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Lula se reúne com líderes das Forças Armadas; mídia mundial destaca atos golpistas

Lula se reúne com líderes das Forças Armadas; mídia mundial destaca atos golpistas

FOCOS F21 – O BRASIL NA MÍDIA MUNDIAL – 20/01/2023

Fala de Haddad sobre os novos cálculos políticos de Lula após invasão em Brasília, primeira reunião do presidente com líderes das Forças Armadas, nova operação de busca e apreensão e oportunidade de uma reforma na Polícia Militar brasileira são destaques do país nos grandes veículos internacionais nesta sexta-feira (20.01)

Lula vai moderar o ritmo de algumas reformas e acelerar outras após a invasão de Brasília, disse Fernando Haddad em Davos. A notícia é do Financial Times, que repercute entrevista do ministro da Fazenda, presente no Fórum Econômico Mundial. A constatação de que “a oposição a Lula será feita por extremistas” teria impactado nos “cálculos políticos” feitos pelo presidente. “O que pode acontecer é que a velocidade de implementação do nosso programa precisará ser considerada com muito cuidado, principalmente no início, para evitar ser alvo de fake news e tumultos”, disse Haddad em entrevista. “Precisamos manter o país em uma base sólida, organizada. Mas os cálculos políticos terão que ser muito mais cuidadosos do que seriam de outra forma”.

O diário português Público deu destaque ao primeiro encontro oficial entre o presidente brasileiro Luis Inácio Lula da Silva e os militares responsáveis pelo comando das Forças Armadas, que ocorreu nesta sexta-feira. Segundo a matéria, todos os presentes concordaram na necessidade de punição a militares envolvidos nos atos terroristas de Brasília. Embora este não fosse o tema oficial da reunião, boa parte do encontro se debruçou sobre as ramificações das investigações à invasão da sede dos três poderes por militantes bolsonaristas, que ocorreu uma semana após a posse de Lula.

Já o inglês The Guardian tratou da possibilidade de uma reforma da Polícia Militar no Brasil, algo que, segundo o veículo, tornou-se uma ‘janela de oportunidade’ para Lula após as denúncias de participação, cumplicidade e conivência de membros da instituição em relação aos atos golpistas do último dia 8 de janeiro. “Este é um sistema anacrônico construído em uma era autoritária e a reforma tem que estar na agenda política”, afirmou Benedito Mariano, ex-ouvidor da Polícia Militar de São Paulo.

A agência de notícias Reuters publicou matéria sobre os novos mandados de busca e apreensão da Polícia Federal relacionadas ao ataque golpista aos prédios do governo federal. De acordo com a publicação, a operação busca identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram o movimento, e incluiu 24 mandados de prisão abrangendo cinco estados e o distrito federal. A polícia não divulgou os nomes dos alvos da operação, mas disse que eles estão sendo investigados pelos crimes de “abolição violenta do Estado de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação, destruição e deterioração de propriedade especialmente protegida”. Os mandados foram expedidos pela Suprema Corte brasileira.

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Ainda sobre os presos em consequência dos ataques terroristas, o argentino Página/12 destacou que ao menos 45 dos 1459 detidos eram candidatos a cargos públicos ligados a Jair Bolsonaro. O Partido Social Liberal (PSL) e o Partido Liberal (PL) , siglas pelas quais Bolsonaro concorreu às eleições presidenciais de 2018 e 2022, são as formações que mais apresentaram candidaturas dos detidos pelos atos.

O Washington Post destacou análise que indica o aumento do número de contas falsas no Twitter questionando as eleições brasileiras nos meses após a contagem dos votos. A maioria das postagens ataca o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ou alega que seus votos foram roubados. De acordo com o relatório da empresa israelense Cyabra “as postagens compartilhadas pelas supostas contas falsas eram esmagadoramente anti-Lula: cerca de 1 em cada 5 referiu-se ao presidente brasileiro como um ‘ladrão’ ou mencionou alegações de fraude eleitoral”. As descobertas levantam dúvidas sobre a eficácia do esforço de Elon Musk em eliminar os bots, uma prioridade assumida pelo empresário quando este tomou as rédeas do Twitter.

Ainda na Reuters, uma reportagem exclusiva relata as primeiras operações antidesmatamento do governo Lula na Amazônia. Agentes ambientais vasculharam a floresta nesta quinta-feira, com direção a um aglomerado de pontos onde imagens de satélite mostraram madeireiros e fazendeiros trabalhando recentemente na derrubada ilegal de árvores. Após 12 horas de estrada, o comboiou chegou a cinco áreas desmatadas em outubro do último ano, na reserva indígena Cachoeira Seca – onde o desmatamento é estritamente proibido, mas não encontrou sinais de pessoas morando nas proximidades ou vestígios de tentativa de transformar o lugar em pastagens produtivas.

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