Com programa ‘Mais Professores’, governo Lula aposta em valorização e qualificação do magistério

MAIS PROFESSORES
O presidente Lula participou nesta terça-feira (14) do lançamento do programa Mais Professores, voltado à valorização e qualificação do magistério na educação básica. A cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, contou com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana.
O programa inclui medidas como bolsas de R$ 500 mensais para estudantes de Licenciatura e Pedagogia que obtiverem pelo menos 650 pontos no Enem, com repasses a partir de 2025. Também será criado um sistema nacional unificado de seleção, facilitando a contratação de professores em regiões com maior necessidade, além de parcerias para benefícios como cartões especiais do Banco do Brasil e Caixa Econômica.
Outro destaque é o reconhecimento do tempo de serviço para valorizar os profissionais da área. Durante uma conferência em outubro, quando o projeto ainda estava em fase de definição, Camilo Santana ressaltou a necessidade de reconhecer e valorizar os professores, destacando o papel fundamental desses profissionais para o desenvolvimento do país (Prensa Latina).
SIDÔNIO NA SECOM
Sidônio Palmeira assumiu na manhã nesta terça-feira (14) o cargo de ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) do Brasil, com a missão de reorientar a comunicação do governo no segundo mandato de Lula, já de olho nas eleições presidenciais de 2026.
Palmeira destacou que sua chegada ao governo representa um “segundo tempo” para o projeto político de Lula. Entre seus desafios estão a articulação com o Congresso, que terá mudanças nas lideranças em fevereiro, e o fortalecimento da comunicação digital, onde a oposição de ultradireita mantém forte presença. Ele também coordenará os assessores de comunicação dos ministérios e trabalhará para melhorar a relação com os outros poderes e os eleitores, visando ampliar a percepção positiva das ações do governo.
Com mais de uma década de experiência em comunicação política, assume em um momento estratégico, em que fortalecer a comunicação digital é prioridade para enfrentar desafios políticos e consolidar o apoio ao governo Lula (Prensa Latina).
SEM CELULAR NAS ESCOLAS
Lula sancionou, nesta segunda-feira, uma lei que restringe o uso de smartphones nas escolas brasileiras, alinhando-se a uma tendência global de limitar o acesso a esses dispositivos. A medida entra em vigor em fevereiro e vale para escolas de ensino fundamental e médio, permitindo o uso de celulares apenas em emergências, para fins educacionais ou para alunos com deficiência.
O ministro da Educação, Camilo Santana, ressaltou que a exposição precoce das crianças à internet dificulta o controle parental, e que a restrição nas escolas ajudará a minimizar esses impactos. Uma pesquisa do Datafolha de outubro mostrou que quase dois terços dos brasileiros apoiam a proibição do uso de celulares nas escolas, e mais de 75% acreditam que esses dispositivos causam mais danos do que benefícios.
A questão do uso de smartphones por crianças, associada a problemas como bullying, ansiedade e perda de concentração, tem sido amplamente debatida. Um relatório da UNESCO de setembro apontou que um em cada quatro países já adota restrições no uso desses dispositivos nas escolas, com ações semelhantes sendo implementadas na China, França e em estados dos EUA (Washington Post, Independent).
VIOLÊNCIA POLICIAL
O francês Le Monde aborda a violência policial contra jovens no Brasil, revelando que, entre 2020 e 2023, 3.208 jovens com menos de 19 anos foram mortos por ações policiais, segundo a Unicef e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No Rio de Janeiro, 17% dessas mortes ocorreram em favelas, frequentemente alvos de operações violentas. Famílias como a de João Pedro, morto aos 14 anos por uma bala perdida durante uma operação policial em São Gonçalo, enfrentam dificuldades para obter justiça. Mais de quatro anos após o caso, sua mãe, Rafaela Matos, ainda não recebeu indenização e lamenta a lentidão da justiça.
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro aponta atrasos nos processos civis devido à dificuldade de provar que os disparos partiram de policiais e à alteração de cenas de crime. Em abril de 2024, o Supremo Tribunal Federal determinou que o Estado deve indenizar vítimas de operações policiais, mesmo sem identificar os responsáveis pelos disparos. Apesar disso, os responsáveis raramente são punidos. Em julho de 2024, os três policiais acusados de matar João Pedro foram absolvidos por legítima defesa.
A ONG Rio de Paz, que luta contra a violência policial, propôs a criação de um memorial em homenagem às vítimas. Em dezembro de 2024, expuseram 49 retratos de crianças e jovens mortos em um bairro nobre do Rio de Janeiro, mas a prefeitura removeu as imagens no dia seguinte (Le Monde).
SE CORTÓ LA LUZ
O Brasil de Lula voltou a auxiliar a Argentina de Javier Milei na prevenção de um colapso energético, fornecendo energia elétrica que evitou novos apagões como os ocorridos há duas semanas, em meio ao aumento das temperaturas. O fracasso do “Plano Verão”, anunciado pelo governo argentino, tem evidenciado a ausência de uma política energética consistente ao longo do ano, agravada por disputas internas.
Com temperaturas próximas a 30°C, o sistema entrou em colapso. Nesta segunda-feira (13), foram importados mais de 1.760 MVh do Brasil, enquanto Chile, Bolívia e Paraguai contribuíram com volumes menores. A previsão é de que a pressão sobre o sistema aumente até 16 de janeiro, quando as temperaturas podem ultrapassar os 40°C. Segundo a Cammesa, empresa responsável pela administração do mercado de energia elétrica no país, sem a importação, cortes no fornecimento serão inevitáveis (La Política Online).
DESASTRE EM MG
As chuvas intensas em Minas Gerais já causaram 24 mortes em uma semana, sendo 11 em Ipatinga, no Vale do Aço. Na madrugada de domingo, 80 mm de chuva em uma hora deixaram 150 desabrigados e um ferido. O governador Romeu Zema pediu cautela, mas a tragédia expôs a fragilidade da infraestrutura local e a lentidão na resposta das autoridades.
Ao menos 56 municípios de Minas Gerais estão em estado de emergência, com quase 1.500 pessoas desalojadas. Além disso, 270 pessoas estão desabrigadas devido a deslizamentos de terra causados pelas chuvas.
Desde domingo, equipes da Prefeitura de Ipatinga, incluindo Defesa Civil, Bombeiros e outros órgãos, estão trabalhando para apoiar a população. A região segue em alerta para chuvas intensas, com previsão de até 50 mm de chuva e ventos de até 60 km/h, o que aumenta o risco de deslizamentos e novos danos (TeleSUR).
