STF prepara esquema especial de segurança para julgar Bolsonaro na próxima semana

STF prepara esquema especial de segurança para julgar Bolsonaro na próxima semana

TÁ CHEGANDO A HORA

O STF reforçará a segurança de sua sede nos dias 25 e 26 de março, durante o julgamento da denúncia contra Jair Bolsonaro por tentativa golpista. O esquema inclui apoio da PM, restrições no trânsito e proteção contra ataques cibernéticos, devido às ameaças recebidas recentemente pela Corte.

O julgamento ocorrerá em três sessões na primeira sala do STF e analisará a denúncia apresentada em 18 de fevereiro pela PGR. Bolsonaro e outras sete pessoas são acusados de integrar uma organização criminosa que planejou impedir a posse do presidente Lula após as eleições de 2022. A denúncia de 272 páginas afirma que Bolsonaro tinha conhecimento e concordou com um plano para assassinar autoridades, incluindo Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

Outras 33 pessoas também são citadas, sob acusação de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado (Prensa Latina). Nesta quarta-feira (19), o STF rejeitou os recursos apresentados pela defesa de Bolsonaro para afastar os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino do julgamento. Bolsonaro, que teve o passaporte retido, pode enfrentar pena de até 40 anos de prisão (Ámbito).

Também na quarta, a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados prendeu um homem que tentou entrar armado no Congresso Nacional, em Brasília. Uma pistola calibre 38 foi encontrada em sua mochila durante inspeção por detector de metais. O homem foi preso em flagrante por porte ilegal de arma, mas liberado após pagar fiança. Ele afirmou que pretendia entregar a arma a um policial militar de Minas Gerais, suposto dono da pistola (Prensa Latina).

03 FUGIU

Eduardo Bolsonaro anunciou na terça-feira (18) que vai suspender seu mandato como deputado federal para viver nos EUA. Alegou perseguição política por parte do STF e da PF, chamando os ministros de “psicopatas” e prometendo buscar sanções internacionais contra o Brasil. A decisão ocorre logo após o fracasso de um protesto pró-Bolsonaro, que reuniu apenas 18 mil pessoas no RJ.

Ele ainda afirmou que há um plano para prender e assassinar Jair Bolsonaro na cadeia e que pretende lutar pela anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, que classifica como “reféns”. Sem Eduardo, o Parlamento ficará sem integrantes da família Bolsonaro pela primeira vez em 34 anos (Esquerda.net).

QUEM DIRIA?

Pesquisa da Genial/Quaest aponta forte rejeição do mercado financeiro a Lula. Segundo o levantamento divulgado nesta quarta-feira (19), 88% dos agentes financeiros avaliam negativamente a gestão atual e responsabilizam diretamente o presidente pelas decisões econômicas, e apenas 7% apoiam as políticas implementadas.

Fernando Haddad também perdeu aprovação entre os entrevistados, com sua rejeição subindo de 24% em dezembro para 58% em março de 2025. Em contrapartida, o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, mantém avaliação positiva de 45%, e suas decisões são consideradas técnicas pelo mercado.

Os entrevistados preveem piora econômica nos próximos 12 meses, com risco de recessão já no segundo semestre. A inflação projetada para 2025 é de 6,01%, acima dos 4,83% de 2024, e a cotação do dólar pode chegar a R$ 5,96 ao fim do ano (La Política Online)

QUEM DIRIA?2

Entre os políticos avaliados na pesquisa, Tarcísio Gomes de Freitas, governador de SP, aparece com 68% de aprovação entre os entrevistados do setor financeiro (La Política Online).

BRICS, G20, COP30

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou nesta quinta-feira (20) os países desenvolvidos, afirmando que não têm interesse em apoiar a industrialização das nações em desenvolvimento. A declaração ocorreu durante coletiva antes de uma reunião de ministros de Energia dos Brics, em Brasília. Silveira citou especialmente a França, destacando que o país questiona a exploração petrolífera na Amazônia brasileira, apesar de empresas francesas explorarem petróleo na costa do Brasil. Ele afirmou ainda que o Brics defende uma transição energética justa e inclusiva.

A posição do Brasil busca fortalecer o alinhamento dos Brics antes da COP30, marcada para novembro. O ministro também disse haver entusiasmo entre os membros dos Brics para avançar nas políticas energéticas, mencionando o consenso alcançado no último encontro do G20 como exemplo a ser seguido (South China Morning Post).

*Imagem em destaque: Reprodução/Youtube

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