Mídia internacional acompanha recuperação de Lula após cirurgia

Mídia internacional acompanha recuperação de Lula após cirurgia

A cirurgia de emergência realizada pelo presidente Lula, na madrugada desta terça-feira (10), para drenar uma hemorragia intracraniana, ganhou grande repercussão na imprensa internacional. De acordo com o boletim do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, Lula está consciente e em recuperação na UTI.

A hemorragia foi causada por uma queda sofrida em 19 outubro, no Palácio da Alvorada, quando o presidente precisou levar cinco pontos na nuca. Embora inicialmente não houvesse sinais de complicações, o quadro evoluiu, levando à necessidade da cirurgia.

O médico Roberto Kalil informou que Lula está estável, conversando normalmente e se alimentando. Ele permanecerá em observação pelos próximos dias e não deverá apresentar efeitos colaterais. A previsão é que retorne a Brasília no início da próxima semana. Até lá, ficará afastado de suas funções.

Nas primeiras horas desta terça-feira, Lula foi transferido de Brasília para São Paulo, acompanhado pela primeira-dama Janja, que permanece ao seu lado. Em declarações anteriores, Lula afirmou estar cuidando da saúde após o acidente e que pretende viver até os 120 anos, mantendo uma rotina de exercícios físicos e participação ativa em compromissos oficiais por todo o país.

Diversos líderes e autoridades enviaram votos de pronta recuperação ao presidente. O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, desejou rápida melhora, enquanto o ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez Parrilla, disse acompanhar de perto a recuperação de Lula e enviou seus melhores votos.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também manifestou apoio: “Espero a recuperação do grande líder operário e presidente progressista da República do Brasil. Força, companheiro!”, escreveu em seu perfil na rede social X (Granma, La Nación, EFE, El Tiempo, ElDiarioAR, Prensa Latina, Clarín, Ámbito, ElDiario.es, Correio da Manhã, Prensa Latina, RT, Público, El Espectador, Nodal, The Independent, Diario de Sevilla, Expresso, Daily Maverick, The Guardian, Financial Times, The New York Times, BBC, South China Morning Post, Le Parisien, Libération, Sin Embargo, Diario Correo).

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O Senado Federal analisa hoje um projeto de lei para regulamentar a inteligência artificial (IA) no Brasil. A votação, inicialmente prevista para quinta-feira (5), foi adiada devido à baixa presença de parlamentares e falta de consenso. O texto, aprovado por uma comissão especializada no mesmo dia, será encaminhado à Câmara dos Deputados, caso aprovado no plenário, e depende de sanção presidencial para entrar em vigor.

Apresentado em maio de 2023 pela presidência do Senado, o projeto baseia-se no parecer de uma comissão de juristas e foi revisado para atender críticas de setores como a Confederação Nacional da Indústria e plataformas como Google e Meta. As mudanças incluem exceções para uso de IA por pessoas físicas sem fins lucrativos e atividades de testes e desenvolvimento.

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A proposta foca em tecnologias de “alto risco” e prevê regras específicas para startups, micro e pequenas empresas. Também reforça a proteção de direitos autorais, propriedade intelectual e segredos comerciais, além de promover a liberdade de expressão com responsabilidade.

Se aprovado, o Brasil se unirá a países que já adotaram legislações específicas para IA, incentivando inovação responsável diante de desafios contemporâneos (Prensa Latina).

BB: AGRO EM ANGOLA

O Banco do Brasil (BB) busca parcerias para financiar o agronegócio em Angola, apostando no crédito rural como ferramenta para transformar o campo, conter o êxodo rural e gerar empregos. Fernando Gallo, diretor de Agronegócios do BB, destacou que a experiência brasileira no setor pode ser replicada com sucesso no país africano.

Segundo Gallo, o Brasil passou de importador de alimentos a potência agrícola global em 50 anos graças ao crédito rural e ao apoio aos pequenos agricultores. Durante visita a Luanda, representantes do BB compartilharam essa trajetória e exploraram possibilidades de cooperação com operadores do agronegócio local.

A delegação brasileira, que incluiu o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, observou o interesse de empresários angolanos em adotar modelos similares. Gallo reforçou que o crédito rural é essencial para fortalecer a segurança alimentar, estimular a permanência no campo e promover o desenvolvimento econômico sustentável em Angola (O Guardião).

OS FRUTOS DO ACORDO

De acordo com a ApexBrasil, o acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), firmado na última sexta-feira (6), pode aumentar as exportações brasileiras em até US$ 7 bilhões a curto prazo, eliminando tarifas para 97% dos produtos industriais e 77% dos agrícolas em até 10 anos.

O tratado, que abrange 25% da economia global e mais de 780 milhões de pessoas, é considerado estratégico. Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, destacou o papel essencial do presidente Lula, tanto nas negociações iniciadas em seu primeiro mandato quanto na diplomacia atual. O Brasil terá acesso a mais de 1.800 novas oportunidades comerciais, incluindo produtos como café, milho, suco de laranja, calçados e móveis de madeira.

Embora a participação da União Europeia nas exportações brasileiras tenha caído de 23% em 2003 para 13,6% em 2023 devido ao crescimento das transações com a Ásia, a UE segue como o segundo maior parceiro comercial do Brasil, movimentando mais de R$ 90 bilhões neste ano. No curto prazo, 242 produtos brasileiros terão tarifas eliminadas imediatamente, gerando ganhos significativos.

O acordo também inclui cooperação política em temas como meio ambiente e direitos humanos, reforçando compromissos com o multilateralismo e o desenvolvimento sustentável. Após 25 anos de negociações, o acordo é uma oportunidade estratégica para diversificar as exportações brasileiras, reduzir a dependência de commodities e fortalecer o papel do Brasil no comércio global (Nodal).

*Imagem em destaque: Valter Campanato/Agência Brasil

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