Ex-ministros e intelectuais brasileiros pedem que Lula conceda asilo a Assange

Ex-ministros e intelectuais brasileiros pedem que Lula conceda asilo a Assange

Um grupo de personalidades brasileiras, incluindo ex-ministros, cientistas e intelectuais, publicou uma carta nesta quarta-feira pedindo ao presidente Lula que ofereça asilo político ao jornalista australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, atualmente preso em Londres. “Solicitamos respeitosamente seu apoio e a adoção de medidas legais e diplomáticas para que o Brasil conceda asilo político a Julian Assange o mais rápido possível”, dizem os quase 2.900 assinantes, que também incluem jornalistas, professores, sindicalistas e líderes de várias organizações da sociedade civil, informam o chileno El Mercurio e a agência cubana Prensa Latina, que citou entre signatários o fotógrafo Sebastião Salgado, o jornalista Juca Kfouri, os ex-ministros José Gomes Temporão (Saúde), Sérgio Machado Rezende (Ciência e Tecnologia) e Ana de Hollanda (Cultura).

Brasil tem 203 milhões de habitantes e cresce menos

A Reuters reportou os dados do censo divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, com foco na desaceleração do crescimento anual da população brasileira na última década, atingindo o nível mais baixo desde que os registros começaram há 150 anos.  A maior nação da América Latina tinha 203.062.512 habitantes em agosto de 2022, 6,5% a mais do que o último censo em 2010, mas abaixo dos 213,3 milhões projetados em 2021. O Fundo de População das Nações Unidas estimou que o Brasil seria o sétimo país mais populoso do mundo em meados de 2023. O crescimento anual da população entre 2010 e 2022 atingiu 0,52%, o menor desde o início da série em 1872. O crescimento populacional do Brasil vem diminuindo desde a década de 1960, o que, segundo a agência, reflete a redução das taxas de natalidade.

A Prensa Latina também destacou o ritmo menor de crescimento da população brasileira e o Observador citou que a cifra é menor do que se estimava.

Mercosul-UE

O argentino La Nación traz reportagem sobre a demora do acordo Mercosul-União Europeia. Segundo o jornal, a União Europeia (UE) não está mais escondendo seu desconforto com a demora do Mercosul em responder às suas últimas exigências para selar o acordo entre os blocos, que está parado desde que foi anunciado com grande alarde há quatro anos. “Estamos impacientes”, admitiu um alto funcionário europeu encarregado das negociações, que também está envolvido nos laços com a Argentina e o Uruguai. Paradoxalmente, em Bruxelas todas as armas estão agora apontadas para a pessoa que, até alguns meses atrás, eles pensavam que seria o líder que daria o impulso final ao tratado: o presidente Lula. “Nos últimos meses, notamos um endurecimento por parte dos brasileiros, apesar do fato de que todos aqui ficaram felizes quando Lula venceu” as eleições sobre Jair Bolsonaro no ano passado, disse o alto funcionário, em um diálogo com jornalistas da mídia argentina e uruguaia. Os países que compõem o Mercosul devem apresentar nos próximos dias sua contraproposta ao instrumento de garantias ambientais proposto pelos europeus em março.

O primeiro-ministro português reafirmou nesta quarta-feira ao vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, a importância de uma rápida conclusão do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, e considerou prioritário o aprofundamento das relações luso-brasileiras. Estas posições foram transmitidas por António Costa no Twitter, após ter recebido esta manhã em Lisboa o vice-presidente brasileiro. “O aprofundamento do relacionamento económico bilateral, na sequência da cimeira [Luso-Brasileira] e do Fórum de Negócios que realizamos em abril, é uma prioridade partilhada e em que estamos focados”, escreveu o líder do executivo português. Na mesma mensagem, António Costa referiu que discutiu com Geraldo Alckmin “a importância de concluir o acordo União Europeia-Mercosul o mais rapidamente possível”, informou o português Expresso 50.

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Bolsonaro inelegível

O magistrado Benedito Gonçalves constatou que Bolsonaro usou sua posição como chefe de estado “para degradar a atmosfera eleitoral”, “incitar um estado de paranoia coletiva” e fabricar “teorias conspiratórias” com “informações falsas” e “mentiras ultrajantes”, informa o Clarín. Com o primeiro voto a favor da cassação de Bolsonaro, o julgamento foi suspenso e será retomado na quinta-feira.

O Expresso 50 também noticiou o voto do relator no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela inelegibilidade do ex-presidente Bolsonaro para os próximos oito anos.

O relator especial das Nações Unidas Clément Nyaletsossi denunciou hoje em um relatório que o ex-presidente Jair Bolsonaro atacou as eleições e as instituições democráticas no Brasil. Ao apresentar o texto no Conselho de Direitos Humanos do órgão internacional, Nyaletsossi também observou que o político de extrema direita expressou apoio confesso ao regime militar no gigante sul-americano entre 1964 e 1985, e reduziu o espaço para a sociedade civil, informou a Prensa Latina, citando o jornalista Jamil Chade, do portal UOL, “pela primeira vez de forma explícita, o documento acusa o ex-presidente de atentar contra a democracia brasileira”, informa a Prensa Latina.

Amazônia-Traficantes

O Guardian volta a tratar sobre a Amazônia. Na reportagem desta quarta-feira informa que a chefe da política de drogas do governo brasileiro admitiu que o rápido avanço das facções de drogas na floresta amazônica produziu uma “situação muito difícil” na região, já que um relatório da ONU alertou que o florescimento de grupos do crime organizado estava impulsionando um boom na devastação ambiental. Marta Machado, secretária nacional para assuntos de drogas, disse que o desmantelamento intencional dos órgãos de proteção ambiental e indígena do Brasil pelo governo anterior criou um vácuo perigoso na Amazônia, que foi ocupado por poderosos sindicatos do crime do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Lojas Americanas

O Le Monde recupera a notícia da crise das Lojas Americanas. “Lojas Americanas no centro de um escândalo financeiro no Brasil. O quinto maior grupo varejista do Brasil admitiu que foi alvo de uma vasta operação de “fraude” por parte da administração de Miguel Gutierrez, que dirigiu a empresa entre 2001 e 2022.”

Foto Julian Assange / Reprodução

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