Programas – de 5 a 13 de setembro

Programas – de 5 a 13 de setembro

*No espaço de 24 horas, esta semana, as forças israelenses aniquilaram 33 palestinos na Faixa de Gaza. Entre eles, crianças que, segundo testemunhas, estavam caminhando para comprar pão. Segundo informações da Al Jazeera, além delas, outras cinco crianças ficaram feridas quando “forças israelenses atacaram um prédio residencial perto do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, em Deir El-Balah, no centro de Gaza, logo após o fim de uma pausa nos combates pela vacinação contra a poliomielite”.

*Para não esquecer e para não se habituar: neste domingo, dia 8, em Paris, grande manifestação de rua contra o massacre na Faixa de Gaza. Às 14 horas, na Place de la Republique.

*Na Europa, cresce a campanha contra prisões que vêm sendo processadas ao norte de Ramallah, na Cisjordânia, no campo de refugiados de Al-Jalazon.

*Uma quarta novela do autor palestino Ghassan Kanafani está sendo lançada e se encontra em pré-venda, com desconto, até o dia 16. Com O que lhes restou, de 1966, está completa a coleção de volumes do festejado escritor, que inclui Homens ao sol, de 1963, Umm Saad, de 1969, e Retorno a Haifa, de 1970 (Editora Tabla).

*Grande programa: começou a 27ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Este ano, a Colômbia é o país convidado para esse evento, que oferece lançamentos de livros, palestras, apresentação de catálogos de editoras, debates e encontros de leitores com autores. O público infantil, crianças de até 12 anos, tem entrada gratuita, assim como idosos a partir de 60 anos. A Bienal vai até o dia 16, no Distrito Anhembi, Av. Olavo Fontoura/Portão 38, em Santana. Das 9 às 22 horas.

*Entre os presentes nessa grande feira do livro, estão as editoras Ciranda Cultural, Intrínseca, Grupo Record, Cia. das Letras, Editora VR, Faro Editorial, Melhoramentos, Editora Vozes, Sextante, Panini, Planeta, Harper Collins, Globo Livros, Novo Século, Edições SESCSP, Livraria Drummond, Edições Loyola.

*O país preferido na atual estação de turismo de classe média de meio de ano, no continente latino-americano, é a Colômbia. San Andrés, ilha tropical, vendida como “paraíso”, e Medellín, a cidade de diversões, novas ideias e tendências. Na Rússia, a Colômbia também está em evidência, mas por razões não tão amenas. Lá, foram presos vários combatentes colombianos nas formações do exército ucraniano. Mercenários.

*Honestino Guimarães, líder estudantil da Universidade de Brasília e considerado “desaparecido político”, será interpretado pelo ator Bruno Gagliasso no filme de Aurélio Michiles intitulado Honestino. A produção teve acesso a cartas do estudante e procura fazer jus à memória do militante e presidente da UNE, na época, que foi torturado, assassinado e é um forte símbolo da luta pela democracia em Brasília. Seu corpo está desaparecido até hoje. A família não pôde enterrá-lo.

*Paraty em Foco, o Festival Internacional de Fotografia de Paraty, de 11 a 15 deste mês, está homenageando Sebastião Salgado, que vai ministrar uma aula mestra no próximo dia 14. A exposição Sebastião Salgado em Foco estará aberta na Praça da Matriz de Paraty.

*No Dia da Amazônia, 5 de setembro, costuma ser saudada a maior floresta tropical do mundo. Houve pouco a comemorar este ano, visto claudicar, no Brasil, a atenção e o cuidado para defender e preservar uma das maiores riquezas da humanidade.

*Estão abertas até o próximo dia 27 as inscrições para o prêmio Afro de Nagô: Potências da Quebrada, um estímulo à promoção da cultura negra e à educação, na periferia de São Paulo, através de trabalhos de artistas e educadores(as) moradores dessas áreas. São premiados projetos de educação, música, dança e poesia produzidos por artistas do samba, funk, rap e autores de videoclipes. Iniciativa do coletivo Casa no Meio do Mundo, da zona norte da capital paulista.

*Um dos mais importantes programas eleitorais é prestar atenção nas promessas dos candidatos, muitas vezes fáceis e fúteis, de suas agendas ambientais. Assim como pautas de educação, saúde e segurança, trata-se de um tema crítico em todos os municípios brasileiros. A ver quais são os projetos reais e viáveis dos futuros prefeitos e vereadores relativos à preservação do meio ambiente.

