Autor: Luiz Marques
A aventura da emancipação
Sem consolidar os direitos civis, sociais e políticos é impossível elevar a sociedade democrática a um patamar pós-capitalista, transcendendo as objeções limitadas à política e à economia neoliberais
Leia maisO espectro das jornadas de junho
O mal-estar foi canalizado pela Rede Globo para o tema da corrupção. As bandeiras originais foram sequestradas. O alvo migrou dos prefeitos e governadores para o Palácio do Planalto, o PT e a esquerda in totum. Propagou-se o vírus antipetista e antiesquerdista, fechando o doloroso ciclo do “mensalão” inaugurado em outro junho (2005), pelo deslocamento de decisões cruciais para fora de instâncias legítimas.
Leia maisCães de guarda da ordem social
Para não fugir à regra lesa-pátria, remanescente do período colonial-escravista, os “caranguejos” do jornalismo nacional preferiram agourar o evento, em vez de divulgar a articulação pluralista para o reerguimento da Unasul.
Leia maisParticipação em tempos modernos
O Orçamento Participativo sinalizou o anseio de intervenção popular na esfera política para decidir sobre a distribuição de recursos do erário. Contribuiu para racionalizar a receita, controlar a aplicação do excedente público e promover uma pedagogia profana, alheia ao léxico palaciano, sobre o funcionamento institucional do Estado. (Crédito: Ascom/Seplan – Governo da Bahia)
Leia maisCrise – o escudo neoliberal
Desde os anos 1970-1980, a população mundial vive sob a explanação legitimadora de uma crise; não a passageira, mas a duradoura. Lá se vão mais de quarenta anos, praticamente duas gerações em que – antes de falar mamãe – os bebês desde cedo aprenderam a conhecer e temer o lobo mau, a crise.
Leia maisO general, o médico e o magistrado
Três figuras sucintas, aos moldes dos “tipos ideais” weberianos, ajudam a entender os “cidadãos de bem” que buscam um verniz de razoabilidade na sala de jantar, sem reavaliar suas opções a partir das manifestações de 2013, as quais empurraram a classe média para as ruas
Leia maisO ciclo da insanidade à barbárie
A desigualdade entre as classes sociais, filtrada pela insensatez, está na origem do sentimento de não pertencimento individual captado no radar dos grupelhos neonazistas. Permitiu-se que hordas de extrema direita, sem nenhum apreço pelo Estado democrático de direito, migrassem de fóruns obscuros para redes sociais
Leia maisA dialética existencial da esquerda
Sob o espectro da desnutrição que vitimiza mais de 50 milhões de conterrâneos, a simbólica síntese pelo atual titular da presidência interpela o direito a três refeições diárias, casa para morar, escola nas proximidades, equipamentos urbanos, trabalho, lazer – com o prumo dos comuns.
Leia maisO novo tempo da política
Refundar a política com o participacionismo equivale a empoderar a democracia para dissipar a difusão antipolítica na sociedade e proteger as instituições republicanas.
Leia maisOs direitos e as big techs
O século XVII inaugurou a confraternização de individualidades com pensamentos e crenças díspares. O clima de tolerância e civilidade é uma conquista entre tons de cinza do irracionalismo. Vejamos como se constituíram os direitos que aprofundam a democracia, ameaçada pelas big techs.
Leia mais