Para pesquisadora, persiste ameaça à democracia no Brasil

Para pesquisadora, persiste ameaça à democracia no Brasil

O jornal uruguaio La Diaria traz extensa entrevista com a analista Sonia Fleury, que acredita que persiste no Brasil a ameaça à democracia. A acadêmica brasileira argumenta que a saída não está em acordos com o Congresso, a mídia ou os militares, mas em reformas estruturais. Responsável por dois projetos de pesquisa no Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz, sobre proteção social e gestão do sistema de saúde, Fleury observa que ainda não é possível falar em uma democracia consolidada, considerando que o Brasil ainda é uma sociedade muito polarizada e que neste ano, nas manifestações de 8 de janeiro, houve um cenário diferente do ano anterior, em que os diferentes poderes da nação “se uniram contra a barbárie”. Um exemplo foi a ausência de 15 governadores em atos em defesa da democracia. Sonia Fleury é doutora em Ciência Política, pesquisadora sênior do Centro de Estudos Estratégicos Antonio Ivo de Carvalho (CEE-Fiocruz).

O  presidente Lula participa nesta quinta-feira, 18 de janeiro, da assinatura do acordo de parceria firmado pelo governo federal, por meio do Ministério da Defesa e do Comando da Aeronáutica, com o Estado da Bahia e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Cimatec). O documento formaliza a criação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia, a fim de promover o desenvolvimento regional da indústria aeroespacial, publicou a agência cubana Prensa Latina. A agenda de Lula no Nordeste também inclui visitas aos estados de Pernambuco e Ceará, com uma série de atos administrativos a serem assinados.

O manual de Lula: O Brasil aposta em um retorno ao capitalismo de Estado, segundo extensa reportagem crítica do Financial Times. Desde que retornou ao poder, Lula tem procurado fortalecer o papel do Estado em sua tentativa de elevar os padrões de vida estagnados da nação de mais de 200 milhões de habitantes. Texto comenta investimentos na refinaria Abreu Lima. O projeto Abreu e Lima, uma extensa massa de chaminés e tubulações, foi originalmente lançado em 2005 por Lula como a primeira nova refinaria de petróleo do Brasil em décadas. Acabou se tornando uma das mais caras do mundo. Estimativas de custo aumentaram para US$ 20 bilhões – nove vezes o orçamento inicial.

O português Correio da Manhã traz reportagem sobre declarações do ex-presidente Bolsonaro. Informa que, além das diferenças ideológicas e de estilo, ele odeia o atual chefe de Estado, Lula da Silva, e fez um comentário curioso sobre o que pensa do seu sucessor, afirmando que se ele próprio pode ser uma pessoa horrível, o atual governante é ainda pior. A definição foi feita a apoiantes na cidade turística de Angra dos Reis, no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, onde Bolsonaro tem uma casa de praia e está a passar férias. “Pessoal, não dá para comparar. Eu posso ser um cara horrível, mas o outro cara é péssimo”, disse Jair Bolsonaro, arrancando risos.

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O Brasil precisará realocar cidadãos em áreas que têm sido atingidas repetidamente por tempestades e outros desastres potencializados pela mudança climática, disse a ministra do Meio Ambiente do país, Marina Silva, à Reuters em Davos, Suíça, na quarta-feira. Espera-se que a mudança climática global torne certas áreas inabitáveis e impulsione a migração de centenas de milhões ou bilhões de pessoas até 2050, à medida que fogem do aumento do nível do mar, da aridez, das enchentes e de outros desastres.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse a repórteres brasileiros, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, nesta quarta-feira, que o Brasil “corre o risco de perder a soberania” sobre a Amazônia para o crime organizado. “O crime organizado está começando a se tornar mais ousado, como aconteceu recentemente no Equador, e a contaminar os espaços políticos”, disse. “Precisamos pensar em estratégias para evitar que o crime organizado fique fora de controle no Brasil.” “O crime está começando a se espalhar pela Amazônia”, acrescentou. “O Brasil corre o risco de perder a soberania sobre a Amazônia não para outro país, mas para o crime organizado. Lá temos mineração ilegal, extração ilegal de madeira, grilagem de terras, queimadas irregulares, e agora [a região] está se tornando uma rota para o tráfico de drogas”, segundo o noticiário Brazilian Report.

Economistas melhoram as expectativas para o PIB do Brasil no quarto trimestre de 2023, segundo o Brazilian Report. A divulgação de dados de varejo e serviços levaram os economistas a revisar suas previsões.

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