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Lula: “Apenas quem está fora da guerra pode pará-la”

Lula: “Apenas quem está fora da guerra pode pará-la”

Nos principais jornais internacionais tem destaque a posição de Lula sobre a guerra na Ucrânia, em meio às suas visitas diplomáticas a países europeus. São notícia, também, pedido dos EUA pela extradição de espião russo preso no Brasil, a suspensão da plataforma de mensagens Telegram, em meio à investida contra grupos neonazistas envolvidos em ataques…

Guerra na Ucrânia

Destaque na capa do jornal espanhol, El País, entrevista de Lula à repórter Pepa Bueno sobre a guerra na Ucrânia, o crescimento da extrema-direita no mundo e a proteção da Amazônia.

Ensaiando um discurso mais mediado, diante da comoção gerada na União Europeia a respeito de suas declarações anteriores sobre a guerra na Ucrânia, o presidente brasileiro foi mais firme ao condenar a invasão russa ao território ucraniano, mantendo, contudo, uma posição contrária ao engajamento no conflito, em favor da “busca pela paz”.

“A primeira coisa a compreender é que esta guerra não devia ter começado. E ela começou porque a capacidade de diálogo entre os líderes mundiais há muito deixou de existir. O Brasil condena a Rússia porque este país não tem o direito de invadir o território ucraniano. Portanto, os russos estão errados. Ou se alimenta a guerra ou se tenta acabar com ela. Para mim, é mais interessante falar em acabar com essa guerra. (…) Precisamos de pessoas que tentem promover a paz, e não apenas de pessoas que atirem lenha na fogueira.”

Morfina e golpismo

No jornal argentino Página 12, lê-se: “Segundo Jair Bolsonaro, a morfina o transformou golpista”, uma manchete sugestiva a respeito da declaração prestada por Jair Bolsonaro à Polícia Federal, no âmbito de inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal voltado à investigação da intentona golpista do dia 8 de janeiro.

Conforme noticiado pelo jornal Folha de São Paulo, Bolsonaro afirmou aos investigadores ter feito um post justificando a tentativa de golpe para derrubar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enquanto ele estava num hospital dos EUA sedado com analgésicos à base de morfina. 

Diz o artigo: “se aceitarmos o argumento da morfina de que o caudilho estava fora de si quando, em janeiro, incendiou a sua turba com o argumento infundado da fraude, este álibi não se aplica às dezenas de vezes em que falou de uma possível fraude eleitoral ao longo de 2022, quando até ameaçou suspender as eleições.”

Suspensão do Telegram e investida contra células neonazistas

No Le Monde, The New York Times, Independent, DW e diversos outros jornais estrangeiros de grande circulação, a notícia de determinação da Justiça Federal pela suspensão do Telegram no Brasil foi assunto de destaque. A empresa ficou inerte diante de requerimento de informações feito pela Polícia Federal, que investiga células neonazistas que se organizam através de grupos na plataforma.

A movimentação é parte de uma investida, anunciada pelo Ministério da Justiça, contra grupos neonazistas, em face à onda de ataques às escolas que têm se alastrado pelo país. A multa diária à plataforma por não prestar as informações requeridas pela Polícia Federal, antes fixada em 100 mil reais, foi aumentada pelo juiz para 1 milhão de reais.

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O ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro e os seus aliados encorajaram seus seguidores a aderirem ao Telegram a partir de janeiro de 2021 – o mesmo mês em que o ex-presidente dos EUA Donald Trump, uma inspiração para o líder brasileiro, foi permanentemente suspenso do Twitter na sequência dos tumultos de 6 de Janeiro no Capitólio.

Vinda de embaixadora dos EUA na ONU ao Brasil 

O Independent e o Brazilian Report noticiaram a vinda de embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, ao Brasil na próxima semana, dando continuidade a conversas de cúpula entre os dois países.

A visita de Thomas-Greenfield segue-se à reunião de fevereiro na Casa Branca, onde o Presidente Joe Biden e o Presidente Lula sublinharam a importância da defesa da democracia e da preservação da floresta amazônica – e às conversações à margem da reunião ministerial do G20, em Nova Deli, no início de março, entre o Secretário de Estado norte-americano Antony Blinken e o Ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira.

A missão dos EUA disse que Thomas-Greenfield, membro do gabinete de Biden, se concentrará na promoção da democracia e da cooperação multilateral na viagem, bem como no combate às mudanças climáticas, salvaguardando a segurança alimentar, continuando a cooperação na migração regional, “e garantindo a equidade para comunidades raciais, étnicas e indígenas marginalizadas”.

O Brasil está atualmente cumprindo um mandato de dois anos no Conselho de Segurança da ONU. A missão disse que, em Brasília, o embaixador se reunirá com autoridades do governo “para discutir nossa parceria na região e nas Nações Unidas”.

Acampamento Terra Livre em Brasília

A Agence France-Presse (AFP) noticiou, em seu canal do YouTube, tradicional acampamento indígenas em Brasília, chamado “Terra Livre”, exigindo demarcação de reservas indígenas em face da destruição perpetrada pelo último governo. A manifestação conta com a participação de centenas de grupos indígenas de todo o país. 

Pedido de extradição de espião russo

O Washington Post noticiou pedido de extradição de espião russo preso no Brasil, enviado na terça-feira pelos EUA na às autoridades brasileiras. Segundo o jornal, o pedido representa uma tentativa extraordinária por parte dos Estados Unidos de assumir a custódia de um agente russo detido no estrangeiro, enquanto Moscou faz os seus próprios esforços para garantir a sua libertação.

O suposto espião, um cidadão russo chamado Sergey Cherkasov, está cumprindo uma pena de prisão de 15 anos no Brasil por fraude documental em virtude de sua identidade falsa. A Rússia negou que Cherkasov seja um agente secreto e, em vez disso, apresentou o seu próprio pedido de extradição, acusando-o de ser um traficante de heroína – uma alegação que as autoridades americanas e brasileiras consideram um estratagema transparente.

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