Clarín: ‘Por cirurgia, Lula põe freio em sua agitada agenda’

Clarín: ‘Por cirurgia, Lula põe freio em sua agitada agenda’

O argentino Clarín dedica extensa e detalhada reportagem à cirurgia que o presidente Lula será submetido na próxima sexta-feira (29/09), com o título “Brasil: por uma operação Lula da Silva põe freio à sua agitada agenda”. Informa que o motivo da cirurgia no quadril será por osteoartrite (artrose) e que ele fará uma pausa forçada em suas viagens oficiais, após uma maratona de início de seu terceiro mandato à frente do Brasil. Lula, que completa 78 anos em outubro, tentou adiar ao máximo a operação, por receio – como confessou – de transmitir uma imagem de fraqueza. “Sou como o jogador de futebol que não quer contar ao treinador que está com dor para não ir para o banco”, brincou em julho em seu programa semanal “Conversa com o Presidente”, transmitido pelas redes sociais, quando finalmente anunciou o procedimento. Lula revelou na segunda-feira que começou a sentir dores na cabeça do fêmur direito em agosto do ano passado, durante a campanha eleitoral. Sua agenda foi reduzida e esta semana ele adiou uma viagem a São Paulo por “recomendação médica”. “Lula optou por adiar a cirurgia e cuidar de sua agenda de governo, principalmente a externa. Com a viagem global já concluída, ele pode fazer uma pausa para cuidar da saúde”, diz o cientista político André César, da consultoria Hold.

O presidente do Brasil Lula afirmou na terça-feira que o seu país pode tornar-se uma potência mundial de energias renováveis ​​face às alterações climáticas, como o foi a Arábia Saudita para os combustíveis fósseis com a sua neoindustrialização, ao anunciar um ambicioso programa para substituir importações e ampliar o complexo industrial de medicamentos e insumos para saúde, informa o site Nodal nesta quarta-feira. “Estamos construindo um país”, disse Lula durante discurso no Palácio do Planalto, ao apresentar a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico Industrial da Saúde junto à ministra da Saúde, Nísia Trindade. Nodal é um portal de notícias do Caribe e da América Latina.

Bolsonaros

O deputado Eduardo Bolsonaro apoiou o “plano da motosserra” do candidato à Presidência da Argentina, Javier Milei, e sublinhou que desta forma podemos “acabar com os privilégios da casta”.  Eduardo enviou uma saudação gravada e mostrou-se com uma “motosserra Mileicito”, figura do líder libertário na qual foi retratado ao lado da máquina com a qual simboliza o ajuste que pretende realizar. “Milei e Victoria, estamos aqui do Brasil torcendo por vocês e encantados com a motosserra Mileicito, para acabar com os privilégios de casta”, afirmou deputado brasileiro no site argentino eldiarioAr.com.

Um tribunal de primeira instância indiciou o ex-presidente de extrema-direita do Brasil, Jair Bolsonaro, por incitamento à prática de violação, num caso que se arrasta há vários anos. O caso diz respeito a um incidente ocorrido em 2014, quando Bolsonaro era deputado. Ao ser entrevistada na TV sobre um caso de estupro de grande repercussão que dominava as manchetes no Brasil, a deputada de esquerda Maria do Rosário interrompeu e disse que Bolsonaro incentivava a violência. Ele então a provocou: “Então eu sou o estuprador?” ao que ela concordou: “Sim, você é”. Bolsonaro então respondeu: “Eu nunca estupraria você porque você não merece”, informa o Brazilian Report tema que veio a público na terça-feira.

O português Correio da Manhã também noticiou o indiciamento de Bolsonaro sobre o caso com a deputada Maria do Rosário. Informa que, com o fim do mandato presidencial de Bolsonaro em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal enviou várias as ações contra o ex-presidente para a justiça comum, e o juiz de Brasília decidiu retomar o caso. Nas suas redes sociais, Bolsonaro afirmou que o novo processo se insere numa campanha de perseguição política contra ele.

