“A prisão de Collor faz soar o alarme no bolsonarismo”

“A prisão de Collor faz soar o alarme no bolsonarismo”

O Centro Latino-Americano de Análise Estratégica (CLAE) traz o título “A prisão de Collor faz soar o alarme para o bolsonarismo” em longa análise de Juraima Almeida, pesquisadora brasileira, analista associada ao Centro. Segundo a analista, os apoiadores pró-Bolsonaro temem que a prisão de Collor possa ser o prelúdio e o precedente para a eventual prisão de Bolsonaro, contra quem o Supremo Tribunal Federal abriu processo por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito. Vale lembrar que Bolsonaro e Collor são aliados nas eleições de 2022. A equipe de advogados contratada por Bolsonaro, liderada pelo prestigiado Celso Berardi, priorizou o adiamento do julgamento por meio de uma série de recursos e da nomeação de testemunhas para adiar seu comparecimento perante os juízes. Além dessas manobras jurídicas, ações midiáticas e mobilizações foram montadas para exigir uma anistia, que garantiria a impunidade dos golpistas.

*Na decisão de Collor, Moraes considerou que os recursos protocolados pela defesa de Collor eram “protelatórios” para atrasar o fim do processo.

O objetivo é adiar para 2026 – ano das eleições presidenciais – uma provável condenação e possível prisão do ex-militar, que está internado em um hospital em Brasília e não tem previsão de alta. Seguindo esse plano de adiamento, Bolsonaro repreendeu um oficial de justiça que foi ao hospital DF Star na última quarta-feira para pedir que ele assinasse o documento em que foi notificado de que estava sendo processado pelo golpe de Estado. (Centro Latino-Americano de Análise Estratégica (CLAE))

BRICS NO RIO

Os ministros das Relações Exteriores do grupo BRICS de nações em desenvolvimento se reuniram na segunda-feira para discutir uma defesa compartilhada do sistema de comércio global, coordenando sua resposta à enxurrada de novas tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A reunião no Rio de Janeiro deve resultar em uma declaração conjunta criticando “medidas unilaterais” sobre o comércio do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e recentemente ampliado para incluir mais seis nações.

“Os ministros estão negociando uma declaração para reafirmar a centralidade das negociações comerciais multilaterais como o principal eixo de ação no comércio”, disse o embaixador brasileiro Mauricio Lyrio. “Eles reafirmarão suas críticas às medidas unilaterais de qualquer origem, que tem sido uma posição de longa data dos países do BRICS.”

O grupo expandido do BRICS, que acrescentou Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã no ano passado, enfrenta desafios assustadores com as ações comerciais dos EUA. (Reuters / The Daily Star)

Cuba, como país membro do Grupo Brics, participa ativamente a partir de hoje da Reunião de Ministros das Relações Exteriores dessa associação e fórum político e econômico de países emergentes, que será realizada até terça-feira, 29 de abril, no Rio de Janeiro, Brasil.  Bruno Rodríguez Parrilla, ministro das Relações Exteriores, chefia a delegação cubana, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores de Cuba. (Agência Cubana de Notícias)

LAVROV NO BRASIL

A Rússia acredita que o Brasil, que está conduzindo uma política externa independente e pode dar uma contribuição substancial para a solução de problemas internacionais, é o candidato certo para um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em uma entrevista ao jornal brasileiro O Globo. No domingo, Lavrov chegou ao Brasil para participar da reunião dos ministros das Relações Exteriores do Brics.

“É absolutamente óbvio para nós que a formação de um mundo multipolar deve incluir uma representação mais ampla dos países do Sul e do Leste Global, ou seja, países asiáticos, africanos e latino-americanos, no Conselho de Segurança da ONU”, disse ele. “Acreditamos que o Brasil, que está conduzindo uma política externa independente e pode dar uma contribuição substancial para a solução de problemas internacionais, é o candidato certo para um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU”, acrescentou o ministro. (Tass)

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HADDAD NO VALE DO SILÍCIO

O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, iniciará uma viagem ao Vale do Silício nesta semana com um plano para atrair data centers para seu país, isentando os investimentos em tecnologia relacionados de impostos federais, disseram à Reuters quatro fontes familiarizadas com o assunto.

A viagem de Haddad à Califórnia na sexta-feira inclui um café da manhã no dia 6 de maio com executivos de tecnologia em Palo Alto, onde ele apresentará o Brasil como um centro de infraestrutura sustentável, aproveitando a abundante oferta de energia renovável do país.

Falando em um evento organizado pelo conglomerado J. Safra em São Paulo, Haddad confirmou a viagem e disse que o Brasil poderia alavancar seu potencial de energia limpa para atrair investimentos e construir data centers, acrescentando que a nova política ajudaria a impulsionar os fluxos de capital.

O Ministério da Fazenda estima que a nova política poderia desbloquear cerca de 2 trilhões de reais (US$ 352 bilhões) em investimentos na próxima década, incluindo o transbordamento para a construção, telecomunicações e serviços relacionados à IA, de acordo com duas das fontes, que pediram anonimato para discutir os planos privados.

MERCOSUL-UNIÃO EUROPEIA

O Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que vê um impulso maior para a ratificação do acordo comercial há muito adiado entre o bloco sul-americano Mercosul e a União Europeia, à medida que crescem as tensões geopolíticas e comerciais. Após 25 anos de negociações, o acordo de livre comércio, que dividiu as nações europeias, foi finalizado em dezembro. Mas ele ainda precisa de legalização, tradução e aprovação dos países membros de ambos os blocos. (Reuters)

EVANGÉLICOS EM ALTA

A igreja evangélica superará a católica como maior religião do Brasil em 2032, aponta estudo. A hegemonia histórica do catolicismo romano no Brasil parece viver os seus últimos instantes nesta década. O país com a maior população seguidora do Vaticano no mundo vive uma reviravolta cristã protagonizada pelo evangelismo especialmente nos últimos 35 anos. De acordo com a projeção do doutor em demografia José Eustáquio Diniz Alves, até 2032 a proporção de católicos e evangélicos no país deve inverter-se: os fiéis apostólicos romanos devem cair para 38,6%, enquanto os advindos do protestantismo sobem para 39,8%. (Público)

NADINE HUMALA

O ex-presidente peruano Ollanta Humala (2011-2016), que desde 15 de abril cumpre pena de 15 anos de prisão por receber contribuições ilícitas de campanha, inclusive da empresa brasileira Odebrecht, agradeceu no domingo ao governo brasileiro por conceder asilo diplomático à sua esposa, Nadine Heredia, e ao seu filho mais novo. “O asilo que o Brasil concedeu a Nadine e a meu filho é um ato político e humanitário, protegido pelo direito internacional, pelo qual sou grato”, disse ele em uma mensagem publicada em nome do ex-presidente em sua conta oficial na rede social X. (El Mercúrio)

“Nadine Heredia passeia em centro comercial de São Paulo”, diz o jornal peruano Diário Correo, crítico ao asilo da ex-primeira-dama no Brasil.

Na imagem, Bolsonaro e Collor em campanha na eleição de 2022 em Maceió / Reprodução

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