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Massacre em Gaza: governo brasileiro condena ataque de Israel a Rafah

Massacre em Gaza: governo brasileiro condena ataque de Israel a Rafah

ISRAEL INVADE RAFAH

Lula condenou nesta terça-feira (7) a ação militar israelenses na cidade de Rafah, repudiando o extermínio constante de mulheres e crianças na Faixa de Gaza. “Acabaram de discutir [um acordo para] a paz na Faixa de Gaza e Israel invadiu [Rafah] outra vez. E o Presidente de Israel diz todo dia, eu não paro, não paro, não paro, e vai matando mulheres e crianças”, afirmou o presidente.

Em um comunicado divulgado na noite desta segunda-feira (6), o Ministério das Relações Exteriores brasileiro já havia anunciado que “o governo brasileiro condena o início de operação das forças armadas de Israel contra a cidade de Rafah, na Faixa de Gaza”.

De acordo com o texto, a ação militar em Rafah intensifica o conflito em uma área com alta concentração de civis em Gaza, ignorando os princípios básicos dos direitos humanos e do direito humanitário, apesar dos apelos da comunidade internacional e de seus aliados mais próximos. Além disso, a operação pode prejudicar os esforços de mediação e diálogo em curso.

Após sete meses de ofensiva militar e quase 35 mil palestinos mortos, a maioria mulheres e crianças, o exército israelense assumiu o controle do lado palestino da passagem de fronteira de Gaza com o Egito. Os ataques aéreos noturnos resultaram na morte de pelo menos 27 pessoas, de acordo com hospitais locais citados pela agência AFP. Israel ‘solicitou’ a evacuação de dezenas de milhares de famílias palestinas do leste de Rafah, preparando-se para uma iminente ofensiva terrestre.

A ONU denunciou que o exército israelense negou acesso a Rafah, o principal ponto de entrada de ajuda humanitária para Gaza, e alertou sobre a crescente escassez de combustível, prevendo consequências devastadoras para as operações humanitárias na região (Observador).

INFLAÇÃO DENTRO DA META

A inflação brasileira encerrou 2023 dentro da meta estabelecida pelo governo, algo que não ocorria desde 2020. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) teve um acréscimo de 4,62%, ficando abaixo dos esperados 4,75%.

O resultado foi influenciado por um aumento moderado nos preços dos alimentos, com elevação de apenas 1,03%, enquanto os custos dos transportes tiveram uma significativa alta de 7,14%, impulsionados pelo aumento do preço da gasolina.

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), utilizado para calcular o salário mínimo, também registrou uma queda em relação a 2022, fechando em 3,71%. Em 2024, o INPC será combinado com o crescimento econômico de 2023 para determinar o novo valor do salário mínimo nacional.

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Os números indicam uma melhoria na estabilidade econômica do país e trazem boas perspectivas para os trabalhadores que dependem do salário mínimo (Nodal).

DESASTRE NO SUL

O governador Eduardo Leite descreveu a situação atual no Rio Grande do Sul como um “cenário de guerra”. Ao menos 91 pessoas morreram e mais de 150 mil estão desabrigadas devido às fortes chuvas que causaram alagamentos e deslizamentos em 385 dos 496 municípios do estado. Além do bloqueio parcial ou total de 47 estradas e rodovias, cerca de 1,2 milhão de residências e edifícios comerciais continuam sem energia elétrica, e 98 municípios estão sem serviços de telefone e internet (Expresso).

As estações de tratamento de água que abastecem Porto Alegre e sua região metropolitana estão inundadas e fora de funcionamento, afetando o fornecimento de água potável. A região também enfrenta cortes de energia devido à ruptura de cabos, deixando em situação crítica muitos bairros, incluindo o centro da capital, onde vivem cerca de 1,5 milhão de habitantes.

O rio Guaíba atingiu níveis recordes, ultrapassando os cinco metros e superando as históricas cheias de 1941. Devido à inundação, o Aeroporto Internacional Salgado Filho está fechado e sem previsão para reabrir.

Em resposta à crise, o Governo Lula suspendeu os pagamentos de dívidas do Rio Grande do Sul com a União até o final do estado de calamidade decretado, previsto para 31 de dezembro. A decisão foi tomada pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad após uma série de reuniões considerando a gravidade da situação. Paralelamente, o deputado federal Luciano Lorenzini Zucco propôs uma lei para anistiar as dívidas dos agricultores do estado e suspender os pagamentos por dois anos (La Diaria).

Infelizmente, a situação pode ainda se agravar. Fontes oficiais anunciaram nesta terça-feira a chegada de novas tempestades. Eduardo Leite utilizou as redes sociais para alertar que há “projeção de que as chuvas possam gerar novos dias de fortes inundações” em áreas já atingidas. Um comunicado do Instituto Nacional de Meteorologia da região indica “previsão de chuvas intensas, amanhã [quarta-feira], em áreas do Rio Grande do Sul. O volume total de chuva pode chegar a 50 milímetros em 24 horas, com ventos de até 60 km/h” (Correio da Manhã).

*Imagem em destaque: Israel Defense Forces

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