Diálogo AMSUR: Governo Lula 3 – Balanço do Segundo Ano

Diálogo AMSUR: Governo Lula 3 – Balanço do Segundo Ano

Redução da pobreza e processos de inclusão social na contramão dos desmontes produzidos nas políticas públicas no pós impeachment da Presidenta Dilma;  volta a um protagonismo internacional, tanto em escala regional como global, com reconquista de respeitabilidade e busca de reorganização de sistemas de governança global e concertações internacionais, com uma diplomacia de não alinhamento ativo; políticas de reorientação da economia nacional, buscando reindustrialização e afirmação de vantagens comparativas em alguns setores da economia e agregação de valor a produtos exportados; resiliência política, mesmo em um cenário de manutenção de forte bipolarização política e chantagens.

Tentativa frustrada de golpe, com ameaças de várias ordens e participação de setores militares e civis; minoria parlamentar, com necessidade de composições políticas não programáticas para governar; grande dificuldade de efetivação de reformas mais profundas que revertam o poder de pressão e chantagem a que o governo está submetido; articulação política carente de uma base sólida dentro e fora do governo; forças armadas que mantêm seu perfil histórico de organização para o controle do território em função do combate a hipotéticos “inimigos internos”, mas com uma estrutura de defesa nacional débil que impõe alianças geopolíticas de alinhamento subalterno; um setor primário-exportador baseado em commodities minerais e agropecuárias, ao lado de um processo de desindustrialização e com baixa capacidade tecnológica e de inovação; um mercado financeiro especulativo e descolado da economia real, fortemente conectado à manipulação da dívida pública interna, controlando taxas de juros fora de parâmetros internacionais.

Como compreender, nesse complexo quadro, dificuldades e possibilidades para a segunda metade do atual governo? Como pensar este governo enquanto transição na direção de afirmação de um Projeto de País com horizontes de mais largo fôlego? Como construir correlação de forças mais favorável na direção desse projeto a ser disputado em prazo mais largo? Para buscarmos aprofundar essa compreensão, contamos com as contribuições de:

Roberto Amaral, jornalista, foi ministro da Ciência e Tecnologia durante o primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e presidente do Partido Socialista Brasileiro;

Manuel Domingos Neto, historiador, foi professor na UFC e na UFF e pesquisador na Fundação Getúlio Vargas, Ministério da Agricultura e Fundação Casa de Rui Barbosa, ex-vice-presidente do CNPQ e presidente da Associação Brasileira de Estudos da Defesa;

Ricardo Carneiro, economista, professor titular do Instituto de Economia da Unicamp, foi Diretor Executivo, pelo Brasil e Suriname, do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Assista:

*Diálogos AMSUR: uma realização do Instituto Sulamericano para a Cooperação e a Gestão Estratégica de Políticas Públicas, em parceria com Fórum 21 e Rede Estação Democracia

**Programa transmitido ao vivo no dia 16/12/2024

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