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Morre Zé Celso, ícone das artes cênicas brasileiras

Morre Zé Celso, ícone das artes cênicas brasileiras

O dramaturgo José Celso Martínez Corrêa faleceu nesta quinta-feira (6), vítima de um incêndio ocorrido na terça (4) em seu apartamento na capital paulista. Nas redes sociais do Teatro Oficina, a mensagem: “Nossa fênix acaba de partir para a morada do sol”. (Foto: Paulo Pinto – Agencia PT/ CC)


“Figura dionisíaca, a sua influência foi seminal na cultura brasileira”, destaca o jornal Público de Portugal. “Com seu Teatro Oficina, desafiou a censura da ditadura militar (1964-1985) e tornou-se um dos principais exemplos do chamado tropicalismo nas artes cênicas” lembra o Prensa Latina. Deixa “o legado de uma arte que revolucionou a política e os costumes” complementa o África 21, lembrando que o artista foi preso, torturado e exilado (1974-1979) durante a ditadura e que produziu documentários sobre as revoluções portuguesa e moçambicana”.

Cada um, à sua forma, reverencia o dramaturgo José Celso Martínez Corrêa, um dos maiores artistas do país, falecido nesta quinta-feira (6), aos 86 anos, devido a um incêndio ocorrido na terça (4), em seu apartamento no Paraíso, zona sul da capital paulista. Suspeita-se que a tragédia tenha sido provocada por um aquecedor elétrico. Zé Celso deixa o marido, Marcelo Drummond, companheiro há 35 anos. Eles se casaram há exato um mês no Teatro Oficina. O espaço, projetado em 1991, por Lina Bo Bardi, vinha abrigando a dramaturgia libertária, ritualística e revolucionária de um teatro que desde a sua fundação, em 1958, vem ajudando o Brasil a expurgar os seus fascismos. Quem assistiu a O Rei da Vela 1967 ou sua reestreia em 2018, em pleno auge bolsonarista, sabe o quanto. Finda a peça de Oswald, as portas do teatro se abriam e as pessoas saiam regojizadas, cantando em coro rua afora… Zé Celso à frente… Inquebrantável. Evoé!

ECONOMIA

O real se valorizou no mês passado para seu nível mais firme em um ano depois da melhora de várias previsões e do avanço das principais mudanças fiscais propostas pelo governo no Congresso. A moeda brasileira deve subir mais 0,6% em três meses, para 4,81 por dólar americano, ante 4,84 na terça-feira, de acordo com a estimativa mediana de 26 analistas de câmbio consultados de 30 de junho a 3 de julho, afirma a Reuters.

BLOCOS COMERCIAIS

O presidente Lula confirmou que participará de uma cúpula de chefes de estado e de governo da União Europeia e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em Bruxelas, nos dias 17 e 18 de julho. A CELAC inclui todos os 33 países da América Latina e do Caribe e a última cúpula UE-CELAC aconteceu em 2015, informa The Brazilian Report.

Aos sócio do Mercosul, ao receber a presidência do bloco, Lula solicitou uma resposta rápida e contundente às regulamentações ambientais solicitadas pela UE, o principal obstáculo para ratificar o acordo, assinado em 2019 e negociado há mais de duas décadas, detalha o mexicano La Jornada.

Por fim, os BRICS e em particular a importância de seu banco na reformulação das relações internacionais é tema de reportagem no Patria Latina.

No uruguaio Ambito, uma reportagem sobre uma missão argentina para aprofundar a integração entre os setores metalúrgicos da Argentina e do Brasil. A ideia é traçar um roteiro entre os diferentes atores para compartilhar informações comerciais e técnicas, colaboração em assuntos tecnológicos e formar um bloco regional em negociações internacionais.

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LOS HERMANOS

Na edição argentina de La Politica Online, a manchete “Chile atravessa Argentina e Brasil pela Venezuela: “Processos eleitorais devem ser livres e justos” traz as declarações do chanceler chileno, Alberto Van Klaveren, contra a proscrição da líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, inabilitada por 15 anos. “Os problemas da democracia se resolvem com mais democracia. Os processos eleitorais devem ser livres e justos, sem restrições ou exclusões de candidatos. Estamos preocupados com os retrocessos observados nesse sentido em vários países irmãos da região”. O argentino Clarin também destaca o caso apontando as posições contrárias do governo do Chile com as do Brasil e da Argentina.

TIO SAM

Reportagem da Sputnik Brasil, divulgada na Prensa Latina, levante a questão da militarização na floresta amazônica pelos Estados Unidos. Segundo a reportagem, como parte de um acordo realizado durante o governo de Jair Bolsonaro, os EUA seguirão capacitando seu Exército, trocando informação e tecnologias, bem como realizando exercícios militares conjuntos na região até 2028. Entre outubro e novembro de 2023, um exercício militar conjunto deverá ser realizado pela primeira vez na Amazônia brasileira. Os EUA acreditam que a militarização e a realização dos exercícios militares sejam indispensáveis “para compartilhar experiências”, aponta o texto.

VOZES INDÍGENAS

No português Público, uma entrevista com o cacique Arassari Pataxó sobre os pataxós, sua medicina e a importância dos povos indígenas e da Amazônia. Para o ouro e o diamante “chegarem aqui, muitos irmãos morrem lá”, afirma. Sobre o marco temporal, o cacique de 35 anos é categórico: “Se essa lei for aprovada, vai beneficiar o invasor, o agro-negócio, os fazendeiros, os mineradores. Isso é muito preocupante porque vai impactar negativamente todo o planeta. A destruição das árvores e o uso desenfreado do solo para extração de minério afetam o clima e podem causar danos irreversíveis na humanidade”.

No Counter Punch, artigo sobre o massacre dos povos Yanomami na Amazônia, com aspas de Kleber Karipuna, coordenador da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). “Antigamente, tínhamos políticas de proteção às terras indígenas que eram mais efetivas. Mas com o passar do tempo, eles se desintegraram e se enfraqueceram ainda mais nos últimos anos, a ponto de desaparecer, deixando as terras indígenas vulneráveis. No caso dos Yanomami, eles sofreram com a negligência do governo, que os expôs a garimpeiros, madeireiros e traficantes de drogas”.

FAMÍLIA BOLSONARO

O uso indiscriminado dos aviões da Força Aérea Brasileira pela família de Jair Bolsonaro é tema no Prensa Latina, que destacou o mais novo escândalo envolvendo o ex-presidente e publicado em extensa reportagem pelo portal brasileiro Metrópoles. Levando em conta os dados oficiais do GSI referentes aos quatro anos de Bolsonaro, ocorreram mais de 70 viagens em família, todas sem a presença do presidente. 54 foram voos da então primeira-dama Michelle Bolsonaro, 10 do vereador Carlos Bolsonaro, filho do agora ex-chefe de Estado, e sete de Jair Renan Bolsonaro, o mais novo dos descendentes.

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