Programas 11 a 18 de Novembro

Programas 11 a 18 de Novembro

*Muita saudade: este é o programa: Gal em Chega de Saudade e no documentário Doces Bárbaros, de Jom Tob Azulay. * Poder Camuflado – Os militares e a política, do fim da ditadura à aliança com Bolsonaro (Cia das Letras) de Fabio Victor.* Festival Mulheres no Cinema ao Redor do Mundo, nas salas Itaú em São Paulo, Rio…

*Muita saudade: este é o programa. “Gal Costa foi das maiores cantoras do mundo, das nossas principais artistas a levar o nome e os sons do Brasil para todo o planeta. Seu talento, técnica e ousadia enriqueceu e renovou nossa cultura, embalou e marcou a vida de milhões de brasileiros”, disse o presidente eleito Lula, esta semana, sobre a grande perda de Gal Costa. O programa aqui é Gal em Chega de Saudade e Gal no documentário Doces Bárbaros, de Jom Tob Azulay, comemoração de dez anos de carreira dela, de Caetano, Gil e Betânia, filme de 1977. Na Globoplay.

* Sucesso editorial: o livro Poder Camuflado – Os militares e a política, do fim da ditadura à aliança com Bolsonaro, (Cia das Letras) de autoria do jornalista Fabio Victor, ex-repórter da revista piauí e ex-repórter especial e correspondente da FSP em Londres. Ele reconstitui a atuação política dos militares desde a reabertura democrática até o Brasil de Bolsonaro. Victor escreve sobre a herança mal resolvida da ditadura civil-militar de 64 recebida pelo país, a tentativa de revivê-la com as comemorações do golpe militar durante o ex-governo Bolsonaro e focaliza a relação umbilical entre militares e política na democracia. 

*Em um trecho (espantoso) do livro, o autor reproduz o que ouviu de Joseíta Brilhante Ustra, viúva de torturador na ditadura de 1964: “Quando encontro um general recém-promovido, digo que sou viúva do Ustra, na hora ele bate continência para mim e diz: ‘seu marido foi um herói’.

* Atenção para o festival Mulheres no Cinema ao Redor do Mundo, nas salas Itaú em São Paulo, Rio e Brasília (itaucinemas.com.br) que se estende até o próximo domingo, dia 13. É um panorama do cinema italiano protagonizado, escrito e dirigido por mulheres. Na programação, quatro filmes longas e um curta, todos premiados em festivais. Minha mãe (11/11 e 13/11) e As irmãs (12/11) são dois deles. 

* Está aberta à visitação a mostra Fotorio – Festival Internacional de Fotografia/Rio de Janeiro -, na Casa da Escada Colorida, na Lapa, um dos locais mais interessantes do Centro histórico da cidade, a Escadaria Seleron.

* O Cinefoot – Festival de Cinema de Futebol entra em campo na sua edição de número 13.
É o único festival de cinema de futebol do Brasil e pioneiro na América Latina. Além das mostras competitivas internacionais de curta e longa metragens, o Cinefoot conta com mostras especiais de caráter não-competitivo como a Mostra Dente de Leite no Youtube, dias 18 e 19 das 9h às 13h e domingo, dia 20, das 9 às 11h. Programação completa disponível no site www.cinefoot.org

* A Festa do Livro, da USP, termina sábado próximo, mas no seu site a feira se prolonga até domingo. Os livros estão disponibilizados com preços de 50% de desconto. Sugestão: ler (ou reler) Sobre o conceito de História, de Walter Benjamin, que se encontra à venda.

* Vale mais um programa musical Candlelight: na Igreja de São Francisco da Penitência, Rio de Janeiro, as Quatro Estações de Vivaldi com o Quarteto de Cordas Ornamentus. Dia 27 deste mês às 15, 17 e às 19 horas. Duração, uma hora. Acesso à igreja pela Avenida República do Chile; e o estacionamento para carros é gratuito.

