Programas 27 de janeiro a 3 de fevereiro
* O programa central é doar o valor que cada um puder oferecer para as campanhas que pipocam por todo o país em favor da assistência urgente e imediata ao povo yanomami atacado covardemente nos últimos quatro anos com ações criminosas do próprio governo federal no exercício 2019/2022. * E muito mais…
* O programa central é doar o valor que cada um puder oferecer para as campanhas que pipocam por todo o país em favor da assistência urgente e imediata ao povo yanomami atacado covardemente nos últimos quatro anos com ações criminosas do próprio governo federal no exercício 2019/2022; ações premeditadas ou seja, genocídio, que visavam o seu extermínio.
* Duas dessas campanhas são realizados por organizações reconhecidas internacionalmente. A [email protected] fundada em 2004, está na rua com a Campanha Quaresma. Frei Beto é um dos seus dirigentes e o líder indígena David Kopenawa é o presidente. Acesse http://www.hutukara.org/
* Outro movimento é o da Ação da Cidadania Contra a Fome e a Miséria e Pela Vida – www.acaodacidadania.org.br – e o seu endereço é [email protected] Ação coordenada com o Ministério do Desenvolvimento Social, com a parceria da Funai, de militares e de entidades locais.
* A Ação da Cidadania CUFA (Central Única das Favelas) colabora com caminhões transportando os gêneros doados até as lideranças locais e áreas indígenas. O site paraquemdoar.com.br mostra o que se pode fazer de forma segura. E a CUFA e a @Frente NacionalAntirracista estão trabalhando em conjunto na campanha #FavelascomYanomami
* Anotar. Não esquecer: 20 mil garimpeiros ilegais foram autorizados a trabalhar no território dos yanomamis envenenando águas dos rios da região com mercúrio e dizimando extensas áreas de floresta. Pelo menos cerca de 570 crianças indígenas morreram, nos últimos quatro anos, contaminadas por covid-19 e sem acesso às vacinas, ou com desnutrição, infecções severas e sem assistência médica, e atingidas pela explosão da malária na comunidade. Um caso de estupro de jovem indígena chegou a ser denunciado e incêndios e destruição de postos de saúde precários foram fechados por garimpeiros e madeireiros ilegais.
* Órgãos federais que deveriam fiscalizar e denunciar a situação de calamidade, desestruturados, não puderam trabalhar durante o período 2019/2022.
* A destruição, a fome e a crise sanitária provocadas pelo garimpo ilegal assolam os yanomamis e atingem pelo menos 13 161 indígenas que vivem em cinco territórios do Pará e Amazonas. Os povos kayapó e munduruku são também os mais atingidos pela exploração ilegal de ouro segundo o monitoramento do Mapbiomas.
* Lançada a segunda edição do livro O Brasil no Espectro de uma Guerra Híbrida, autoria do antropólogo Piero C. Leirner. Além de revisões pontuais, 16 páginas foram agregadas ao longo dos capítulos. ”Não se trata de uma inserção com dados do que aconteceu no Brasil após o final de 2019; o texto original foi escrito no segundo semestre deste ano-”, anuncia a Editora. São pontos que não foram contemplados na 1ª edição e esclarecem questões que merecem discussão mais detalhada. ( Ed. Alameda)
* De olho no livro Eleições 2022 e a reconstrução da democracia no Brasil, nas livrarias no começo de fevereiro. Da Editora Autêntica, o trabalho mergulha no processo eleitoral do ano passado em meio à desinformação e as ameaças contra a democracia. A obra é organizada pelo professor de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais, Leonardo Avritzer e pelas pesquisadoras Eliara Santana e Rachel Callai Bragatto. Os autores apresentam: ”O livro faz a conexão entre as eleições de 2022, o resultado eleitoral e a governabilidade nos próximos quatro anos a partir da perspectiva dos desafios para a reconstrução democrática”.
* Leitura imperdível: o artigo do cientista político João Roberto Martins Filho, autor do livro Os Militares e a crise brasileira (Ed. Alameda). Publicado dia 19 último no Le Monde Diplomatique Brasil, é intitulado A Eloquência do General. Ele escreve: ”O caso Mourão nos ajuda a entender com mais precisão o modus operandi que levou à situação em que hoje estamos e o ideário transmitido de geração a geração, nas academias militares, fartamente financiadas com dinheiro público”. O autor é professor de Ciência Política da Universidade Federal de São Carlos. [email protected]
* Seguindo a tendência de filmes autobiográficos, sobressaem três produções realizadas nos últimos tempos com fragmentos de memórias da vida dos seus diretores: Roma, de Alfonso Cuarón, Belfast, de Kenneth Branagh e Os Fabelmans, de Spielberg.
* Grande programa: visitar no CCBB do Rio de Janeiro a exposição de trabalhos do carioca Walter Firmo, um dos grandes foto-jornalistas em atividade desde os anos 50 e até 2021. No verbo do silêncio a síntese do grito vai até 27 de março e apresenta cerca de 266 fotografias. As imagens retratam a população e a cultura negra de diversas regiões do país revelando ritos, festas populares e religiosas, personagens e cenas cotidianas. Firmo é famoso pelos registros icônicos de grandes nomes da música popular brasileira, também encontrados em um dos segmentos da mostra que tem curadoria de Sergio Burgi e de Janaína Damaceno. Imperdível.
* Um filme encantador, A Felicidade das Pequenas Coisas, escrito e dirigido pelo estreante Pawo Choyning Dorji, está completando nada menos que um ano em cartaz no cinema Petra Belas Artes, em SP. Já foi visto por 18 mil espectadores e é o resultado de uma viagem que o cineasta fez aos ”cantos mais profundos do Butão”, como ele diz. Já foi um indicado ao Oscar de Filme Internacional.
* Bom título o do livro Comer o pão, viver a cidade, de Ana Lucia Duarte Lanna. Um passeio pela cidade de São Paulo entre final do século XIX e meados do século XX, revela presenças estrangeiras e focaliza as aproximações e os distanciamentos entre os grupos sociais, étnicos e de gênero dos habitantes da capital paulista a partir de hábitos alimentares, em particular do consumo do pão. O livro analisa o mundo do trabalho nas padarias e as práticas políticas de padeiros e panificadores.
* Para celebrar o Dia Nacional da Visibilidade Trans, o Museu da Diversidade Sexual realizará ”uma ação cultural” sábado, 28/01, no Centro de São Paulo. A atividade terá música e poesia, e é uma parceria com o Museu da Cidade de SP.
* Reforçar a importância do Dia da Visibilidade Trans é importante se considerarmos que o Brasil segue à frente entre os países que mais matam pessoas trans no planeta – 131 pessoas foram assassinadas aqui em 2022, apesar de transfobia ser considerado crime nesse país desde 2019.
*A canção I Wanna Dance With Somebody, de Whitney Houston, estourou 625% no streaming, nos últimos dias. A trilha sonora da cinebiografia que conta a história da cantora alavancou a performance do hit dos anos 80 nas plataformas de música
* Uma vez por semana, às quartas-feiras, aula com o cineasta Ruy Guerra no cinema Estação Net Botafogo. Cada Master Class terá como tema um filme de Ruy com a exibição seguida de debate. Inscrições na lojinha Cavideo/Estação, no cinema da Rua Voluntários da Pátria.
(L.M.A.R.)
As informações acima são fornecidas por editoras, produtoras e exibidoras.