Encontro Lula-Zelenski não é nossa agenda principal em NY, diz Celso Amorim

Encontro Lula-Zelenski não é nossa agenda principal em NY, diz Celso Amorim

A publicação Brazilian Report noticia o encontro Lula-Zelenski em NY na próxima quarta-feira. “Foi oferecida uma vaga e ela foi aceita; vamos ver se isso vai acontecer. As coisas aqui são muitas vezes imprevisíveis”, disse Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, em Nova York. “Mas esse não é o ponto principal de nossa agenda aqui. O principal [foco] será com o presidente dos EUA [Joe] Biden, e o discurso de amanhã com as questões que o presidente Lula levantará”, disse Celso Amorim. Na terça-feira, Lula faz o discurso de abertura da 78ª. na Assembleia Geral da ONU e na quarta-feira se reúne com o presidente Joe Biden, quando os dois chefes de Estado devem assinar um pacto sobre direitos trabalhistas.

A posição de Lula sobre a guerra na Ucrânia atraiu elogios da Rússia e críticas da Ucrânia. Durante uma visita a Brasília em abril, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, agradeceu ao Brasil pelo que ele chamou de sua “contribuição” para resolver a guerra na Ucrânia. Por outro lado, Zelenski disse que, embora Lula quisesse ser “original” em sua proposta de paz, seu colega brasileiro não encontrou tempo para se reunir com ele no G7 em Hiroshima, no Japão.

A Reuters também noticia que o presidente Lula se reunirá com seu colega ucraniano Volodimir Zelenski nos bastidores da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York na quarta-feira, segundo informou o gabinete da presidência brasileira na segunda-feira. Lula defendeu a criação de um grupo de nações para mediar o fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, mas em maio ele declarou que tanto Moscou quanto Kiev eram culpados pelo conflito, irritando os Estados Unidos e os países europeus que apoiam a resistência ucraniana à invasão russa.

Desde que retornou ao cargo em janeiro, o presidente Lula viajou para 21 países e se reuniu com mais de 50 chefes de Estado, incluindo dois reis e o Papa. Ele priorizou as viagens ao exterior em seu terceiro mandato até agora, enquanto se esforça para restaurar seu país como um ator global. Mas diplomatas e especialistas em política externa dizem que Lula está longe de restaurar o status de “soft power” que o Brasil desfrutou após seus dois primeiros mandatos, de 2003 a 2010, quando o país se tornou uma voz para o sul global em ascensão, mantendo-se independente dos EUA e da China. “Há uma percepção na sociedade brasileira agora de que ele está se inclinando mais para o eixo sino-russo do que para o Ocidente”, disse Oliver Stuenkel da FGV, segundo longo texto de análise da Reuters.

Plano ecológico

Em um artigo publicado no jornal Financial Times nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, detalhou o plano de transição ecológica do governo e convidou investidores estrangeiros a trazerem recursos para o país. “Investidores estrangeiros que queiram descarbonizar a sua cadeia de produção e investir em inovação limpa serão muito bem-vindos a nos ajudar a acelerar essa nova fase de desenvolvimento do Brasil. Para além de exportações tradicionais, a produtividade e a inovação serão a chave para reduzir nossas emissões, criando grandes oportunidades de investimento e milhões de empregos de alta qualidade e bem remunerados”, escreveu Haddad. Em português.

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Acordos Brasil-Cuba

Brasil e Cuba assinaram três documentos conjuntos durante a visita do presidente Lula a Havana no último fim de semana, incluindo um protocolo de cooperação em saúde e ciência e tecnologia. Esta foi a primeira visita oficial de um presidente brasileiro a Cuba desde 2014, quando a então presidente Dilma Rousseff inaugurou o renovado porto de Mariel (50 quilômetros a oeste de Havana), que foi modernizado com financiamento do governo brasileiro. Cuba deve atualmente ao Brasil cerca de US$ 1,1 mil milhão, dos quais 538 milhões de dólares estão em atraso, segundo o Brazilian Report.

Janja e Michelle

“Janja e Michelle: primeiras-damas com aspirações de ocupar o Planalto”. As esposas do ex-presidente Bolsonaro e do atual presidente Lula da Silva estão despontando como possíveis candidatas à Presidência do Brasil, noticia o espanhol El Tiempo. Há duas semanas, a própria Michelle, 41 anos, 26 anos mais jovem que o marido, foi ainda mais longe: “Pude ver com meus próprios olhos a realidade das pessoas que mais precisam. Naquele momento, Deus me moldou para poder cuidar dessas pessoas. E o desejo em meu coração de me tornar presidente”. O perfil de Janja não poderia ser mais diferente, não há nenhum ponto de concordância possível entre ela e Michelle. A figura de uma retroalimenta a outra. E, embora Lula não tenha se referido a ela como uma presidente em potencial, a verdade é que a primeira-dama dá a impressão, às vezes, de co-governar o Brasil.

Onda de calor

Os sites dos jornais El Tiempo (Colômbia), La Nación (Argentina) e Ambito (Argentina) trazem reportagens sobre a onda de calor que atingirá o Brasil nas próximas semanas tendo como fonte o jornal O Globo. Segundo os consultores de meteorologia MetSul, as cinco regiões do Brasil serão afetadas pelo fenômeno, que poderá provocar temperaturas mais altas em setembro e até bater recordes em alguns lugares. O pico de calor deverá ser produzido entre os finais desta semana e os princípios da próxima. Nos próximos dias, uma massa de ar extremamente quente cobrirá o país e poderá registrar temperaturas de até 45°. Na segunda metade da semana, a massa de ar se fortalece ainda mais com temperaturas atipicamente altas. “O calor será tão extremo que resultará perigoso e supõe um risco para a saúde e a vida”, disse MetSul.

Ilustração: Presidente Lula em encontro com o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown nesta segunda-feira em Nova York. “Conversamos sobre a situação política na Europa, na América Latina e sobre a conjuntura mundial”, disse Lula no Twitter (X). / Ricardo Stuckert

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