Governo precisa furar a bolha da desinformação e divulgar avanço em crescimento e emprego, diz líder do PT

O Público traz entrevista com o senador Rogério Carvalho (PT-SE), líder do PT no Senado, sobre o desafio da informação verdadeira no Brasil. O jornal português diz que a luta contra a desinformação se tornou um dos maiores desafios para o governo brasileiro. Enquanto o país apresenta avanços econômicos e sociais, muitos brasileiros que vivem no exterior são influenciados por notícias falsas ou distorcidas, que circulam, principalmente, em redes sociais e aplicativos de mensagens. O governo tem se empenhado em rebater tais narrativas, buscando levar à população um retrato real da situação do país.
A economia brasileira passa por um momento de crescimento — o Produto Interno Bruto (PIB) avançou quase 7% no acumulado dos últimos dois anos —, a taxa de desemprego é a menor da história e a inflação está sob controle, ainda que os preços dos alimentos tenham subido além do desejado. No entanto, segundo Carvalho, tais avanços são frequentemente ocultados ou minimizados por alguns veículos e plataformas digitais, que privilegiam conteúdos sensacionalistas ou de caráter político-partidário. O senador destaca que a luta contra essa desinformação não é só um desafio brasileiro, mas global, impactando seriamente regiões como os Estados Unidos e a Europa. “Estamos submetidos a um filtro informacional imposto por grandes empresas de comunicação e plataformas digitais. Nosso desafio é furar essa bolha e apresentar a realidade: o Brasil está crescendo, gerando empregos e controlando a inflação.” “O governo está investindo em comunicar melhor suas ações, mostrando comparações objetivas entre o que era o Brasil antes e o que é hoje. Ainda há muito a ser feito, mas estamos vendo avanços, e isso deve começar a repercutir também no exterior nos próximos meses.”
EDUARDO FUJÃO
O Clarín e outros sites publicam, no dia seguinte à divulgação, a notícia de que o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, anunciou que pedirá asilo político nos Estados Unidos. Ele alega ser vítima de perseguição por seu apoio ao movimento de direita liderado por seu pai. Sua declaração ocorre em um contexto de crescente tensão judicial no Brasil.
Citando o The New York Times, o argentino diz que Eduardo Bolsonaro está em solo americano desde fevereiro. Sua chegada coincidiu com o início de um debate na Suprema Corte do Brasil sobre o possível confisco de seu passaporte.
A mudança estaria ligada à sua suposta interferência na investigação contra seu pai por uma suposta tentativa de golpe depois que ele perdeu a eleição de 2022. Em um vídeo publicado em sua conta no Instagram, ele anunciou sua decisão de permanecer nos Estados Unidos e deixar temporariamente seu cargo de deputado em seu país natal. A reportagem traz as acusações contra Bolsonaro por ter participado do golpe de 8 janeiro e as proximidades entre o ex-presidente de Trump. “Covarde. Fugiu. Ciao, Querido”, diz o Kaos em la Red.
(NYT / El Diario Ar / Correio da Manhã)
CANTOR DESISTE DE ELEIÇÃO
O cantor Gusttavo Lima disse nesta quarta-feira que não concorrerá à presidência do Brasil nas eleições de 2026, meta que anunciou há dois meses, causando surpresa no mundo político.
O popular artista, que é apoiador do ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, disse em mensagem nas redes sociais que não concorrerá a nenhum cargo político nas próximas eleições e garantiu que ajudará o Brasil “de outras formas”.
O cantor de 35 anos, que não é filiado a nenhum partido político, lamentou que, desde que anunciou sua candidatura em janeiro, tenha sofrido “ataques” que questionaram “sua integridade e moral “, ao mesmo tempo em que agradeceu a seus apoiadores pela demonstração de apoio. (El Mercúrio)
EQUADOR / BRASIL
O presidente do Equador, Daniel Noboa, disse à BBC nesta quarta-feira, que deseja que os exércitos dos Estados Unidos, da Europa e do Brasil se juntem à sua “guerra” contra as organizações criminosas que operam em seu país. Em uma entrevista à rede de televisão pública britânica, Noboa disse que ficaria feliz se o presidente dos EUA, Donald Trump, designasse as gangues equatorianas como grupos terroristas, como já fez com alguns cartéis no México e na Venezuela. Nos últimos anos, o Equador sofreu um aumento da violência com grupos de tráfico de drogas. Noboa já disse no passado que gostaria de receber ajuda militar estrangeira para erradicar essas gangues, mas esta é a primeira vez que ele menciona especificamente os EUA, o Brasil e a Europa. “Precisamos de mais soldados para lutar nessa guerra. Setenta por cento da cocaína do mundo sai pelo Equador. Precisamos da ajuda de forças internacionais”, disse ele. Noboa explicou que o que começou como “gangues criminosas” em seu país agora se tornou um grupo narcoterrorista internacional com 14.000 indivíduos armados. Assim como os Estados Unidos designaram alguns cartéis latino-americanos como grupos terroristas, dando às forças policiais dos EUA mais poderes para combatê-los, Noboa disse que gostaria que Trump fizesse o mesmo com as gangues do Equador. (El Mercúrio / Prensa Latina)
GOVERNO REAGE À CONMEBOL
O governo brasileiro manifestou “forte repúdio” às declarações feitas por Alejandro Domínguez, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), durante o sorteio dos grupos da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana, realizado na noite de terça-feira. Isso se deveu à expressão infeliz de Dominguez durante a cerimônia, quando disse que uma edição da “Copa Libertadores sem times brasileiros seria impossível, como Tarzan sem [o macaco] Chita” – o chimpanzé que acompanhava o personagem em suas aventuras.
A resposta foi rápida e veio do Ministério das Relações Exteriores – chefiado por Mauro Vieira – com um comunicado afirmando: “As declarações foram feitas em um contexto em que as autoridades da Conmebol não tomaram medidas eficazes para evitar atos de racismo”. (La Nación / Ambito)
Na imagem, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) / Reprodução

Jornalista, ex-Folha, Reuters e Valor Econômico. Participei da cobertura de posses presidenciais, votações no Congresso, reuniões ministeriais, além da cobertura de greves de trabalhadores e de pacotes econômicos. A maior parte do trabalho foi no noticiário em tempo real. No Fórum 21, produzo o Focus 21, escrevo e edito os textos dos analistas.