Diálogo AMSUR – BRICS: Cúpula de Kazan e Presidência Brasileira; Expectativas
O BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) surge em 2006, ainda sem a participação da África do Sul, que se agrega em 2011, com os objetivos de promover o crescimento econômico e o desenvolvimento socioeconômico sustentável. aumentar a inserção das economias emergentes na economia-mundo e na geopolítica internacional e reformar a governança global. Não é exatamente um grupo econômico, mas um mecanismo internacional de atuação das principais economias emergentes do mundo atual. A esses cinco países agregam-se, quando da Cúpula de 2023, outros cinco (Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã). A Argentina, que também havia sido aprovada como membro pleno, optou por não manter sua adesão. Na Cúpula de Kazan, é esperada a participação oficial de 32 países, vários deles pleiteantes de associação, sendo que 24 desses estarão representados por seus respectivos Chefes de Estado.
Nesta Cúpula, algumas questões deverão ter centralidade, além da definição da nova presidência do grupo, na figura do Brasil, ou seja:
- A definição de critérios para que novos países se associem como parceiros do grupo, tendo em vista a manifestação de interesse por parte de vários países ainda não integrados;
- Negociação em torno de medidas para reduzir a dependência ao dólar no comércio entre os membros do grupo;
- Fortalecimento de instituições financeiras alternativas ao FMI e Banco Mundial.
Neste Diálogo AMSUR, que precede a Cúpula, além de buscar melhor compreensão sobre a importância geopolítica e geoeconômica do crescimento do BRICS+, pretendemos especular algumas os aspectos que já se desenham, bem como as expectativas quanto à presidência brasileira do grupo e, para isso, contaremos com as contribuições de:
Evandro Menezes de Carvalho, Professor Associado da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), possui pós-doutorado na Escola de Governo da Universidade de Pequim, é pesquisador sênior do Institute for Global Cooperation and Understanding (IGCU), da Universidade de Pequim. É editor da revista China Hoje;
Samuel André Spellmann Cavalcanti de Farias, Professor de Relações Internacionais na PUC-Minas, onde coordena os cursos de Especialização em China Contemporânea e Mudança Global do Clima. Especialista em Economia Internacional, com enfoque na Economia da China e nos novos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento.
Assista ao vídeo:
*Diálogos AMSUR é uma realização do Instituto Sulamericano para a Cooperação e a Gestão Estratégica de Políticas Públicas em parceria com o Fórum 21 e a Rede Estação Democracia
**O evento foi transmitido ao vivo no Youtube, no dia 21/10/2024, às 20h00
Instituto Sulamericano para a Cooperação e a gestão estratégica de políticas públicas. Acompanhe as atividades em amsur.org