marques. A primeira, com Mata doce (Ed. Alfaguara) e Eliane com Louças de Família, prêmio de melhor romance de estreia (Ed. Autêntica).

*Dia 25, mais um ato em defesa do mandato do deputado federal Glauber Braga, do PSOL do Rio de Janeiro, que corre o risco de ser cassado por perseguição política no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Dessa vez é no Circo Voador, na Lapa, com vários parlamentares presentes, e representantes de movimentos sociais, sindicatos, e estrelas da arte e da cultura da cidade.

*Coleção Desafios da Leitura agora com o recente volume O Cérebro leitor, da neuropsicóloga norte-americana Maryanne Wolf, que se encontra nas principais estantes das livrarias. A mesma autora de O Cérebro no mundo digital revela as relações entre o desenvolvimento do cérebro e da leitura. Como as pessoas aprendem a ler e a escrever; e como o desenvolvimento dessas habilidades transformou o cérebro e o próprio mundo. Maryanne Wolf é especialista em desenvolvimento infantil (Editora Contexto).

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*Na contramão, programa com informação decepcionante: 53% da população brasileira não tem o hábito da leitura e/ou não está interessada em livros. O pior é que nos últimos três meses essa percentagem aumentou. A pesquisa 6ª Edição de Retratos da Leitura no Brasil é realizada pelo Instituto Pró-Livro com incentivo fiscal da Lei Rouanet. É a primeira vez que o levantamento conclui que a maioria dos brasileiros não leem livros.

*Na semana passada, associações e sindicatos representantes de profissionais do setor audiovisual enviaram carta ao presidente Lula apontando dificuldades enfrentadas pela área e criticando a condução das políticas culturais pela atual gestão do Ministério da Cultura. A Associação Brasileira dos Autores Roteiristas (Abra) e a Associação Brasileira de Cineastas (Abraci) destacam a ausência de uma política pública que reconheça o audiovisual como uma indústria estratégica. “A ausência de uma política que reconheça o setor audiovisual como uma atividade industrial estratégica está colocando as empresas do setor em uma situação de desvantagem no mercado global, e afetando trabalhadores, técnicos, talentos criativos e roteiristas”, afirmam as entidades.

*Uma boa notícia: “Para quem gosta de poesia e cinema (quem não?), acaba de chegar às livrarias um volume precioso: O cinema de perto, que reúne textos em prosa e verso de Carlos Drummond de Andrade dedicados ao assunto”, anuncia o crítico de cinema José Geraldo Couto, em A Terra É Redonda. O cinema de perto, livro póstumo de Drummond, é organizado pelo neto do poeta, Pedro Augusto Graña e pelo escritor e editor Rodrigo Lacerda. Com crônicas e poemas publicados entre 1920 e 1986, ou seja, desde os 18 até os 84 anos de idade do autor (Editora Record)

*Em São Paulo, na Sala do Conservatório, na Praça das Artes, no próximo dia 24, show do duo formado por Heloísa Fernandes ao piano, e Toninho Carrasqueira na flauta, celebrando a riqueza da música instrumental brasileira. Às 11 horas, com entrada gratuita.

*Ainda estamos aqui: Indicado pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na disputa pelo Oscar 2025 na categoria de melhor filme internacional, Ainda estou aqui, de Walter Salles, estrelado por Fernanda Torres (indicada na categoria Atriz) e Selton Mello, Fernanda Montenegro e grande e eficiente elenco, chegou a fazer mais de um milhão de espectadores em apenas onze dias de exibição.

*E Marcelo Rubens Paiva já entregou à Editora Companhia das Letras os originais do seu novo trabalho, O novo agora. Pai de Joaquim e Sebastião, de dez e sete anos, ele recebeu do editor Luiz Schwarcz a encomenda de escrever um livro sobre paternidade. O novo agora começa onde Ainda estou aqui termina: “Não é mais um livro sobre a minha mãe. É sobre o que veio depois: as manifestações de 2013, o governo Bolsonaro, a pandemia de covid-19…”, ele enumera. Lançamento previsto para o início de 2025.

*Cachorros, livro do jornalista Marcelo Godoy publicado esse ano, voltou a frequentar a mídia. Nele, é revelada a história de um dos maiores espiões dos serviços secretos dos militares do tempo da ditadura de 64. Severino Deodoro de Mello (nome de guerra, “Vinícius”), militante do Partido Comunista Brasileiro, se tornou um dos mais importantes espias cooptados durante os anos de chumbo. No volume, é relatado como o deputado Rubens Paiva foi espionado em uma operação conjunta da Aeronáutica com o Ministério das Relações Exteriores, e em seguida entregue ao Exército – o responsável pelo seu desaparecimento; e morte. Godoy é autor também de A Casa da Vovó: Uma Biografia do Doi-Codi (1969-1991), centro de sequestro, tortura e morte da ditadura civil-militar.

*Programa em Porto Alegre: visitar a nova mostra da Fundação Iberê Camargo, às margens do rio Guaíba, na zona sul da cidade, celebrando 110 anos do artista que morreu em 1994, aos 79 anos, deixando um acervo de sete mil obras. A bela exposição vai até 9 de março de 2025.

*O volume Machado de Assis em Quadrinhos está nas estantes de frente de várias livrarias cariocas. Uma adaptação do trabalho do bruxo do Cosme Velho pelo ilustrador paulista Caeto, cujo primeiro romance gráfico é Memória de Elefante.

*Frase (ou meme) que atravessa programas, noticiário, diálogos, conversas, encontros e, sobretudo, advertências, esta semana: “Ainda estamos aqui”. E até mesmo o presidente Lula: “Tentativa de envenenar eu e o Alckmin não deu certo; estamos aqui”.

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