*Até que a Música Pare, da cineasta gaúcha Cristiane Oliveira, estreia dia 3 de outubro nos cinemas. Lançamento interessante. Grande parte do filme é falado em talian, língua brasileira, uma mistura do português com as línguas dos imigrantes que vieram do norte da Itália para o Brasil no século dezenove. É o terceiro longa-metragem da diretora. No seu currículo constam os premiados Mulher do Pai (direção, fotografia e atriz coadjuvante no Festival do Rio) e A primeira morte de Joana, prêmio do Júri da Crítica em Gramado. O filme é uma coprodução com o grupo italiano Solaria Films.

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*De autoria de João Ricardo Dornelles, professor de direito da PUC-Rio, coordenador do grupo Núcleo de Direitos Humanos nessa universidade, e membro do Instituto Joaquin Herrera Flores, um artigo com forte repercussão: “Não é preciso gostar do Maduro para estar do lado certo. O que se espera é que a soberania da Venezuela seja plenamente respeitada, sem ingerências e pressões internacionais, para que o povo venezuelano possa construir os caminhos de solução pacífica para a crise que se arrasta por muito tempo”.

*O professor Dornelles acrescenta: “Se para derrotar o fascista Trump é interessante apoiarmos Kamala sem grandes ilusões, não entendo por que não se pode apoiar Maduro para derrotar a extrema-direita neofascista venezuelana”. Clique aqui e leia na íntegra.

*Sugestão de leitura oportuna: artigo recente de Robert Reich, ex-secretário do Trabalho dos EUA e professor de política pública na Universidade da Califórnia, em Berkeley, intitulado Musk está fora de controle – Veja como Controlá-lo, publicado no The Guardian e traduzido pelo Instituto Humanitas Unisinos. Clique aqui para ler.

*O livro de Reich, The System – Who Rigged It, How We Fix It (O Sistema – Quem o Manipulou, Como Corrigi-lo, da Editora Picador), mostra como o poder econômico corrompeu o sistema político norte-americano. Reich é autor também de Saving Capitalism: For the Many, Not the Few e The Common Good. Sobre ele diz o senador Bernie Sanders: “Para entender o que está acontecendo em nosso país é fundamental se quisermos consertar isso; e Robert Reich é um professor excepcional.”

*Informações do Festival de Cinema de Veneza: Ainda estou Aqui, de Walter Salles, ovacionado pela plateia na sua estreia mundial. É a terceira vez que o cineasta participa da festa no Lido, onde esteve em 2001 acompanhando Abril Despedaçado. Em 2009, ele recebeu o prêmio Robert Bresson pelo conjunto da sua obra.

*Na última parte do filme atual de Walter Salles, o personagem de Eunice, mulher do deputado Rubens Paiva, assassinado pela ditadura civil-militar de 64, é interpretado por Fernanda Montenegro. Diretor e atriz se reencontraram vinte e seis anos depois de trabalharem juntos em Central do Brasil. Antes de estrear no Brasil, Ainda estou Aqui segue para o Festival de Cinema de Toronto e para o Festival de Nova Iorque do Lincoln Center.

*Ainda sobre o recente Festival de Veneza, uma grande surpresa. A apresentação do documentário de Michael Lurie e Eric Friedler sobre uma comédia sombria realizada por Jerry Lewis em 1972 e nunca exibida, The Day the Clown Cried (O Dia em que o Palhaço Chorou). Vários trechos desse filme lendário vêm agora ao público em From Darkness to Light, com depoimentos de Lewis, que faleceu em 2017. Trata-se de nada mais nada menos do que a terrível história de um palhaço deprimido e decadente, prisioneiro de campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial e encarregado de levar crianças até as câmeras de gás. Jerry Lewis conta o porquê decidiu filmar essa história.

*Leitura vivamente sugerida ao se completarem oito anos do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff: Pactos e Disputas Político-Comunicacionais sobre a Presidente Dilma, volume organizado por Maria Helena Weber, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O trabalho pretende recuperar a força de seu período na administração do país e abordar questões de gênero e preconceito decorrentes do exercício de poder. Apresentadoras da obra: Flávia Birolli, da UnB, e Celi Regina Pinto, da UFRGS. “Não podemos esquecer a trajetória e o impacto de Dilma Rousseff na política brasileira,” relembra o livro. Para acessar o seu conteúdo, clique aqui.

*Até o próximo sábado, dia 7, cinema cult. O Bigas Luna Tribute presta homenagem a um dos cineastas e artistas mais importantes do cinema espanhol das últimas décadas. Bigas Luna produziu 16 longas-metragens com sucesso internacional e criou uma vasta obra de artes plásticas exibida em galerias de diversos países: pintura, fotografia, vídeo, escultura e performances até sua morte, em 2013. No auditório do Instituto Cervantes/Rio de Janeiro e na sala 2 do Estação Net Rio, em Botafogo. Entrada franca.

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