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O polêmico acordo Mercosul-União Europeia

O polêmico acordo Mercosul-União Europeia

Em dia de pouca exposição do Brasil na mídia internacional, o destaque fica com as posições da Comunidade Europeia sobre o acordo com o Mercosul, que, negociado desde 2019, vem sendo sistematicamente adiado. A Comissão europeia é contra renegociação do acordo e a França não quer apressar as negociações.

A Comissão Europeia informou nesta quarta-feira que seria insensato renegociar partes da proposta de acordo de livre comércio com o Brasil e outros países do bloco Mercosul, uma vez que foram necessárias duas décadas para chegar a um acordo inicial. O presidente Lula disse na semana passada que seu país não assinaria o pacto comercial sem ajustes, apontando especificamente para a oposição de seu governo em permitir que as empresas europeias vendam para o setor público do Brasil, noticia a Reuters. “A recomendação geral da Comissão é não reabrir o acordo. Já foi negociado há muito tempo”, disse o chefe de comércio da UE, Valdis Dombrovskisele.

A França não se opõe a um acordo comercial que vem sendo adiado com o Mercosul, mas não quer apressar as negociações que arriscariam sua rejeição pelos Parlamentos europeus se as preocupações ambientais e sociais não fossem incluídas. A França, onde o acordo é impopular entre os agricultores locais, quer que o lado do Mercosul concorde com vários compromissos adicionais, principalmente no que diz respeito ao respeito às regras da UE sobre desmatamento, antes de poder apoiá-lo. “Precisamos dar tempo, tempo”, disse Olivier Becht, ministro do comércio da França, à Reuters em uma entrevista no Brasil, onde se reuniu com ministros e representantes de empresas.

Os preços ao consumidor no Brasil desaceleraram mais do que o esperado em maio, mostraram dados do governo nesta quarta-feira. A inflação em 12 meses atingiu o nível mais baixo em mais de dois anos e caiu abaixo da marca de 4% pela primeira vez desde o final de 2020. É provável que os números aumentem o peso dos apelos do governo, dos empresários e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o banco central reduza a taxa básica de juros de 13,75%.

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A publicação Brazilian Report realizou uma edição especial sobre os protestos populares realizados no Brasil em 2013, com o título “O legado de junho de 2013”. “Há dez anos, no início de junho, ativistas saíram às ruas nas principais cidades brasileiras para protestar contra um aumento de 20 centavos nas tarifas de transporte público. Os protestos populares em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre foram brutalmente reprimidos pela polícia, com centenas de presos.” Mas houve apoio da população.

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