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Lula e diretora do FMI debatem redução da pobreza e reforma da instituição em reunião no Planalto

Lula e diretora do FMI debatem redução da pobreza e reforma da instituição em reunião no Planalto

O presidente Lula recebeu nesta segunda-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, com quem discutiu a redução da pobreza e a reforma da instituição. Também participaram do encontro no Palácio do Planalto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ex-presidente Dilma Rousseff, que preside o Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como Brics. Georgieva veio ao país para participar da reunião dos ministros das finanças do G20, realizada na semana passada em São Paulo. O Brasil preside temporariamente o G20. “Boa conversa com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, sobre desenvolvimento com inclusão social e a retomada da redução da pobreza no mundo”, escreveu Lula na rede social X. Ele destacou que “conversamos também sobre a necessária reforma do FMI, para termos um Fundo Monetário Internacional mais representativo do mundo atual e capaz de ajudar os países que precisam recorrer a ele em melhores condições”. Sobre a reunião, Georgieva elogiou o governo de Lula por várias transformações nas áreas social e econômica, o que é uma boa notícia para a economia mundial, informou a agência cubana Prensa Latina. Ela também elogiou a decisão do governo brasileiro de combinar esses desenvolvimentos com a defesa do meio ambiente, bem como a postura de Lula em relação ao desenvolvimento econômico, com maior proteção da natureza e, em particular, da região amazônica. Nascida em Sofia, Bulgária, Georgieva é doutora em economia, ex-diretora executiva do Banco Mundial e vice-presidente de orçamento da Comissão da UE. (Prensa Latina)

LULA-LÍDER DO SUL GLOBAL

Nos últimos dez dias, Luiz Inácio Lula da Silva teve uma série de compromissos no mais alto nível internacional. Recebeu em seu gabinete os ministros das Relações Exteriores dos Estados Unidos e da Rússia para discutir questões centrais da geopolítica mundial, como os conflitos na Faixa de Gaza – aos quais se refere como “genocídio” – e na Ucrânia, comenta o argentino Página 12, com o título ‘Lula se estabelece como um dos líderes do sul global”. Depois de se reunir com os enviados de Joe Biden e Vladimir Putin, ele viajou para o Caribe para se encontrar com os presidentes da Venezuela e da Guiana, Nicolás Maduro e Mohamed Irfaan Alí, para mediar a crise sobre o território de Essequibo, rico em petróleo, que alguns chamaram de a nova “Dubai sul-americana”. Ao mesmo tempo, ele propôs em uma reunião do G20 – onde foi representado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad – que se chegasse a um acordo sobre um imposto sobre as fortunas dos “super-ricos”. A projeção alcançada pelo petista como um dos líderes do sul global parece ser indiscutível: como mostram sua agenda e as repercussões de suas declarações.

ESPANHA NO BRASIL

O chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, assinará acordos com os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Chile, Gabriel Boric, durante sua visita esta semana aos dois países para aumentar as alianças estratégicas bilaterais da Espanha e fortalecer a cooperação de todos os tipos. Sánchez iniciará na terça-feira, 5 de março, o que será sua primeira viagem à América Latina durante seu mandato na Espanha, que começará no Brasil, onde visitará Brasília e São Paulo, e terminará em Santiago do Chile. Ele terá reuniões com Lula e Boric e uma série de outras atividades com um foco econômico e comercial especial, dada a importância das relações desse tipo com os dois países e, particularmente, com o Brasil. Sánchez será acompanhado pelo ministro da Economia da Espanha, Carlos Cuerpo, e um grupo de empresários espanhóis com presença nesses países, informa o site do jornal equatoriano El Mercúrio.

A Prensa Latina também publicou a visita de Sánchez.

LULA – ISRAEL   

O Centro Latino- Americano de Estratégia Estratégica, que publica em espanhol, traz artigo do sociólogo Emir Sader com o título “Brasil: A crise diplomática que não existiu”. Que crise? Essa é uma crise fabricada pela mídia. Lula condenou mais uma vez o genocídio dos palestinos por Israel. Uma declaração que agora é amplamente aceita pela grande maioria dos formadores de opinião. Quem pode ficar insensível ao genocídio de palestinos, principalmente de crianças e mulheres palestinas? As imagens mais horríveis deste século são as de crianças palestinas. A primeira coisa a fazer, então, é desmascarar a suposta crise, desmontá-la. O país está em crise? O governo está em crise? Há uma crise? Que crise é essa? E, mais importante, o que é essa mídia? Qual é o seu papel? Informar as pessoas? Formar a consciência das pessoas? E constituir um eixo de oposição ao governo?