8 de janeiro

A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira novas batidas e prisões como parte de uma investigação sobre os tumultos de 8 de janeiro em Brasília, nos quais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes do governo. Comunicado da polícia informa que estava cumprindo três mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão ordenados pelo Supremo Tribunal Federal em quatro estados – São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás, segundo nota da Reuters. Representam a 17ª fase de uma operação lançada em meados de janeiro para identificar pessoas que participaram, financiaram ou promoveram os distúrbios, nos quais uma multidão invadiu e saqueou o Congresso, o palácio presidencial e a Suprema Corte.

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Aborto

De acordo com um estudo da Agência Pública, políticos, partidos ligados à igreja, influenciadores e grupos de mídia conservadores veicularam anúncios contra a descriminalização do aborto nas redes da Meta. O relatório analisou os anúncios sobre o tema com maior alcance em setembro e constatou que quase 10 mil reais foram pagos às plataformas por 15 perfis. Os anúncios analisados foram exibidos mais de 2 milhões de vezes até o momento da publicação do relatório.  O campeão dos anúncios no período foi um deputado estadual do Partido Liberal (PL), o mesmo partido de Jair Bolsonaro. O pernambucano Renato Antunes pagou mais de 3.800 reais para impulsionar uma série de posts em setembro que teve mais de 460 mil visualizações nas redes, noticia o site argentino eldiarioAr

Indígenas

Após a rejeição do STF à sua proposta de restringir o reconhecimento de terras indígenas, o lobby agrícola do Congresso brasileiro busca a aprovação rápida, nesta quarta-feira, de um projeto de lei para contrariar a decisão do STF. A bancada que representa o poderoso agronegócio do país também está apoiando projetos de lei para alterar a Constituição que garantem o direito dos povos indígenas às suas terras ancestrais, disse seu presidente, Pedro Lupion, à Reuters. “Iremos prosseguir com os nossos planos legislativos, independentemente do que o tribunal faça”, disse.

Minas e energia

O britânico Financial Times traz entrevista exclusiva com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira: Não há “nenhuma contradição” entre os planos do Brasil de intensificar a exploração de petróleo e gás, inclusive nas águas da floresta amazônica, e sua aspiração de liderar a transição mundial para a energia verde, disse o ministro da Energia. Com quase 90% da sua eletricidade gerada a partir de fontes renováveis, bem como um grande programa de biocombustíveis, o Brasil tem “autoridade política, econômica e moral” para falar sobre uma transição energética justa e inclusiva com as nações ricas, disse o ministro Alexandre Silveira. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou reconhecimento internacional por tomar medidas rápidas em direção ao objetivo de acabar com o desmatamento na Amazônia até 2030, revertendo aumentos acentuados na destruição da floresta tropical sob seu antecessor de extrema direita, Jair Bolsonaro.

Seca na Amazônia

Reproduzindo reportagem da agência Associated Press, o britânico Independent informa que a floresta amazônica no Brasil enfrenta uma grave seca que pode afetar cerca de 500 mil pessoas até o final do ano, disseram autoridades na terça-feira. Muitos já lutam para ter acesso a suprimentos essenciais, como alimentos e água, porque o principal meio de transporte na região são as vias navegáveis ​​e os níveis dos rios são historicamente baixos. As secas também impactam a pesca, meio de subsistência de muitas comunidades ribeirinhas.

O português O Guardião também noticia a seca.

A publicação Brazilian Report dedica podcast à seca na Amazônia.

Sobre a seca na Amazônia, a Reuters noticia que governo brasileiro está preparando uma força-tarefa para prestar assistência emergencial aos habitantes da região amazônica atingidos por uma seca severa que afetou os rios que são seu suporte de vida, disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Mercosul

Os negociadores da União Europeia (UE) e do Mercosul se reunirão nos próximos dias 3 e 4 de outubro em Brasília para seguir avançando na conclusão do anexo sobre compromissos ambientais do acordo que as partes negociam desde há mais de 20 anos, segundo o porta-voz comunitário do Comércio, Olaf Gill.  O presidente paraguaio, Santiago Peña, havia afirmado esse dia que, se o acordo não fosse concluído antes de 6 de dezembro, o bloco sudamericano seria retirado e começaria a negociar com países asiáticos, informa o colombiano El Tiempo.

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