Moraes abre inquérito para investigar executivos do Google e do Telegram

Moraes abre inquérito para investigar executivos do Google e do Telegram

Decisão atende a um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; mídia internacional também repercute operações da Polícia Federal que cada vez fecham mais o cerco contra Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal ordenou, nesta sexta-feira (12), a abertura de um inquérito para investigar os executivos do Google e do Telegram.

A agência de notícias Reuters relata que a decisão do ministro Alexandre de Moraes de abrir uma investigação, com base em um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, ocorre depois que as empresas de tecnologia – Big Techs – fizeram campanha contra a o PL 2630, o PL das Fake News, em suas plataformas.

Moraes deu à Polícia Federal 60 dias para realizar a investigação e ordenou que as autoridades identificassem e ouvissem todos os responsáveis nas empresas pela “campanha abusiva” contra o PL. Em seu pedido, Lira disse que as empresas de tecnologia usaram “todo tipo de artifício em uma campanha sórdida de desinformação, manipulação e intimidação, aproveitando sua posição hegemônica no mercado”.

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A Polícia Federal realizou buscas na casa de Marcelo Vieira, chefe do Gabinete de Documentação História da Presidência da República no mandado de Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira (12). A ação faz parte da investigação sobre o caso das joias sauditas.

Os policiais confiscaram o celular de Vieira para analisar suas conversas com o ex-assessor de Bolsonaro, Mauro Cid, que tentou recuperar as joias, avaliadas em 16 milhões de reais, retidas pela Receita Federal. Ele enviou um oficial militar para buscar os presentes em dezembro, nos últimos dias do governo Bolsonaro, e participou de uma chamada de voz com Vieira e o ex-presidente sobre o assunto, de acordo com o site Brazilian Report.

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Mauro Cid também também foi destaque nos noticiários desta semana após a divulgação de mensagens de áudio que ele recebeu de dois oficiais militares próximos a Bolsonaro, discutindo a possibilidade de um golpe de Estado

Na quinta-feira (11), a Polícia Federal também realizou buscas em 22 propriedades de empresários acusados de financiar a mobilização de seguidores de Jair Bolsonaro para invadir a sede dos três poderes em Brasília no dia 8 de janeiro, com o objetivo de provocar um golpe de Estado contra o governo Lula, informa o site argentino Télam.

A nova fase da operação Lesa Pátria busca encontrar os financiadores dos acampamentos em frente aos quartéis do Exército em Brasília e nas principais cidades do país para pedir intervenção militar, ignorando a derrota de Bolsonaro nas urnas. Um dos empresários investigados é Geraldo Killer, que financiou parte da campanha para a reeleição do ex-presidente.

Já o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, que estava detido desde o dia 14 de janeiro, sob suspeita de conivência com os atos golpistas, foi solto na noite desta quinta-feira (11).  A liberdade foi concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que avaliou que o ex-ministro está enfrentando problemas de saúde mental e precisa de cuidados médicos especializados.

De acordo com informações do jornal português Correio da Manhã, Torres, que é delegado da Polícia Federal e foi afastado de suas funções na última quarta-feira, terá que se apresentar às autoridades todas as semanas e usar tornozeleira eletrônica.

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