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Brasil destaca “natureza pacífica” das eleições na Venezuela e aguarda dados detalhados da contagem de votos

Brasil destaca “natureza pacífica” das eleições na Venezuela e aguarda dados detalhados da contagem de votos

O Focus21 reúne as citações relevantes sobre o Brasil publicadas pela imprensa internacional

A posição do Brasil sobre a eleição de Nicolás Maduro para a Presidência da Venezuela é destaque na mídia internacional. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral do país, Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato com 52,2% dos votos, e o ex-diplomata Edmundo González recebeu 44,2% dos votos.

O governo brasileiro, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, saudou a “natureza pacífica” das eleições na Venezuela, mas se distanciou do anúncio da vitória do presidente Nicolás Maduro, afirmando que está “monitorando de perto a contagem dos votos”.

O comunicado do governo brasileiro reafirmou que “o princípio da soberania popular deve ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados” e solicitou a publicação de todos os dados “detalhados por seção eleitoral” como “um passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado”. O Brasil informou que aguardará os resultados completos antes de fazer comentários.

Alguns líderes ainda não comentaram oficialmente os resultados. O presidente Lula – uma voz há muito esperada – não emitiu uma declaração, embora o Ministério das Relações Exteriores do Brasil tenha reafirmado em um comunicado que “o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados da votação”.

Várias nações pediram uma contagem de votos transparente e verificável para garantir a legitimidade dos resultados. Entre elas estão os Estados Unidos, a União Europeia, a França, a Espanha, Portugal, a Alemanha, o Brasil, a Colômbia e o Reino Unido. Pediram a intervenção de observadores internacionais independentes e insistiram na necessidade de um processo eleitoral justo e livre que realmente reflita a vontade do povo venezuelano.

Alguns títulos:

“Lula avisa Maduro que está aguardando os dados ‘detalhados’ da contagem de votos por seção eleitoral”

“O Brasil aguarda os resultados completos antes de se manifestar sobre a eleição na Venezuela”

“Brasil se diz incomodado com falta de transparência nas presidenciais da Venezuela”

“Eleições na Venezuela: Brasil e México estão acompanhando com cautela a contagem dos votos e não fizeram comentários sobre Nicolás Maduro”

Já Javier Milei, da Argentina, e Gabriel Boric, do Chile, afirmaram que não reconhecerão eleições na Venezuela: “Sinto-me moralmente obrigado a exigir total transparência” nas eleições da Venezuela, disse Boric.

(El Diario ES / La Nación / El Diario Ar / Página 12 / Correio da Manhã / La Diaria / Clarín / Ámbito / La Politica Online / El Tiempo / Politico)

Esta é a íntegra da nota do governo brasileiro divulgada nesta segunda-feira pelo Ministério das Relações Exteriores, na qual se baseiam todas as reportagens sobre a posição do Brasil em relação às eleições presenciais da Venezuela: “O governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração. Reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados. Aguarda, nesse contexto, a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito.”

LULA OTIMISTA

Os portugueses Expresso e Correio da Manhã trouxeram reportagens sobre o pronunciamento de Lula realizado no domingo à noite, quando fez um balanço de sua gestão. Destacaram: controle da inflação, retoma dos programas sociais, criação de empregos formais, preservação do meio ambiente e imposição de energias renováveis para conter as mudanças climáticas. No título: “Lula diz estar ‘mais otimista do que nunca’ com o Brasil”.

Veja Também:  Lula convoca reunião para debater novas medidas contra incêndios; no sábado, viaja a NY e participa da assembleia da ONU

BOLSONARO NA MIRA DA JUSTIÇA, BY FINANCIAL TIMES:

FT em extensa reportagem diz que no palco de um comício político conservador no início deste mês, Jair Bolsonaro adotou um tom desafiador, dizendo a uma multidão barulhenta que não recuaria diante de várias investigações policiais sobre sua suposta má conduta no cargo. “Apesar de a polícia federal ter ido à minha casa e à casa dos meus filhos três vezes e dos cerca de 300 processos que estou enfrentando, valeu a pena”, disse ele à plateia animada. “Nós não vamos recuar.” Mas a retórica inflamada mascarou a posição jurídica cada vez mais perigosa do ex-presidente de extrema direita. Nas últimas semanas, a polícia federal – o equivalente brasileiro do FBI – vem divulgando detalhes sobre o período em que o ex-presidente esteve no poder. Entre os mais sensacionais estão as alegações de que ele desviou presentes de luxo no valor de mais de US$ 1 milhão e que seu governo criou uma agência de espionagem paralela para monitorar adversários políticos. Comentando sobre as alegações de espionagem, o gabinete do procurador-geral do Brasil disse este mês que a estrutura de espionagem “representava apenas uma célula de uma organização criminosa mais ampla”. A polícia também deve fazer, nas próximas semanas, acusações contra Bolsonaro por seu envolvimento em um suposto plano de golpe após a eleição do líder Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.

LULA E XI JINPING

Xi Jinping se reunirá com o presidente Lula no Rio de Janeiro em novembro, segundo o vice-presidente do Brasil, em uma cúpula que deve render acordos que podem aproximar os países economicamente. Geraldo Alckmin disse que os dois lados preparam uma agenda robusta e planejavam assinar vários acordos durante a estadia de Xi no Rio, que sediará a cúpula do G20. Xi Jinping ao Brasil gera “grandes expectativas” para acordos de agronegócio e aviação. (South China Morning Post)

Geraldo Alckmin coordena a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) – o maior e mais importante mecanismo de diálogo entre os dois países – e dirige o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Alckmin detalhou em entrevista ao South China Morning Post os resultados de uma recente viagem a Pequim, as expectativas sobre o 50º aniversário das relações bilaterais e a próxima visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil.

Na imagem, o presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro / Reprodução

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