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GOLPE

O Centro Latino- Americano de Estratégia Estratégica publica artigo de Jeferson Miola sobre a tentativa de golpe no Brasil. As provas coletadas nas investigações da Polícia Federal fornecem informações importantes para a reconstrução da trama golpista e confirmam o envolvimento institucional das Forças Armadas no golpe. Há amplas evidências de que não houve apenas atitudes isoladas de alguns indivíduos fardados, mas que se tratou de um empreendimento estruturado e desenvolvido na hierarquia militar. O golpe foi o trampolim para a longevidade do projeto de poder militar. Após a vitória de Lula nas eleições de 30 de outubro, o comando do golpe incorporou um forte “dispositivo popular”, nos acampamentos nas áreas dos quartéis, com extremistas de direita, militares da ativa e da reserva, fundamentalistas religiosos e membros da “família militar”. O texto foi republicado pelo Nodal.

INTEGRAÇÃO REGIONAL

Artigo de Aram Aharonian no site do  Centro Latino-Americano de Análise Estratégica traz o título “Enquanto alguns lutam pela integração regional, outros a bombardeiam”. A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) definiu na Declaração de Kingstown várias medidas que precisam ser tomadas para alcançar maior integração e desenvolvimento regional, como a cooperação na área da saúde ou a necessidade de mais ligações aéreas ou projetos de energia entre os países, em um processo no qual a organização procurará desempenhar um papel fundamental. Reclamações sobre a ofensiva israelense em Gaza, que não conseguiu produzir um consenso, e críticas às potências dominantes, como os Estados Unidos, se sucederam durante a cúpula, mas as declarações acordadas foram bastante diluídas, destacando a demanda por “um sistema financeiro internacional mais justo”.  Os membros da Celac evitaram se posicionar sobre o conflito de Essequibo entre a Venezuela e a Guiana, embora, de modo geral, fossem a favor do respeito à soberania dos Estados. “Elogiamos a presidência pro tempore de São Vicente e Granadinas, bem como o Brasil e a presidência da Caricom por organizarem a reunião para o diálogo e a paz entre os presidentes da Guiana e da Venezuela e aplaudimos a Declaração de Argyle resultante”, foi a única referência no comunicado final a uma das principais disputas internacionais da região.

REAJUSTE SERVIDORES

A ministra da Administração, Esther Dweck, disse em entrevista ao jornal O Globo, nesta segunda-feira, que o governo só aumentará os salários dos servidores públicos em caso de superávit primário. Até o momento, no entanto, não há espaço para aumentos salariais, disse ela. Dweck, no entanto, estendeu um ramo de oliveira aos funcionários públicos descontentes, dizendo que um aumento fixo de 4,5% para todas as carreiras está previsto para 2025 e 2026.  O Ministério da Fazenda já terá dificuldades para cumprir sua meta de déficit zero este ano. Em vez de aumentos salariais, o governo quer melhorar os benefícios como uma medida menos dispendiosa, informa o site Brazilian Report. O Brasil gasta 13% do seu PIB em salários e pensões do setor público, o 15º maior entre 142 países analisados pelo Banco Mundial. E os funcionários federais ganham, em média, 96% a mais do que os trabalhadores do setor privado.

PIB

O site latino Nodal recupera informação, em texto do argentino Página12, divulgada em 1º março sobre o PIB. Informa que a economia brasileira teve expansão de 2,9% em 2023, informou o instituto de estatísticas IBGE. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia da América Latina é ligeiramente inferior ao de 2022, quando houve expansão de 3%, de acordo com números revisados. No acumulado do ano, o crescimento foi impulsionado principalmente pelo setor agrícola (15,1%), pelo setor industrial (1,6%) e pelo setor de serviços (2,4%).

Na foto, Lula e a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgiev, em reunião nesta segunda-feira / Ricardo Stuckert

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