* O Canal Brasil celebra o vigoroso audiovisual de Pernambuco, um dos maiores pólos da produção cinematográfica do Brasil, com a Mostra Cinema Pernambucano em Ação. Estão sendo exibidas 11 produções, entre elas o longa inédito Seguindo Todos os Protocolos, os sucessos Bacurau e Divino Amor, e a série Fim do Mundo. Até o dia 18, sempre à 0h30. E tem mais: Azougue Nazaré, de Tiago Melo; Tatuagem, de Hilton Lacerda, e Era uma Vez, Eu, Verônica, de Marcelo Gomes. Os clássicos do cinema nacional Baile Perfumado, de Lírio Ferreira e Paulo Caldas, e Amarelo Manga, de Cláudio Assis, estão na lista.

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* Atenção, grande programa: festejar Zumbi e o Dia Nacional da Consciência Negra, a 20 deste mês. A liberdade precisa ser conquistada.

* Leitura atraente e oportuna: o volume Os Amnésicos, de Géraldine Schwarz, (Editora Âyiné, tradução de Ana Martini), jornalista e cineasta franco-alemã descendente de mãe francesa e pai alemão, hoje concentrada em pesquisar arquivos dos serviços secretos federais alemães. ‘

*”Agora que as testemunhas já morreram, tanto as vítimas como os algozes, resta a lembrança de suas palavras e de seu rosto, os monumentos e os livros. Eu quis tecer os fios da grande história com os da pequena, até que emergisse um quadro do mundo de outrora com suas porções de sombra e de luz, com suas vidas destruídas pela megalomania dos homens, com a vida de Lydia e Karl Schwarz que tiveram a infelicidade de nascer no limiar de um século maldito”. 

* Acompanhando três gerações da sua família, Géraldine reconstitui o trabalho de memória empreendido na Alemanha, que é a ”força da democracia do país” segundo a autora. Ao compará-lo com as lacunas memoriais na França e em outras partes da Europa, ela levanta uma questão essencial: ”Fazer dos cidadãos vítimas da História em vez de responsabilizá-los não teria aberto caminho para o populismo e fragilizado as nossas democracias?” Provocação que vem mais do que a propósito. 

* O Festival Internacional das Artes da Língua Portuguesa é gratuito e traz na sua programação teatro, música, debates e gastronomia. O português é a quinta língua mais falada no mundo — cerca de 280 milhões de pessoas — e até o dia 14, todos esses sotaques se encontrarão no Rio de Janeiro. Gratuito,  reúne nove países que falam a nossa língua: Brasil, Angola, Moçambique, Portugal, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Guiné Equatorial e Timor Leste. No Teatro Firjan SESI/Rio, no Real Gabinete Português de Leitura e no restaurante Rancho Português.

* O grande homenageado desse festival é Ruy Guerra, de 91 anos, dramaturgo, poeta, professor, cineasta, expoente do Cinema Novo. Ruy, referência para diversas gerações, nasceu em Moçambique e vive no Brasil há 61 anos. O seu magnífico trabalho é analisado na oficina Diário de Montagem: na ilha de edição com Ruy Guerra, comandada pelo cineasta Daniel Garcia, que também é montador dos seus filmes.

* Entre os autores mais vendidos(as) em outubro, em uma tradicional livraria do Leblon, no Rio de Janeiro, uma escritora: a francesa Annie Ernaux, 82 anos, Premio Nobel de Literatura de 2022 com A Vergonha. “Meu pai tentou matar minha mãe num domingo de junho, no começo da tarde.” E ela tinha 12 anos de idade. Com esta linguagem cortante e desprovida de sentimentalismos pela qual ficou conhecida, Ernaux inicia um capítulo do seu volume rememorando uma experiência traumática e identifica nesse incidente a gênese de um sentimento que passaria a acompanhá-la para o resto da vida. 

* Lançada agora, quando se completam 50 anos da sua primeira edição e lembrando do assassinato do autor, em 1980, por ser  militante político, está sendo publicada pela primeira vez em língua portuguesa, Como a Europa subdesenvolveu a África, do historiador e líder teórico do pan-africanismo Walter Rodney. No livro, considerado obra-prima da economia política, o impacto da escravidão e do colonialismo na história da África e o argumento de que o inabalável ‘subdesenvolvimento’ africano não é um fenômeno natural, mas sim produto da exploração imperial de todo um continente – prática que continua até hoje. 

(L.M.A.R.) 
As informações acima são fornecidas por editoras, produtoras e exibidoras.

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