Autor: Sebastiao Velasco e Cruz
A Guerra na Ucrânia e o Governo Biden (VI)
“As long as it takes” (“pelo tempo que for preciso”). Joseph Biden concluiu o discurso que proferiu em Kiev, na comemoração do primeiro aniversário de resistência contra a invasão russa, com esta frase de efeito, como expressão do compromisso inabalável dos Estados Unidos com a causa ucraniana. No entanto, a fórmula altissonante não poderia ser mais vaga. “For preciso” para quê? E para quem este quê será necessário? (Casa Branca/ Fotos Públicas)
Leia maisUcrânia na Grande Estratégia dos EUA (V)
O ponto de partida deste estudo foi a pergunta sobre a ambivalência do governo Biden diante da guerra da Ucrânia e, em todos os seus momentos, a ideia norteadora da análise foi a de que a chave para a compreensão do comportamento dos Estados Unidos no conflito jazia no padrão historicamente construído de relacionamento entre vencedor e vencido, Estados Unidos e Rússia, no Pós-Guerra Fria. Antes de concluir o percurso devo considerar o papel atribuído à Ucrânia neste processo. (Arte: Exército americano/Spc. Joshua Leonard)
Leia maisEscolhas Fatídicas 2. Expansão da OTAN
A decisão de estender a OTAN no espaço antes organizado pelo Pacto de Varsóvia tinha profundas implicações geopolíticas. Para que a Presidência americana desse efetividade à sua opção, ela precisava construir consensos amplos e obter o apoio majoritário no Congresso, ao tempo em que cuidava de aplacar as resistências externas que cedo se manifestaram. Foto: Sede da OTAN (Crédito: OTAN)
Leia maisEscolhas fatídicas. Supremacia Nuclear (III)
No final de 1989, o conflito Leste-Oeste era passado, mas as linhas mestras do futuro ainda não tinham sido traçadas. A ordem emergente então – nunca de todo realizada – foi resultado de escolhas feitas em resposta a problemas discretos, com consciência difusa de suas implicações e significado.
Leia maisA Quadratura do Círculo. A Política dos Estados Unidos para a Rússia no Pós-Guerra Fria (II)
Com efeito, a política dos Estados Unidos para a Rússia começa com a implosão da URSS, vale dizer, com a tentativa frustrada do golpe de Estado levada a efeito pela linha dura do regime, em 19 de agosto de 1991, que foi seguida de perto pela declaração de independência da Estônia, da Letônia, da Rússia, da Ucrânia, da Geórgia e, meses depois, pelo desaparecimento formal da União Soviética.
Leia maisO quadrilátero da crise. A guerra na Ucrânia e o governo Biden (I)
Sozinhos, os Estados Unidos responderam por mais da metade do total da ajuda fornecida à Ucrânia, e por quase três quartos da ajuda militar, no primeiro ano do conflito. Mesmo se desconsiderado o seu papel político como dirigente da coalizão Ocidental, não é exagero dizer que, sem o apoio dos Estados Unidos, a guerra, tal como a presenciamos, não teria existido.
Leia maisMundo em transe. Notas sobre a crise e o futuro da ordem internacional
Um ano depois, o que parecia ser uma guerra de movimento – com participação indireta e limitada de terceiros – destinada a terminar mais cedo do que tarde em uma mesa de negociação, está convertida em uma guerra de atrito, ao que tudo indica prolongada, que arrasta, cada vez mais, em seu vórtice os Estados Unidos e seus aliados da OTAN.
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