BAHIA: Governo presente cuida da gente

Lula volta a defender moeda comum para América do Sul em visita de Fernández

Lula volta a defender moeda comum para América do Sul em visita de Fernández

A visita do presidente da Argentina, Alberto Fernández, nesta segunda-feira ao Brasil pelos 200 anos das relações bilaterais foi destaque no Clarín. “Estamos trabalhando duro, estamos realizando muitas das coisas que nos propusemos a fazer, mas nada é fácil porque eles têm um amigo em apuros, mas quando um amigo está em apuros, o que ele faz? Ele pede ajuda aos amigos, e os amigos estão sempre lá”, disse Fernández. Lula afirmou que “precisamos avançar nessa direção com ideias melhores e novas ideias criativas que permitam uma maior integração financeira para facilitar as trocas.” Lula reforçou a ideia da adoção de uma “moeda de referência específica para o comércio internacional, que não eliminaria as respectivas moedas regionais nacionais”.

A publicação Brazilian Report também noticiou que Lula defendeu no encontro a ideia de uma moeda comum para o comércio regional da América do Sul em lugar do dólar.

A cubana Prensa Latina acrescentou que Lula apresentará um plano com quase 100 ações para retomar uma aliança estratégica com o país vizinho. Anunciou que está trabalhando na criação de uma linha abrangente de financiamento das exportações brasileiras para a Argentina. “Não faz sentido para o Brasil perder espaço no mercado argentino para outros países porque eles

El Mercurio, do Equador, lembrou que esta foi a quarta visita de Fernández ao Brasil neste ano. Em encontro com o presidente Lula, de acordo com fontes oficiais, serão discutidas fórmulas para desbloquear o comércio bilateral, afetado pela falta de dólares na Argentina, e outros projetos conjuntos, como o financiamento de bancos públicos brasileiros para parte das obras de um gasoduto, publicou. Fernández enfrenta a reta final de seu mandato com uma inflação que ultrapassa 100% ao ano, uma escassez aguda de moeda estrangeira e dificuldades para renegociar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) o pagamento de um empréstimo de US$ 44 bilhões herdado do governo de seu antecessor, o conservador Mauricio Macri.

Juros

A pressão pela queda na taxa de juros continua. Notícia da Reuters informa que o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse nesta segunda-feira que quanto mais cedo começar a flexibilização monetária, mais cedo serão criadas condições para um 2024 “adequado”, enfatizando que as altas taxas de juros têm um impacto sobre o custo da dívida pública. Em uma entrevista ao canal de notícias local BM&C News, Ceron disse que quase 90% do mercado prevê que os cortes nas taxas de juros começarão em agosto ou setembro, estimando que “isso deve começar em algum momento”. Ele enfatizou que um terço da dívida do país está diretamente vinculado à taxa de juros Selic de referência do Banco Central, o que resulta em um impacto inegável.

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Asia x democracia

Uma mudança global de poder para a Ásia representa um risco para a democracia em todo o mundo, disse Flávio Dino, ministro da Justiça do Brasil, nesta segunda-feira, no Fórum Jurídico de Lisboa, evento organizado por uma faculdade de propriedade de um juiz do Supremo Tribunal Federal (Gilmar Mendes) e que atrai dezenas de agentes do poder brasileiro todos os anos, informa a publicação Brazilian Report. Dino acredita que uma mudança de poder para a Ásia acabaria com a atual hegemonia ocidental. A maioria dos países asiáticos, especialmente as potências regionais, não estabeleceu instituições “baseadas na democracia ocidental”, e muitos dos governos são incompatíveis com os valores democráticos ocidentais, disse Dino, acrescentando que é raro os países da região realizarem eleições ou adotarem formalmente sistemas multipartidários. O ministro Dino falou sobre a força das instituições democráticas do Brasil e expressou preocupação com o extremismo no país e “o fim da convergência para o centro”.

Carros

Anúncios de montadoras impulsionam a imagem de Lula após governo conceder incentivos fiscais para a compra de carros. São R$ 500 milhões em redução de impostos, informa o Brazilian Report.

Foto Ricardo Stuckert

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