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Protesto contra Milei recebe apoio de trabalhadores do Brasil e de diversos países

Protesto contra Milei recebe apoio de trabalhadores do Brasil e de diversos países

“Solidariedade Internacional à Argentina: Protestos em apoio à greve geral”, noticia o site latino Izquierdaweb. Sindicatos e centrais sindicais de uma dezena de países marcharão em apoio à greve argentina e em rejeição às contrarreformas de Milei. São mais de 80 países. “A Argentina não está à venda”, dizem os apelos do Brasil e da Alemanha, reproduzindo um slogan comum em recentes panelaços argentinos. Um ato promovido por diversas entidades como CUT e outras centrais sindicais está agendado para esta quarta-feira na avenida Paulista, em São Paulo.

A greve geral na Argentina reuniu até a tarde desta quarta-feira mais de 130 mil pessoas nas ruas da capital Buenos Aires, segundo dados da polícia local noticiados pela imprensa brasileira. A primeira paralisação geral contra as medidas econômicas do governo de Javier Milei na Argentina começou nesta quarta-feira (24) com uma caminhada rumo ao prédio do Congresso, em Buenos Aires, que vai analisar as inúmeras medidas anunciadas por Milei para desregular a economia e reduzir os gastos do Estado. A Central Geral do Trabalho (CGT), principal organizadora do movimento, afirma que mais de 1,5 milhão de pessoas aderiram à paralisação no país.

Outras cidades que apoiam o movimento: Madri, Valência e Barcelona (Espanha), Genebra (Suíça), Amsterdã (Holanda), Bogotá (Colômbia), Toronto (Canadá), Roma (Itália), Paris e Toulouse (França), Montevidéu (Uruguai), La Paz (Bolívia), Berlim (Alemanha) e Bruxelas (Bélgica).

Nem todos os setores aderiram ao protesto. Representantes de 25 organizações rurais emitiram um comunicado conjunto expressando sua rejeição à greve, informa o argentino La Nación (o ‘Estadão’ local). Eles enfatizaram que os produtores “escolheram não parar” e destacaram a necessidade de continuar trabalhando para promover o desenvolvimento econômico e fortalecer os laços sociais nas províncias. Essa greve, convocada pela CGT, está sendo realizada em rejeição às primeiras medidas promovidas pela administração libertária por meio de um Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) e do megaprojeto de lei que está sendo discutido no Congresso. “Estamos plenamente convencidos de que o caminho para superar a crise que está atingindo nossa nação está em continuar trabalhando”, afirmaram as organizações no comunicado. Elas enfatizaram que seu trabalho, assim como o de outros setores, é essencial para fortalecer os laços sociais e criar raízes por meio da geração de empregos genuínos.

MERCOSUL-UNIÃO EUROPEIA

Os ministros das Relações Exteriores do Mercosul, grupo de países formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e a recém-incorporada Bolívia, iniciaram nesta quarta-feira uma reunião em Assunção com uma agenda que inclui entre suas principais pendências a conclusão da negociação do acordo comercial com a União Europeia (UE). Durante a reunião, o Paraguai, que assumiu a presidência rotativa do bloco sul-americano em 7 de dezembro, também apresentará suas prioridades aos seus pares, uma das quais é fortalecer os laços com novos mercados, principalmente na Ásia e no Oriente Médio. Espera-se também que eles abordem o processo de integração nessa região, que abrange uma população de quase 300 milhões de pessoas, conforme noticia o site equatoriano El Mercurio. É possível que a crise de segurança no Equador também faça parte das conversas. O governo equatoriano declarou a existência de um “conflito armado interno”.

Será a primeira reunião do Mercosul com a presença da nova ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, representante de Javier Milei. O novo governo argentino está determinado a levar adiante o acordo com a União Europeia já no mês que vem, noticia o La Nación.

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O site Nodal também afirma que o acordo Mercosul-União Europeia é a prioridade do encontro de chanceleres.

MARIELLE-MANDANTE

O caso Marielle Franco tomou um rumo inesperado após a confissão do policial aposentado Ronnie Lessa em um acordo de delação com a Polícia Federal. Vale lembrar que, em 14 de março de 2019, Lessa e o ex-policial militar Elcio Queiroz foram presos como autores do crime. É Domingos Brazão que Lessa aponta como o mandante do assassinato. Esse ex-líder do MDB (partido de centro-direita) e conselheiro do TCE é um conhecido líder de uma milícia (grupo paramilitar). De acordo com fontes do site próximas à investigação, ele também está envolvido em extorsão, tráfico de drogas, negócios imobiliários e de transporte público na zona oeste do Rio de Janeiro, segundo o site argentino La Política Online.

VENEZUELA X GUIANA

Na quinta-feira (25/01) o Brasil sediará uma reunião entre a Venezuela e a Guiana sobre a disputa de Essequibo. Os dois países assinaram uma declaração em dezembro buscando uma solução pacífica para a disputa sobre o território, que é rico em recursos naturais e tem grande potencial petrolífero. O encontro será em Brasília, no Itamaraty, e vai reunir uma comissão conjunta de chanceleres e técnicos, além de representante das Nações Unidas, segundo o uruguaio El Observador.

O site Brazilian Report também noticiou o encontro.

8 DE JANEIRO

A Polícia Federal cumpriu hoje três mandados de busca e apreensão nos endereços dos investigados no estado de São Paulo por sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Os agentes foram a Barueri para identificar as pessoas que planejaram, financiaram e incitaram os episódios antidemocráticos. São um complemento da fase 23 da chamada Operação Lesa Pátria, iniciada nos dias seguintes aos atos terroristas na Esplanada dos Ministérios e só foram cumpridas nesta data por conveniência da investigação. Em tese, as ações sob investigação constituem crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, associação criminosa e incitação ao crime, noticia a agência Prensa Latina.

ESCRAVIDÃO

Um grupo de 15 paraguaios mantidos em condições de escravidão em territórios fronteiriços com o Brasil foi resgatado por forças que operam na fronteira entre os dois países, revelou hoje o jornal local Última Hora. A libertação dos nacionais ocorreu após uma operação no dia anterior em uma propriedade rural no estado vizinho, a cerca de 170 quilômetros ao norte da cidade guarani de Salto del Guairá, no departamento nordestino de Canindeyú, onde foram vítimas do regime, acrescentou o jornal, com base em fontes brasileiras. Os paraguaios explorados estavam trabalhando em condições subumanas, análogas à escravidão, de acordo com uma inspeção realizada pelo Batalhão de Polícia de Fronteira da Polícia Militar e Federal, bem como por funcionários do Ministério Público do Trabalho do Brasil, informou a agência cubana Prensa Latina.

Foto: Paralisação em Buenos Aires nesta quarta-feira / Divulgação

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