Gleisi defende Lula e exalta seu compromisso histórico com as pautas femininas

GLEISI DEFENDE LULA
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), saiu em defesa do presidente Lula nesta quinta-feira (13), após uma fala do mandatário gerar críticas da oposição na véspera. Durante um evento no Palácio do Planalto, Lula mencionou ter escolhido uma “mulher bonita” para reduzir distâncias com os presidentes do Senado e da Câmara, o que gerou repercussão negativa. A oposição rapidamente usou o episódio para atacar o presidente nas redes sociais. De acordo com a CNN Brasil, Gleisi rebateu as críticas afirmando que “gestos são mais importantes que palavras”, destacando o histórico de Lula na promoção de mulheres para cargos de liderança. Em seu perfil no X (antigo Twitter), a ministra lembrou que o presidente foi responsável por lançar a primeira mulher presidenta do país e nomear mulheres para ministérios, estatais e tribunais. “Que moral vocês têm? Vocês esqueceram das entrevistas, dos vídeos em que Bolsonaro agrediu as mulheres, estimulando a violência política e física, o preconceito, o machismo? Canalhas, respeitem a inteligência do povo brasileiro!”, escreveu Gleisi. A declaração contundente também serve como recado para articulistas e comentaristas políticos da mídia corporativa que criticaram a fala de Lula, mas que silenciaram quando o ex-presidente declarou, em vídeo divulgado há uma semana, que mulheres petistas são “feias” e “incomíveis”.
BRASIL INVESTE EM IA
O Brasil igualou-se aos países mais desenvolvidos em investimento público em Inteligência Artificial (IA) com o lançamento do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024-2028, que prevê R$ 23 bilhões em investimentos. Durante o programa “Bom Dia, Ministra”, a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, enfatizou que o Brasil não apenas declara investir em IA, mas alcançou os níveis de investimento da União Europeia. O plano busca aprimorar soluções tecnológicas para serviços públicos, inclusão social e qualidade de vida. Parte dos investimentos será direcionada à infraestrutura computacional, incluindo supercomputadores de alto desempenho. Um dos destaques é o Santos Dumont, que subiu para a lista dos 100 computadores mais potentes do mundo. Segundo a Xinhua, o PBIA também foca na capacitação profissional, com 11 centros de competência em IA operando no Brasil.
TARIFAÇO DE TRUMP
O governo federal classificou como injustificável e equivocada a decisão dos Estados Unidos de elevar para 25% as tarifas sobre importações de aço e alumínio, e lançou um comunicado alertando que a medida terá “forte impacto” nas exportações nacionais desses produtos para os EUA, que somaram cerca de US$ 3,2 bilhões no ano passado. De acordo com um estudo citado na comunicação, o aumento das tarifas não terá grande impacto no PIB brasileiro, mas pode resultar em uma perda de 1,5 bilhão de dólares para o setor siderúrgico. Os EUA são o principal destino das exportações brasileiras de ferro e aço, representando 54% do total. Apesar do impacto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou represálias contra produtos estadunidenses.
DIÁLOGO | O ministro afirmou que o Brasil buscará diálogo com os EUA para contestar a decisão do governo de Donald Trump, afirmando que há um “equívoco de diagnóstico” sobre os produtos brasileiros taxados. “O presidente Lula pediu calma. Já negociamos antes em condições até mais desfavoráveis do que essa”, declarou Haddad a jornalistas, garantindo que sua equipe preparará um relatório técnico com propostas do setor siderúrgico, que será enviado ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para embasar as negociações. O Sputnik BR reporta que o ministro já participou de uma reunião com representantes do setor siderúrgico para discutir medidas relacionadas às importações e exportações.
EFEITO BUMERANGUE? | A política tarifária de Trump faz parte de suas promessas de campanha para “tornar a ‘América’ grande novamente”, priorizando empresas nacionais diante da concorrência internacional. O aumento das tarifas sobre produtos importados visa fortalecer a indústria nacional, mas, segundo a BBC News, economistas e políticos alertam para possíveis impactos negativos. Um dos principais debates gira em torno do custo das tarifas, já que o aumento dos preços pode recair sobre os próprios consumidores estadunidenses, gerando efeitos adversos para a economia do país.
TEBET ALERTA
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, alertou que o governo federal não conseguirá governar sob o atual arcabouço fiscal em 2027, independentemente de quem esteja no poder. Em entrevista, Tebet destacou uma “janela de oportunidade” no final de 2025 para discutir ajustes fiscais. A regra fiscal, aprovada no início do governo Lula, combina metas de equilíbrio orçamentário com um teto de gastos que permite que as despesas cresçam até 2,5% acima da inflação. O problema se agravará em 2027, quando os pagamentos de precatórios passarão a ser contabilizados integralmente nas despesas primárias. “Em 2027, quem estiver na Presidência não conseguirá governar com esse arcabouço sem gerar inflação, elevar a dívida pública e desestabilizar a economia”, afirmou a ministra. Apesar dos desafios, ela reafirmou que o governo segue comprometido com a meta de déficit primário zero, reporta a Reuters.
INFLAÇÃO
A inflação no Brasil acelerou em fevereiro, ultrapassando a marca de 5% no acumulado de 12 meses, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo IBGE. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou uma alta mensal de 1,31%, o maior aumento para fevereiro desde 2003. O maior impacto veio do setor de educação, que registrou alta de 4,7%, seguido pelo grupo de habitação, com 4,44%. Diante desse cenário, o Banco Central do Brasil elevou os juros em 100 pontos-base em janeiro, levando a Selic a 13,25%, e já sinalizou a possibilidade de um novo aumento de mesma magnitude na próxima reunião. As informações são da agência Europa Press.
ESTERILIZAÇÃO
O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil retomou nesta quarta-feira (12) o julgamento sobre os critérios para a esterilização voluntária por laqueadura ou vasectomia em maiores de 18 anos. A ação foi movida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), que questiona a legislação de 2022. O ministro Cristiano Zanin defendeu que a única limitação cabível ao Estado para a planificação familiar é a plena capacidade civil, considerando outras exigências como violações à Constituição. Ele destacou que a planificação familiar é uma questão pessoal que envolve autodeterminação sobre o próprio corpo. A agência Prensa Latina destaca que, apesar das mudanças recentes na legislação, o PSB ainda critica a competência do Estado para impor restrições como idade ou quantidade de filhos ao processo voluntário de esterilização.
*Imagem em destaque: (Ricardo Stuckert/PR)
