Tema mundial: X retorna ao Brasil após Elon Musk cumprir ordens judiciais

Tema mundial: X retorna ao Brasil após Elon Musk cumprir ordens judiciais

O Focus 21 reúne as citações relevantes sobre o Brasil publicadas pela imprensa internacional

A ordem de desbloqueio do X no Brasil, dada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF), repercutiu fortemente na imprensa internacional. Jornais como os norte-americanos The New York Times e Washington Post classificaram o episódio de bloqueio da plataforma, por 39 dias, como uma derrota para Elon Musk

O gigante da mídia social X estava disponível para alguns usuários brasileiros nesta quarta-feira, um dia depois que o Supremo Tribunal Federal autorizou a plataforma do bilionário Elon Musk a retomar o serviço para cumprir as decisões judiciais. O órgão regulador de telecomunicações do Brasil, a Anatel, começou a ordenar que os provedores de internet permitissem que os usuários acessassem o X novamente. Alguns usuários já estavam acessando a plataforma, e tópicos como “estamos de volta” eram tendência na quarta-feira entre os brasileiros. Segundo a Anatel, o tempo necessário para que a plataforma seja desbloqueada dependerá dos procedimentos adotados por cada provedor de Internet. Moraes ordenou o fechamento do X em 30 de agosto, após uma disputa de meses com Musk sobre liberdade de expressão, contas de extrema direita e desinformação. Musk depreciou De Moraes, chamando-o de autoritário e censor, embora suas decisões, incluindo a suspensão do X em todo o país, tenham sido repetidamente confirmadas por seus pares.

“A X tem orgulho de voltar ao Brasil”, disse a empresa em um comunicado publicado em sua conta de Assuntos Governamentais Globais. “Dar a dezenas de milhões de brasileiros acesso à nossa plataforma indispensável foi fundamental durante todo esse processo. Continuaremos a defender a liberdade de expressão, dentro dos limites da lei, em todos os lugares onde operamos.”

De acordo com um comunicado, o site pagou multas no valor total de R$ 28 milhões (US$ 5,1 milhões; £ 3,8 milhões) e concordou em nomear um representante local, conforme exigido pela legislação brasileira.

O Brasil é o sexto maior mercado da X e em abril, tinha cerca de 21,5 milhões de usuários, de acordo com a plataforma de dados Statista. Mas há quem diga são 40 milhões. (Reuters / Independent /BBC / Business Insider / Financial Times /  Toronto Sun / Le Parisien / Le Monde / Correio da Manhã / Publico / Clarín) Muitos veículos usaram as agências AP, Lusa, AFP.

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Especialistas e autoridades brasileiras culparam parcialmente a disseminação de conteúdo incendiário online pelo X pelos distúrbios de extrema-direita que abalaram Brasília em janeiro de 2023. Musk se alinhou com figuras de extrema direita, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. (The Guardian)

“A aparente resolução para a batalha que durou meses representou uma derrota para Musk, que se posicionou como um defensor contundente da liberdade de expressão. Sua empresa perdeu um mês de negócios em um de seus maiores mercados, permitindo que rivais ganhassem espaço lá, apenas para acabar exatamente onde começou”, diz a reportagem assinada por Jack Nicas, o correspondente do NYT no Brasil, e Ana Ionova. (New York Times)

Derrota para Musk também no Washington Post

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

“Brasil: a esquerda está preocupada com o segundo turno das eleições municipais”, título do L’Humanité. O campo do ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro colocou vários candidatos em uma posição favorável após o primeiro turno das eleições no domingo, 6 de outubro. Os chamados partidos políticos centristas mais uma vez saíram na frente, consolidando uma tendência eleitoral local a seu favor.

INDÍGENAS

Organizações indígenas do Pará não foram consultadas pelo governo antes de assinar um acordo com empresas multinacionais para vender créditos de compensação de carbono para apoiar a conservação da floresta amazônica no estado. A Amazon.com Inc (AMZN.O e outras empresas concordaram no mês passado em comprar créditos de carbono avaliados em US$ 180 milhões por meio da iniciativa de conservação LEAF Coalition, que ajudou a criar em 2021 com um grupo de empresas e governos, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido. Na época, o governador do Pará, Helder Barbalho, disse que o acordo teve a participação de povos indígenas e comunidades tradicionais. Mas 38 organizações indígenas e comunitárias do Pará assinaram uma carta pública denunciando o fato de ele não tê-las consultado. (Reuters)

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