BAHIA: Governo presente cuida da gente

Zanin no STF: “Ele será um ministro excepcional”, garante Lula

Zanin no STF: “Ele será um ministro excepcional”, garante Lula

Nesta quinta-feira (1), o presidente Lula confirmou a nomeação de seu advogado Cristiano Zanin, justificando a escolha não apenas pela competência e conduta em sua defesa contra os ataques da Lava-Jato, mas “simplesmente, porque acho que Zanin vai se tornar um grande ministro do STF”. Se aprovado pela sabatina do Senado, o advogado irá substituir…

A indicação de Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF) já é notícia na Reuters. Nesta quinta-feira (1), o presidente Lula confirmou a nomeação de seu advogado Cristiano Zanin, justificando a escolha não apenas pela competência e conduta em sua defesa contra os ataques da Lava-Jato, mas “simplesmente, porque acho que Zanin vai se tornar um grande ministro do STF”. Se aprovado pela sabatina do Senado, o advogado irá substituir o ministro Ricardo Lewandowski, aposentado desde abril deste ano. “Ele será um ministro excepcional do STF se for aprovado pelo Senado e acredito que será”, garantiu. Zanin é formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e é cofundador do Institute Lawfare, com livros sobre o assunto”, destaca a Reuters.

Boas notícias na Economia

Crescimento mais forte do que o esperado para o Brasil de Lula no primeiro trimestre“, é com essa chamada que Le Figaro e a AFP anunciam crescimento do Brasil acima do esperado no primeiro trimestre (1,9%) e impulsionado pelo setor agrícola. Os números foram divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE e superam a média das previsões em torno de 1,3%. Segundo o jornal francês, “a maior economia da América Latina experimentou, assim, uma forte recuperação após ver seu PIB contrair no quarto trimestre de 2022 (-0,1%, segundo dados revisados ​​na quinta-feira)”. Na seara econômica “esta é a segunda boa notícia em dois dias para o governo Lula “após a queda da taxa de desemprego para 8,5%, a menor em oito anos no período de fevereiro a abril”. Apesar disso, os números não permitem muita comemoração: “os serviços cresceram apenas 0,6%, a indústria contraiu ligeiramente (-0,1%) e o consumo das famílias aumentou apenas 0,2%”, acrescenta a reportagem.

Violência na Amazônia

Enquanto isso, o britânico The Guardian sobe o tom em sua cobertura sobre a violência na região amazônia. Ao longo do dia, foi manchete (e no alto da página): “Amazônia brasileira corre risco de ser tomada pela máfia, alerta ex-chefe de polícia”. A reportagem ouviu o ex-chefe da PF Alexandre Saraiva que, com dez anos de trabalho na área, entre 2011 e 2021, avalia que “o rápido avanço de grupos do crime organizado na Amazônia brasileira corre o risco de transformar a região em um vasto interior assolado por conflitos e atormentado por “insurgentes criminosos” fortemente armados. “Vivi como o estado perdeu o controle da segurança pública no Rio de Janeiro, e na Amazônia hoje – se nada for feito em termos de segurança pública – estamos diante de um Rio de Janeiro continental, com os agravantes das fronteiras com grandes produtores de drogas e um cenário de selva extraordinariamente difícil”, alerta.

Guardian traz outras cinco reportagens sobre o assassinato de Dom Phillips e Bruno Pereira, que completa um ano no próximo dia 5 de junho. Entre elas, o texto de Tom Phillips sobre as investigações do caso, inclusive, apontando os esforços do atual governo. “Seguem-se quatro anos de caos e destruição sob Bolsonaro, durante os quais o desmatamento e as invasões de terras dispararam. Seis territórios indígenas foram oficialmente reconhecidos, enquanto policiais federais, forças especiais ambientais e tropas do exército foram enviadas para a Amazônia na tentativa de reafirmar o controle e enviar uma mensagem ao mundo sobre o compromisso do Brasil em erradicar o desmatamento ilegal e combater a emergência climática”. Sobre os assassinatos, ele relata que “três pescadores estão detidos em presídios de alta segurança aguardando julgamento por homicídio: dois irmãos chamados Amarildo e Oseney da Costa de Oliveira e um terceiro homem, Jefferson da Silva Lima. No entanto, a suspeita é que forças mais poderosas e perigosas estejam por trás dos assassinatos. A polícia federal nomeou um quarto homem – um mafioso local sombrio apelidado de Colômbia – como o suposto mandante”.

