Trump 2024: O impacto iminente no cenário político do Brasil

O IOL, site de notícias sul-africano que disponibiliza conteúdo de jornais locais e notícias internacionais, traz o título: “Trump 2024: O impacto iminente no cenário político do Brasil”. Diz o texto: À medida que Trump entra novamente na Casa Branca, o Brasil enfrenta uma possível encruzilhada diplomática. Com o presidente Lula fortalecendo os laços com as nações do BRICS e se afastando da influência dos EUA, Trump está pronto para remodelar drasticamente a política sul-americana e desafiar a trajetória atual do Brasil.
Esta análise explora a relação histórica entre os EUA e o Brasil e o que o retorno de Trump pode significar para o cenário político da região. A influência geopolítica dos EUA nos países sul-americanos é inegável. A América do Sul está na porta de entrada dos EUA. Com o crescente relacionamento entre os países sul-americanos e o BRICS, particularmente o crescente relacionamento entre muitos desses países com a China e a Rússia. Os EUA citam a regulamentação desses relacionamentos como importante para as preocupações de segurança em relação às tensões de longa data entre eles, a China e a Rússia.
Sob o comando do presidente Lula, o Brasil aumentou sua proximidade com a China e a Rússia, por meio da rede BRICS e de forma independente. No ano passado, o Brasil assinou um acordo com a China, no qual os dois países concordaram em abandonar o dólar nas negociações entre si e optar pelo comércio em suas respectivas moedas. Esses esforços de desdolarização não são exclusivos do Brasil, mas também de outras partes do mundo, onde o domínio americano é questionado em relação às moedas e aos mercados financeiros. Com o apoio fragmentado da direita ainda existente no Brasil, as chances de Trump influenciar a próxima eleição do Brasil são muito prováveis.
AGU / PATAFORMAS DIGITAIS
A Advocacia-Geral da União marcou para esta quarta-feira audiência pública para discutir sobre as plataformas digitais no Brasil. Entre os temas mais importantes da reunião estão a desinformação e a proteção dos direitos básicos nas redes sociais. Segundo o documento, o objetivo é ouvir contribuições de diversos setores da sociedade, como a comunidade acadêmica, plataformas digitais, agências de checagem de fatos e instituições públicas e privadas. A audiência foi convocada após a Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, fazer alterações em sua política checagem de conteúdo. Mudanças consideradas significativas pelo governo brasileiro. Além da Meta, o governo federal também convocou a rede social X, o antigo Twitter, e outras empresas do setor tecnológico. (Nodal / Prensa Latina)
Apesar de convidadas pela Advocacia-Geral da União (AGU), as plataformas digitais deixaram de comparecer à audiência pública convocada pelo governo nesta quarta-feira (22) para discutir políticas de moderação de conteúdo. (CNN)
GOL E AZUL
Um plano de fusão de duas das principais companhias aéreas do Brasil para criar uma empresa dominante provavelmente obterá aprovação regulatória, uma vez que a pressão do governo por um setor financeiramente saudável supera a preocupação com a concorrência restrita, disseram especialistas e advogados à Reuters. Uma combinação flutuante da Gol, abre nova aba e da Azul, abre nova aba, formalizada com um memorando de entendimento na semana passada, daria à nova empresa um controle esmagador sobre o mercado doméstico do país. Mas ambas enfrentaram turbulência financeira desde a pandemia, juntamente com a atual transportadora número 1 do Brasil, a LATAM Airlines, abre nova guia na unidade local. Os custos continuam altos e as viagens aéreas permanecem restritas no maior país e na maior economia da América Latina. Esse conjunto de fatores – e o apoio da administração do presidente Lula – significa que o processo de fusão, embora deva enfrentar alguma resistência, provavelmente prosseguirá. (Reuters)
QUEIMADAS EM ALTA
Incêndios no Brasil consumiram uma área selvagem maior do que a Itália em 2024. Novo relatório diz que mais de 30 milhões de hectares foram queimados, 79% a mais do que em 2023, depois que o país teve a pior seca já registrada, de acordo com um estudo do Observatório Brasileiro do Clima. No total, são 30,8 milhões de hectares em chamas. Essa é a maior área devastada pelo fogo no país latino-americano desde 2019. A Amazônia, com cerca de 17,9 milhões de hectares afetados – 58% do total – representa mais do que toda a área queimada em todo o país em 2023, afirma o estudo. A área queimada em 2024 equivale a mais de três vezes o território de Portugal
(Guardian / L´Humanité / Libération / Público)

Jornalista, ex-Folha, Reuters e Valor Econômico. Participei da cobertura de posses presidenciais, votações no Congresso, reuniões ministeriais, além da cobertura de greves de trabalhadores e de pacotes econômicos. A maior parte do trabalho foi no noticiário em tempo real. No Fórum 21, produzo o Focus 21, escrevo e edito os textos dos analistas.