AMSUR: Cinturão e Rota, Brasil e América do Sul

AMSUR: Cinturão e Rota, Brasil e América do Sul

O Diálogo AMSUR da última segunda-feira (16/09) debateu o tema “Cinturão e Rota, Brasil e América do Sul”. Realização: Instituto Sul-americano par a Cooperação e a Gestão Estratégica de Políticas Públicas. Parceria: Fórum 21 e Rede Estação Democracia.

A iniciativa do governo chinês, com início em 2013, denominada “Cinturão e Rota”, que vem ganhando recursos extremamente elevados, concentra-se em projetos de infraestrutura logística conectando a China aos demais países asiáticos, à Europa, à África e, mais recentemente, aos países da América Latina. Essa infraestrutura logística, voltada, fundamentalmente ao trânsito comercial daquele país com o mundo, tem também o condão de ampliar o chamado “poder brando” (não militar) chinês.

Essa presença chinesa, através da ICR, tem contribuído em enorme medida para a inserção de muitos países, em particular os da banda oriental da África, mas não apenas, em novos patamares econômicos. Isso implica, em linguagem diplomática chinesa, não somente num enorme interesse no próprio desenvolvimento da China, mas também numa relação de “ganha-ganha” com os países que se têm integrado à iniciativa.

Na América Latina, já se conta com a adesão de vinte e um países e com uma movimentação chinesa em direção à busca de outras. Até este momento, o Brasil, apesar de vir sendo sondado, ainda não se integrou e novas ações nessa direção vêm sendo tomadas, já que o tema é parte da agenda da visita que o Presidente Xi Jimping fará ao Brasil em novembro, quando da cúpula do G-20. Nessa mesma viagem, o Presidente Xi se dirigirá ao Peru, para a inauguração do Porto de Chancay, construído naquele país para o escoamento de produtos do Continente para a China, mas com um enorme viés voltado ao comércio com o Brasil.

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Quais as possíveis consequências para o Brasil e para a América do Sul de uma adesão do Brasil e de outros países da região à iniciativa Cinturão e Rota? Que efeitos geopolíticos isso pode ter? Como explicar a resultante “ganha-ganha” dessa hipótese?

Para avançarmos nessa discussão, contamos com as contribuições de:

Evandro Menezes de Carvalho, Professor Associado da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), possui pós-doutorado na Escola de Governo da Universidade de Pequim, é pesquisador sênior do Institute for Global Cooperation and Understanding (IGCU), da Universidade de Pequim. É editor da revista China Hoje;

José Renato Peneluppi Jr., Advogado; Doutor em Administração Pública na China, diretor do Conselho de Cidadãos Brasileiros de Beijing, além de associado ao Center for China and Globalization (CCG) e membro do Global Youth Leader Dialogue (GYLD)

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