FMI aumenta perspectiva de crescimento para o Brasil em 2023

FMI aumenta perspectiva de crescimento para o Brasil em 2023

Maior crescimento impulsiona a previsão para a América Latina como um todo; e mais: Lula será operado em outubro; Emir Sader destaca otimismo com novo governo; China direciona investimentos para outras regiões, incluindo o Brasil; associações agrícolas do Brasil e Portual expressam preocupação com acordo UE-Mercosul

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou sua previsão de crescimento para o Brasil em seu relatório Perspectivas da Economia Mundial, chegando a 2,1%. Na edição anterior, o FMI previa um crescimento de 1,2%. Reportagem do Brazilian Report aponta que o aumento significativo na produção agrícola no primeiro trimestre de 2023 impulsionou o setor de serviços, levando o crescimento geral do PIB no primeiro trimestre a 1,9%. Economistas acreditam que a soja será responsável por 20% do crescimento do Brasil este ano. O crescimento mais forte no Brasil também levou o FMI a melhorar a previsão para a América Latina como um todo, com uma expansão de 1,9%. No entanto, essa projeção ainda é uma desaceleração em relação ao crescimento de 3,9% da região no ano passado. Globalmente, o crescimento projetado é de 3,0% em 2023 e 2024, em comparação com os 3,5% estimados em 2022.

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A agência cubana Prensa Latina informa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta terça-feira (25) que passará por uma cirurgia no quadril em outubro. Lula revelou que sofre de artrose no quadril há vários anos e decidiu fazer a cirurgia para aliviar a dor que vem enfrentando. Durante a recuperação, o vice-presidente Geraldo Alckmin assumirá a presidência. A cirurgia, que deve durar duas horas e meia, é considerada uma operação programada, não urgente, e Lula afirmou que está se preparando para o procedimento.

O presidente disse que o procedimento de infiltração que realizou, para reduzir a dor temporariamente, não teve efeito a longo prazo, e ressaltou sua intenção de continuar trabalhando, mesmo com a cirurgia agendada, e citou seus compromissos futuros, incluindo ser anfitrião de um encontro de países amazônicos e comparecer a cúpulas internacionais dos Brics, G20 e Assembleia Geral da ONU. Apesar da preocupação com a situação, Lula também deixou claro sua determinação em continuar com suas atividades, mesmo durante o período de recuperação.

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Artigo de Emir Sader, professor de sociologia e cientista político, no espanhol Rebelión destaca o triunfo do otimismo representado pelo presidente Lula no Brasil, ressaltando que o país está em processo de recuperação, vivenciando um novo ciclo de crescimento econômico, o que vai contra a perspectiva negativa da direita e da velha esquerda. Lula é retratado como uma figura otimista, e por isso incomoda tanto os que resistem às mudanças quanto os pessimistas.

O presidente é elogiado por demonstrar que o Brasil é capaz de crescer, criar empregos e distribuir renda, mesmo enfrentando desafios como altas taxas de juros e um Congresso conservador. Sader conclui enfatizando que Lula personifica o Brasil que está recuperando seu prestígio e avançando no cenário internacional.

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O depoimento do ex-PM Élcio Queiroz, a prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa e os novos desdobramentos da investigação dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes seguem repercutindo na mídia internacional, em veículos como o francês l’Humanité, os argentinos Clarín e Página/12, o mexicano La Jornada, a agência britânica Reuters e a rede árabe Al Jazeera.

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O argentino La Nación publica a tradução de reportagem do Wall Street Journal que aborda a mudança no cenário de investimentos chineses ao longo dos últimos anos. Anteriormente, a China direcionava uma grande quantidade de dinheiro para países desenvolvidos, adquirindo ativos valiosos, como propriedades e empresas renomadas, mas essa tendência mudou à medida que a hostilidade do Ocidente em relação ao governo de Pequim aumentou.

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Os investidores chineses começaram a retirar seu capital dos mercados ocidentais, optando por direcioná-lo para outras regiões. Atualmente, as empresas chinesas preferem investir em fábricas no Sudeste Asiático e em projetos de energia em países da Ásia, Oriente Médio e América Latina. O texto destaca que a montadora chinesa BYD anunciou este mês que planeja investir mais de US$ 600 milhões em várias fábricas de automóveis no Brasil.

Uma das razões para essa reorientação dos investimentos é a busca por consolidar alianças estratégicas com outros países e garantir o acesso a recursos naturais essenciais. Além disso, a China também está procurando fortalecer o comércio e laços financeiros com outras partes do mundo.

A mudança no fluxo de investimentos tem implicações significativas para as economias ocidentais, pois pode resultar na diminuição da criação de empregos e na redução das fontes de capital para empreendedores desses países. Além disso, o fenômeno aponta para um cenário em que a globalização está em retrocesso e as tensões políticas podem se intensificar.

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O jornal português Cofina Media relata que a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) de Portugal e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST) do Brasil expressaram preocupação com as recentes exigências da União Europeia (UE) nas negociações do acordo com o Mercosul, alertando que isso impactará os agricultores de ambos os lados do Atlântico.

Em comunicado conjunto, as associações destacaram a “enorme gravidade” dos avanços nas tratativas, especialmente as relacionadas à produção de alimentos, temendo que o acordo fortaleça ainda mais o agronegócio internacional em detrimento dos trabalhadores rurais e dos consumidores. Abordaram também a difícil situação dos agricultores, mencionando a escalada especulativa dos preços na produção, os baixos preços pagos aos produtores e os obstáculos ao acesso à terra para a agricultura familiar e os trabalhadores sem terra. Condenaram a “criminalização de organizações camponesas e seus membros” e demonstraram solidariedade com aqueles que lutam pelo direito de produzir.

CNA e MTST também expressaram preocupação com os objetivos propostos na Cúpula dos Sistemas Alimentares da Organização das Nações Unidas (UNFSS+2), em Roma, Itália, argumentando que isso pode limitar ainda mais a função dos Estados em relação à alimentação e aumentar o poder das grandes corporações internacionais do agronegócio, prejudicando os direitos dos produtores e consumidores.

As duas organizações – que fazem parte da internacional La Via Campesina – também reafirmaram sua determinação em promover a implementação da Declaração das Nações Unidas dos Direitos dos Camponeses e Outras Pessoas que trabalham em áreas rurais (UNDROP).

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Também na agência Prensa Latina, o pedido da Procuradoria-Geral do Brasil às redes sociais para informar se 244 acusados de participarem de atos golpistas em 8 de janeiro são ou foram seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro. O Ministério Público também busca saber se essas pessoas responderam a conteúdos divulgados por Bolsonaro, incluindo temas como fraude eleitoral, urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral, Supremo Tribunal Federal, Forças Armadas e intervenção militar.

A solicitação faz parte da investigação sobre os responsáveis pelas ações antidemocráticas em Brasília, onde apoiadores radicais do ex-capitão invadiram e saquearam prédios governamentais. A defesa de Bolsonaro classificou o pedido como uma “absurda tentativa de monitoramento político”.

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