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Na Argentina, Milei apela por fraude eleitoral como Bolsonaro e Trump

Na Argentina, Milei apela por fraude eleitoral como Bolsonaro e Trump

“Movimento de Milei instala a ideia de fraude como Bolsonaro e Trump”, noticia o site argentino LaPoliticaOnline. O texto diz que os libertários de Javier Milei saíram à rua para instalar com força a ideia de “fraude eleitoral”, como fizeram Donald Trump e Jair Bolsonaro e geraram um confronto com o PRO (partido) de Mauricio Macri e Patricia Bullrich, que não querem ter nada a ver com um possível conflito institucional. O ex-presidente Macri e Bullrich, que ficou em terceiro no primeiro turno, declararam apoio a Milei. No fim de semana, ficou evidente a estratégia de acirrar a ideia de fraude, até então reduzida nas redes sociais. Por um lado, o porta-voz do La Libertad Avanza (partido de Milei), Guillermo Francos, afirmou na mídia que “houve fraude eleitoral, não temos dúvidas”. Por outro lado, o troll farm (grupo de internet) liberal atacou ferozmente a Câmara Nacional Eleitoral por sua suposta “parcialidade”. Por fim, uma passeata até o Obelisco e a Plaza de Mayo em Buenos Aires seria realizada para denunciar a suposta fraude. O segundo turno das eleições presidenciais argentinas será realizado em 19 de dezembro.

O PT, liderado pelo presidente Lula, expressou no domingo seu apoio ao candidato presidencial da União pela Pátria (UxP), Sergio Massa, e afirmou que é necessário derrotar a “extrema direita” para “construir um mundo de paz, cooperação e solidariedade”, informa o site latino Nodal e o site argentino Telam.

O argentino Ámbito também noticiou o apoio do PT a Massa e informa que em nota o partido afirmou que na votação “dois projetos de sociedade se enfrentarão: um, representado pela candidatura presidencial de Sergio Massa, de perfil democrático e popular, com um programa de governo de desenvolvimento e justiça social; e outro, do candidato Javier Milei, representando a extrema direita e o ultra-neoliberalismo econômico do salve-se quem puder”.

Falta de energia em SP

Acompanhando o forte destaque dado pela mídia brasileira, a Reuters noticia que meio milhão de moradores de São Paulo continuaram sem eletricidade nesta segunda-feira, três dias depois que uma tempestade derrubou cabos de energia, deixando grande parte da maior cidade do Brasil às escuras.  A tempestade quebrou galhos e derrubou centenas de árvores que caíram sobre os cabos de energia elétrica em muitas ruas da cidade, cortando inicialmente a energia de 2,1 milhões de clientes, segundo a empresa de distribuição de energia Enel.

Militares no Rio

Reportagem do The Guardian trata das forças militares nos Estados. A intervenção militar durará até maio e, segundo informações, tem como objetivo cortar as principais rotas de contrabando de drogas e armas. Milhares de soldados se posicionaram nos portos e aeroportos do Rio e de São Paulo e ao longo da fronteira oeste do Brasil como parte dos esforços para “asfixiar” o crime organizado em meio a um aumento no derramamento de sangue e na violência. A intervenção militar – ordenada na última sexta-feira pelo presidente Lula – foi planejada para cortar as rotas de contrabando de drogas e armas das quais dependem o tráfico e os grupos mafiosos.

Veja Também:  Indiciamento de Bolsonaro e a volta da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos

Bolsonaro

“Gabinete de ódio contra opositores de Bolsonaro confirmado no Brasil”, noticia o Nodal com base na Prensa Latina. O tenente-coronel Mauro Cid contou aos investigadores sobre o chamado gabinete do ódio, formado por assessores de Jair Bolsonaro, para espalhar notícias falsas contra opositores do ex-presidente brasileiro (2019-2022). Em entrevista publicada na revista Veja, o oficial de alta patente, que foi vice de Bolsonaro, explicou que seu ex-chefe tentou esconder os objetivos da investigação sobre tentativas de golpe no país. A polícia enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório sobre as ações das milícias digitais bolsonaristas (apoiadores do político de extrema direita) e uma espécie de plano passo a passo para os ataques.

Meta fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que o governo está tentando identificar com precisão o impacto das quedas de receita decorrentes de mudanças tributárias anteriores, admitindo que elas afetarão as novas regras fiscais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Falando em um evento organizado pelo BTG Pactual, Haddad disse que as receitas fiscais ficaram aquém das expectativas do governo desde julho.  Ele disse que o governo previu um déficit de cerca de 50 bilhões de reais (US$ 10,2 bilhões) este ano, em parte como resultado de mudanças tributárias durante administrações anteriores. Esses recursos foram considerados nas estimativas de um déficit orçamentário primário abaixo de 1% do produto interno bruto (PIB) para 2023, segundo a Reuters.

Tragédia em Mariana

A BHP, o maior grupo de mineração do mundo, declarou publicamente pela primeira vez que deseja chegar a um acordo final sobre o desastre de uma barragem no Brasil, com um passivo potencial de dezenas de bilhões de dólares. A empresa australiana é financeiramente responsável pelo colapso de uma barragem de rejeitos que armazenava resíduos de mineração no complexo de minério de ferro da Samarco em novembro de 2015, perto da cidade de Mariana (MG). O acidente matou 19 pessoas e devastou vilarejos e áreas rurais devido a uma avalanche de lama que contaminou centenas de quilômetros de cursos d’água, informa o Financial Times. O empreendimento de propriedade conjunta da mineradora e da Vale enfrenta supostas responsabilidades de dezenas de bilhões de dólares. Os promotores federais entraram com uma ação judicial exigindo R$155 bilhões (US$32 bilhões) de indenização da Samarco e de seus coproprietários, a BHP e a mineradora brasileira Vale.

Na foto, Javier Milei, candidato de extrema-direita à Presidência da Argentina / Reprodução

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