O jornal britânico é um dos 16 grupos de mídia que estarão à frente do projeto Bruno and Dom, uma investigação colaborativa coordenada pela organização sem fins lucrativos Forbidden Stories, com sede em Paris. No texto “Um ano após suas mortes, seu trabalho deve continuar“, Katharine Viner detalha esse projeto, relatando que “pelo menos 67 jornalistas e trabalhadores da mídia foram mortos em 2022, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas”. Já a Global Witness descobriu que “três pessoas são mortas todas as semanas tentando proteger suas terras das forças extrativistas, sendo o Brasil um dos países mais mortais do mundo”. Guardian traz também imagens inéditas de Dom Phillips e Bruno Pereira e um artigo comovente de Alessandra Sampaio, esposa de Dom. Também são destacadas as falas do presidente Lula sobre o caso.

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O tema é notícia também no Independent e na Reuters que, por sua vez, destaca a iniciativa dos jornalistas que darão sequência ao livro deixado pela metade por Dom Phillips. “Dom foi morto por causa deste livro. O mínimo que podemos fazer é terminar a tarefa à qual ele dedicou a última parte de sua vida. Ele pode ter partido, mas não será silenciado”, disse Jonathan Watts (Guardian) que ajudará a finalizar a obra ao lado de Jon Lee Anderson (New Yorker), Tom Phillips (Guardian) e Andrew Fishman (Intercept Brasil), além de escritores brasileiros.

Já os embates no Congresso Nacional e a derrota na área ambiental do governo Lula continua no foco do La Nacíon, que avalia que o Congresso brasileiro colocou Lula “na corda bamba”. A Reuters, nesta quinta, observa que “os legisladores apoiados pelo poderoso lobby agrícola nesta potência agrícola [o Brasil] votaram 283-155, na noite de terça-feira (30), para aprovar um projeto de lei que limitaria o reconhecimento de novas reservas indígenas, uma decisão vista por ambientalistas e defensores dos direitos humanos como um revés”.

Banco dos BRICS ajudará a Argentina

“Massa antes que continue falando, eu vou te dar uma boa notícia”. Com essa frase, segundo o site argentino La Política Online, a presidenta do Banco dos BRICs, Dilma Rousseff, anunciou ao ministro argentino Sergio Massa (Economia) que a diretoria da instituição financeira aceitou incorporar a Argentina em sua próxima reunião de agosto, na África do Sul. Essa é a maneira mais rápida de ajudar o país vizinho. Também farão parte do banco o Zimbabwe, o Egipto e a Arábia Saudita, cada um com 25% de um aporte simbólico de 1.000 milhões de dólares. Hoje, o capital atual do banco é de 50 bilhões de dólares e a China quer ampliá-lo para 100 bilhões.

O encontro dos presidente sulamericanos ocorrido na quarta-feira (30) continua em pauta. No Estrategia.la, Rubén Armendáriz analisa os ganhos do encontro em Após cúpula de Brasília, acordos de integração elétrica e defesa da Amazônia, apontado “passos concretos de cooperação e integração na região, como a instalação da ligação elétrica entre Bolívia e Argentina e os acordos em defesa da Amazônia avançados entre os presidentes do Brasil e da Colômbia”.

Presidentes

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, afirmou a vários veículos da mídia latino-americana (entre eles a Folha) que “definitivamente” não foi sua culpa que o planejado encontro bilateral com Lula tenha parado no mês passado, durante a cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão, informa La Nacíon. Questionado se gostaria de ter um encontro bilateral com Lula e por que não se encontraram em Hiroshima, Zelensky negou a versão brasileira de que não compareceu no horário combinado. Na ocasião, a comitiva brasileira afirmou que o time ucraniano havia pedido três vezes para mudar o horário da partida antes de parar de responder às mensagens. “Lula quer ser original, e devemos dar essa oportunidade a ele. Agora, é preciso responder a algumas perguntas muito simples. O presidente acha que assassinos devem ser condenados e presos? Creio que, se tiver a oportunidade, ele dirá que sim. Ele encontrará tempo para responder a essa questão? Ele não achou tempo para se reunir comigo, mas, talvez, tenha tempo para responder a essa pergunta”, disse.

Agência Nodal destacou o encontro ontem (31) entre os presidentes Lula e Gustavo Petro (Colômbia). Eles concordaram em fortalecer conjuntamente o combate aos crimes ambientais e organizado na Amazônia, compartilhada pelos dois países. E discutiram medidas para “fortalecer” a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). “Vamos fazer um acordo de países da Amazônia para revitalizá-la. Inclui a defesa científica, política e militar do terceiro pilar climático do mundo”, disse Petro em uma mensagem no Twitter junto de uma foto com Lula, ao finalizar a reunião no Palácio da Alvorada. A AFP registrou imagens do encontro.

Por fim, nesta quinta, informa a EBC, o presidente Lula recebeu, em Brasília, o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö. Os dois conversaram sobre as relações entre Brasil e a União Europeia, meio ambiente, clima, comércio e questões regionais. Confira o encontro.

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