Urubus sobre a carniça: governadores bolsonaristas encenam solidariedade e atacam STF

A “solidariedade” dos governadores bolsonaristas à condenação de Jair Bolsonaro soa mais como disputa por carniça do que gesto nobre. Querem mesmo é proteger o espólio político do ex-capitão, e se o clã indicar um sucessor competitivo, mudam o discurso sem pestanejar.
Na quinta-feira (12/09), a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por liderar organização criminosa que tentou derrubar o governo eleito em 2022. A decisão desencadeou reações inflamadas entre aliados de peso.
O governador de Minas, Romeu Zema, falou em “Inquisição” e acusou o Supremo de dividir o país. Já Tarcísio de Freitas, de São Paulo, classificou a decisão como “sentença injusta”. Em Santa Catarina, Jorginho Mello recorreu ao delírio: “Bolsonaro foi condenado por um autogolpe, depor um governo que era ele mesmo”.
Entre os urubus da política, ninguém quer largar o osso.
