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“Não estou desistindo”, diz Lula sobre redução das chances de acordo UE-Mercosul

“Não estou desistindo”, diz Lula sobre redução das chances de acordo UE-Mercosul

Mídia internacional dedica reportagens à possibilidade crescente de o acordo do Mercosul com a União Europeia não se concretizar. Os entraves recentes vêm da França e da Argentina. O acordo comercial criaria uma das maiores zonas de livre comércio do mundo, com mais de 700 milhões de habitantes.

O britânico Financial Times publicou uma informação importante neste domingo: o chefe de comércio da UE deveria ter viajado ao Rio de Janeiro para uma reunião das nações do Mercosul, que inclui Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, que será na quinta-feira. Mas o tão esperado acordo enfrentou contratempos, incluindo a mudança de governo na Argentina e uma declaração pública de oposição do presidente francês Emmanuel Macron. O francês lançou incertezas sobre a conclusão do acordo após uma reunião com o presidente Lula na cúpula climática COP28 da ONU no sábado. O líder francês disse estar preocupado com a falta de metas ambientais.  Dois diplomatas da UE disseram que as chances de um acordo este ano estavam diminuindo, enquanto um deles disse que as negociações para o acordo poderiam ser totalmente interrompidas até o verão de 2024. (leia aqui)

O jornal britânico Independent também dedica reportagem ao acordo Mercosul-União Europeia. O chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente Lula disseram a repórteres em Berlim que apoiam o acordo comercial entre a UE e o Mercosul. Os dois blocos realizarão uma reunião de cúpula na quinta-feira no Rio de Janeiro, mas a aprovação final de um acordo comercial preliminar continua indefinida. “Estamos fortemente empenhados em garantir que o acordo seja finalizado rapidamente”, disse Scholz após uma reunião de autoridades seniores dos dois países na capital alemã. Lula também prometeu lutar pelo acordo e disse que esperava um avanço na reunião do Rio de Janeiro. “Enquanto eu acreditar que o acordo é possível, lutarei por ele”, disse o presidente brasileiro. “Não estou desistindo.” Esse acordo comercial criaria uma das maiores zonas de livre comércio do mundo, com mais de 700 milhões de habitantes. (leia aqui)

A Reuters traz um artigo detalhando a não concretização do acordo Mercosul-União Europeia. Não poderão concluir as negociações de livre comércio nesta semana, como previsto, pois o novo governo argentino precisa aprovar questões pendentes. A meta clara da Comissão Europeia era concluir as negociações até o final do ano, um objetivo compartilhado pelo presidente Lula. A Espanha, que detém a presidência rotativa de seis meses da UE, disse que ainda vê maneiras de fechar um acordo até o final do ano. No entanto, essa meta parece cada vez menos provável, já que as atenções se voltam para a cúpula dos líderes da UE na próxima semana, com foco na Ucrânia. Um novo governo argentino também precisará se estabelecer. O presidente francês Emmanuel Macron sugeriu veementemente que “algum dia” talvez nunca chegue, dizendo aos repórteres na cúpula da COP28 em Dubai, no sábado, que ele é contra o acordo. O chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente Lula, reunidos em Berlim na segunda-feira, disseram que também queriam uma conclusão rápida. Lula disse que a UE deve decidir se quer ou não um acordo comercial com o Mercosul. (leia aqui)

E ainda em mais um artigo, a agência trata da Argentina. O novo governo da Argentina pretende firmar um acordo comercial entre a União Europeia e as economias latino-americanas, disse à Reuters a futura ministra das Relações Exteriores do país, Diana Mondino, já que um acordo sob a atual administração parece cada vez mais improvável. (leia aqui)

O acordo do Mercosul com a União Europeia está a um passo de fracassar mais uma vez, diz o site La Política On Line. Após 20 anos de idas e vindas, os esforços de Lula, Pedro Sánchez e Úrsula Von der Leyen para fazê-lo prosperar desta vez estão a caminho do naufrágio. O governo argentino não assinará e o pacto será abandonado até segunda ordem. “Não vamos assinar porque não concordamos com o conteúdo e estamos a dias de partir”, explicou o Ministério das Relações Exteriores. “A Argentina trabalhou em muitas medidas para melhorá-lo e para proteger a indústria e as exportações. Elas já foram apresentadas”, acrescentaram. (leia aqui)

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O site Brazilian Report destacou que o presidente Lula disse nesta segunda-feira, durante uma viagem a Berlim, que espera que a União Europeia “decida” em breve se quer ou não concluir um acordo de livre comércio “equilibrado” com o Mercosul, que ainda é possível assinar nesta semana. (leia aqui)

ALERTA EM MACEIÓ

Maceió permanece em alerta máximo hoje devido ao iminente colapso de uma mina de sal-gema pertencente à Braskem, uma empresa petroquímica de atuação global. Em 29 de novembro, a prefeitura da cidade decretou estado de emergência depois que cinco terremotos naquele mês forçaram o despejo de 27 famílias do bairro Mutange por ordem judicial. Mas a população tem vivido em um clima de insegurança desde 2018. No início do ano passado, a Braskem anunciou a demolição de casas para estabilizar e drenar a encosta do Mutange, informa a cubana Prensa Latina. De acordo com dados da Defesa Civil de Maceió, no final do domingo, o deslocamento vertical acumulado da 18ª mina da Braskem no Mutange era de 1,70 metro. (leia aqui)

COMÉRCIO-RÚSSIA

As sanções impostas pelo Ocidente à Rússia com o objetivo de minar sua economia abriram uma “janela de oportunidade” para o Brasil, disse o embaixador do país, Rodrigo Baena Soares, na segunda-feira. De acordo com o diplomata, as empresas de ambos os países se adaptaram às sanções e conseguiram superar as dificuldades criadas. Embora as sanções ocidentais tenham criado obstáculos logísticos e de abastecimento, o diplomata não vê nenhum obstáculo substancial para a cooperação Rússia-Brasil. “É claro que o regime de sanções imposto contra a Rússia criou uma série de problemas não apenas para o Brasil, mas também para muitos países, e levantou a questão dos sistemas de pagamento, logística e seguro. Hoje em dia, o seguro é muito mais caro do que era antes. Consequentemente, os produtos ficarão mais caros”, observou Soares, segundo a RT – Russia Today. (leia aqui)

BANCO CENTRAL

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira que o banco superou com sucesso alguns desafios à sua autonomia impostos pela nova administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar do que ele chamou de alguns “ruídos” no ano passado. Falando num evento institucional, disse que o banco central conseguiu manter as decisões baseadas em orientações técnicas ao longo deste novo governo em que, pela primeira vez, Lula teve de coexistir com um chefe do banco central escolhido pela administração anterior, informa a Reuters. (Leia aqui)

Na foto, Lula cumprimenta o chanceler alemão Olaf Scholz em Berlim nesta segunda-feira / Ricardo Stuckert / PR

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