BAHIA: Governo presente cuida da gente

Brasileiros devem deixar Gaza até a próxima 4a feira, afirma o chanceler Mauro Vieira.

Brasileiros devem deixar Gaza até a próxima 4a feira, afirma o chanceler Mauro Vieira.

O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, anunciou na noite da sexta-feira, 03 de novembro, que obteve o compromisso do governo de Israel de que os brasileiros poderão deixar a Faixa de Gaza até a próxima 4a feira.

Nesta semana, a Bolívia cortou relações diplomáticas com Israel, o Chile e a Colômbia retiraram seus embaixadores de Tel Aviv, e o Brasil implorou por um cessar-fogo no assassinato de crianças na Faixa de Gaza, escreve o estadunidense NPR.

As críticas vindas dos governos de esquerda da América do Sul se intensificaram nos últimos dias, à medida que milhares de palestinos foram mortos em ataques aéreos e bombardeios provocados por Israel, de acordo com autoridades de saúde em Gaza.

O site Voz de America destaca a frustração que tomava conta d Brasil porque não teve seu grupo incluído nas listas de estrangeiros autorizados a sair do enclave palestino após três semanas de negociação.

Conforme publicação do Pledge Times, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, reafirmou nesta quinta-feira (2) ao ministro Mauro Vieira seu compromisso de garantir o repatriamento imediato do grupo de 34 pessoas. No entanto, as autoridades de Gaza divulgaram uma nova lista com os nomes de civis autorizados a deixar o território nesta sexta-feira (3) e, mais uma vez, os brasileiros não foram incluídos na relação.

Paulino de Carvalho Neto, embaixador do Brasil no Egito, esclarece que a situação depende da aprovação de autoridades israelenses (o que só ocorreu nas últimas horas), de acordo com o portal Baltic News Network. “A exclusão de brasileiros da lista de estrangeiros autorizados a sair de Gaza levanta sérias questões sobre o processo de seleção e os critérios utilizados para determinar quem pode sair”, aponta a publicação, informando ainda que não há um cronograma definitivo para quando os brasileiros poderão deixar o território.

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O presidente Lula e o chefe do Governo espanhol Pedro Sánchez concordaram na necessidade de acelerar a conclusão das negociações do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE), informa o português Correio da Manhã. Em uma conversa por telefone nesta sexta-feira (3), os líderes destacaram a oportunidade que a presidência simultânea do Brasil no Mercosul e da Espanha no Conselho Europeu oferece para finalizar o acordo – em andamento há 22 anos e firmado em junho de 2019 –, que ainda não foi ratificado devido a questões pendentes.

Segundo a agência cubana Prensa Latina, Lula ressaltou os avanços do país na transição energética e destacou os desafios enfrentados devido às mudanças climáticas, como a atual seca na Amazônia, e enfatizou a importância de restringir o acesso a compras governamentais no acordo, visando a reindustrialização do Brasil e dos demais países do Mercosul, frisando ainda que o Congresso brasileiro acaba de aprovar a entrada da Bolívia no bloco sul-americano.

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Sanchéz endossou a necessidade de acelerar a finalização a aliança, destacando a disposição da Comissão Europeia em manter conversas para conclui-lo rapidamente. O acordo entre Mercosul e UE tem o potencial de criar uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, promovendo o crescimento de ambos os blocos.

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No argentino La Nación: Pouco mais de um mês após uma cirurgia no quadril, Lula compartilhou nas redes sociais seu progresso na recuperação. “Em breve de volta aos campos e chutando com as duas pernas”, escreveu o presidente em uma postagem no X (antigo Twitter). No vídeo, Lula – que completou 78 anos no último dia 27 de outubro –, fala da importância da fisioterapia no processo de recuperação e é visto chutando uma bola e demonstrando uma notável melhora após a cirurgia de artroplastia de quadril, devido à artrose que o afligia, causando dores e afetando sua mobilidade.

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Artigo opinativo no Centro Latinoamericano de Análisis Estratégico traz um balanço primeiro ano do terceiro mandado de Lula, eleito presidente após sua prisão em um emblemático caso de lawfare, derrotando o ex-presidente inelegível por uma pequena margem nas eleições. O texto, com autoria de Matías Caciabue e Paula Giménez, aborda os desafios inicias de Lula, incluindo sua estratégia para lidar com a situação econômica herdada da administração anterior e combater a pobreza, o desemprego e a paralização nas negociações salariais; a implementação de políticas de estímulo ao crescimento econômico; as medidas para diminuir o desmatamento, o deslocamento forçado dos povos originários, o tráfico de espécies e a mineração ilegal na Amazônia.

Os autores destacam ainda a relevância do presidente nas relações internacionais, envolvendo seus esforços para fortalecer laços com China e EUA, a participação em cúpulas internacionais e postura diante das crises humanitárias em Gaza e na Ucrânia, o protagonismo nos Brics e o empenho na reestruturação da arquitetura financeira internacional.

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Lula anuncia operação militar contra o crime organizado: “O Brasil enfrenta uma situação muito grave devido às ações de poderosas gangues de traficantes de drogas e milícias paramilitares que controlam territórios, especialmente no Rio de Janeiro”, escreve El Observador, do Uruguai. “As Forças Armadas reforçarão a segurança em alguns dos aeroportos mais importantes do país, nos portos e ao longo de suas fronteiras internacionais como parte de um esforço renovado para combater o crime organizado”, completa o britânico Independent.

*Imagem em destaque: ONG promove ato em repúdio ao assassinato de crianças palestinas em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro (Tania Rêgo/Agência Brasil)

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