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Economia brasileira cresce com resiliência e supera expectativas

Economia brasileira cresce com resiliência e supera expectativas

Focos 21 traz as principais notícias sobre o Brasil na imprensa internacional nesta sexta-feira, 16 de agosto.

POR TATIANA CARLOTTI

Um forte mercado de trabalho e um setor de serviços em expansão vêm sustentando a economia brasileira, destaca a Reuters nesta sexta-feira (16), ao informar o crescimento de 1,4% do PIB em junho, em comparação com o mês de maio, com base no índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), uma prévia do PIB que será oficialmente divulgado em setembro.

O índice supera as previsões de crescimento de 0,5% dos economistas ouvidos anteriormente pela agência britânica, mostrando “resiliência” e consolidando as previsões de “um ano sólido para a maior economia da América Latina”. Reuters traz aspas do alto-escalão do Santander e do Goldman Sachs, que elevaram suas projeções de crescimento econômico para o Brasil. “Estamos impressionados com a força atual da economia brasileira”, afirmou Ana Paula Vescovi, economista-chefe do Santander.

Os dados do IBC-Br são reforçados pela pesquisa Monitor do PIB, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que aponta o crescimento de 1,1% no segundo trimestre deste ano, em comparação com o mesmo trimestre em 2023, informa a Agência Brasil. O ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse que o país revisará a sua previsão de crescimento para mais de 2,5%, após manter a estimativa nesse nível em julho.

Começam as eleições municipais

A campanha eleitoral dos candidatos às prefeituras brasileiras começa nesta sexta-feira (16). O primeiro turno está marcado para 6 de outubro e o segundo para o dia 27 do mesmo mês. Estão proibidas as deep fakes (alteração de vídeos com IA) e todo conteúdo que use IA deve ser alertado em qualquer forma de propaganda eleitoral, informa a cubana Prensa Latina.

Eleições Venezuela

O presidente Lula voltou a se pronunciar sobre as eleições na Venezuela nesta sexta-feira (16), durante uma entrevista à Rádio Gaúcha: “A oposição diz que ganhou, Maduro diz que ganhou e só posso reconhecer que o processo foi democrático se apresentarem as provas”. No Rio Grande do Sul, onde inaugurou unidades do Minha Casa, Minha Vida e acompanhou os esforços de reconstrução do estado, ele foi questionado sobre o regime venezuelano.

“Eu acho que a Venezuela vive um regime muito desagradável. Não acho que é uma ditadura, é diferente de uma ditadura. É um governo com viés autoritário, mas não é uma ditadura como a gente conhece tantas ditaduras nesse mundo”. Suas palavras ganharam destaque no britânico The Guardian, no espanhol El Diário, no português Correio da Manhã, nos argentinos La Politica Online, Clarín e La Nacion, entre outros.

Ontem (15), em entrevista à rádio T de Foz do Iguaçu, Lula propôs duas possíveis soluções à crise política na Venezuela: a formação de um governo de coligação ou a realização de novas eleições. Vários veículos trouxeram o tema em suas páginas, como os europeus El Mundo, Agence France-Presse (AFP) e Financial Times. Reportagem do argentino Página 12 sintetiza os retornos dos chefes de Estado à proposta brasileira:

  • Gustavo Petro (Colômbia), em suas redes sociais, sugeriu ideia semelhante, ao citar a frente nacional em seu país que, entre 1958 e 1974, reuniu liberais e conservadores: “A experiência da Frente Nacional Colombiana é uma experiência que, aproveitada temporariamente, pode ajudar a alcançar uma solução definitiva”.
  • López Obrador (México) rejeitou a proposta: “Vamos ver o que o tribunal decide… Não creio que seja sensato nós, de fora, um governo estrangeiro, seja quem for, dar opinião sobre algo que cabe aos venezuelanos resolverem. Vamos esperar que os órgãos eleitorais daquele país decidam, vamos agir com prudência”.
  • Joe Biden (EUA) que havia respondido “sim, aceito” antes de embarcar no helicóptero presidencial (Político), acabou sendo corrigido horas depois pelo porta-voz da Casa Branca, que afirmou ser “muito claro para a maioria do povo venezuelano, para os Estados Unidos e para um número crescente de países que foi Edmundo González Urrutia quem obteve mais votos em 28 de julho”, informa a Agência Lusa/Guardião.
  • Nicolás Maduro (Venezuela) rejeitou ambas propostas: “No Brasil, o ex-presidente Bolsonaro, aliado da extrema-direita na Venezuela, gritou fraude e não aceitou a derrota. Foi a justiça brasileira que decidiu e ninguém saiu da Venezuela, nem do nosso Governo, para pedir nada”. Ele também disse: “Nunca vou dizer que a Colômbia deve fazer isso ou aquilo, e ainda apresentar nas minhas redes sociais um conselho. Cada presidente, cada Estado sabe o que deve fazer com seus assuntos internos”. E sobre Biden, questionou: “Quem está no comando da política externa dos EUA?”, destaca a russa RT.
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A oposição venezuelana a Maduro também condenou a proposta brasileira, destaca o argentino Clarín.

Brasil-Colômbia

Os chanceleres da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, e do Brasil, Mauro Vieira, reuniram-se em Bogotá no Palácio de San Carlos para revisar as relações bilaterais. Murillo enfatizou a importância do apoio do Brasil na Cúpula da Biodiversidade (COP16) e agradeceu o convite ao presidente Petro para a Cúpula do G20. Vieira ressaltou o progresso na parceria estratégica e o interesse em expandir o comércio bilateral e a interconexão digital entre os dois países, informa a cubana Prensa Latina.

Brasil-China

A China está pronta para trabalhar em conjunto com o Brasil para promover a construção da comunidade sino-brasileira nos bons e maus momentos, afirmou ontem, o presidente chinês Xi Jinping, destaca o portal New China. A declaração foi dada durante as comemorações do 50º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países, que é tema de análise no podcast Mundioka, da Sputnik Brasil.

Em tempo:

Emir Sader publica hoje na Página 12 o artigo Democracia e neoliberalismo, destacando que “o documento dos governos do Brasil, México e Colômbia aponta a visão que deve orientar os governos da região”.

Patria Latina traz artigo de Marco Antônio Barbosa (CAME do Brasil) sobre os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, apontando que “com 3% da população mundial, o Brasil responde por 10% de todos os homicídios cometidos no planeta” e que, em termos globais, “a taxa brasileira de mortes violentas por 100 mil habitantes é de 22,8 homicídios, enquanto a média global é de 5,8 mortes por 100 mil cidadãos”.


Foto de capa: O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil).

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