Programas – 3 a 10 de novembro

Programas – 3 a 10 de novembro

*Programa prioritário para amanhã, sábado, dia 4 de novembro: atender ao chamado das organizações da Assembleia Social Mundial de Lutas e Resistências do Fórum Social Mundial, que convidam para sair às ruas nesse Dia Mundial de Solidariedade à Palestina, protestando veementemente contra o genocídio perpetrado pelo governo de Israel. Mais de cem grandes cidades do mundo se colocam na obrigação de apoiar a liberdade e a descolonização de Gaza e da Cisjordânia: São Paulo, Washington, Buenos Aires, Dublin, Londres, Paris e Berlin, algumas delas. O protesto se estende aos abusos cometidos pelas forças israelenses no conflito.

*Uma das organizações participantes dessa mobilização global, a Federação Árabe Palestina (Fepal) se faz presente na voz do seu presidente, Ualid Rabah, que em entrevista ao site Opera Mundi reforça a necessidade das manifestações para reivindicar os direitos dos palestinos no âmbito nacional, civil e humanitário.

*No Posto Dois de Copacabana, no Rio, a concentração da grande manifestação de árabes e judeus, unidos, será amanhã, sábado, dia 4, às 11h00. É Paz em Gaza, Ato pela Vida – Cessar Fogo Imediato.

*Veja lista completa de manifestações em solidariedade ao povo palestino ao final da publicação*

*O Clube da Leitura da Editora Tabla está divulgando algumas das edições de livros essenciais para entender a nakba e a colonização, durante décadas, dos territórios palestinos que culminam agora com a assombrosa operação de limpeza étnica em curso na Gaza de hoje. Gaza semidestruída, mas não vencida.

*O primeiro volume do clube é Meu nome é Adam, de Elias Khoury. Tradução de Safa Jubran. O livro narra a história de Adam, vendedor de falafel, e com a reconstrução da memória desse personagem nos traz a história da nakba e do povo palestino. O autor, que é libanês, aborda temas como identidade e memória, e questiona: como restituir, na literatura, crimes cujas vítimas estão muradas pelo silêncio?

*O outro: Umm Saad, de Ghassan Kanafani. Tradução de Michel Sleiman. A personagem Umm Saad, originária de pequena aldeia rural, depois da nakba (“catástrofe”) passa a viver num campo de refugiados em Beirute.

*Mais uma novela do escritor palestino Ghassan Kanafani: Retorno a Haifa conta a história de um casal originário de Haifa forçado a deixá-la por ocasião da nakba de 1948, e retornando à cidade 20 anos depois.

*E também Memória para o esquecimento, de Mahmud Darwich. Tradução de Safa Jubran. Mahmud Darwich, poeta nacional da Palestina e um dos mais importantes do mundo árabe, descreve um longo dia de agosto de 1982 durante a invasão israelense ao Líbano e o cerco a Beirute. Seus temas: Qual o significado do exílio? Qual o papel do escritor em tempos de crise e de guerra? Qual amor é possível nesses tempos sombrios?

*Estreia importante nos cinemas, essa semana, do filme O Último Dia de Yitzhak Rabin (Rabin, The Last Day), novo trabalho do diretor Amos Gitaï (de Kedma, Kadosh – Laços Sagrados e Uma Noite em Haifa). Acompanha os últimos momentos do ex-primeiro-ministro de Israel e vencedor do prêmio Nobel da Paz até o seu assassinato, em 1995, por um estudante ligado a um grupo de extrema direita.

*Os filhos da lona preta, da cientista social e antropóloga Maria Cecília Manzoli Turatti (Ed. Alameda) mergulha no cotidiano de acampamentos do MST com o propósito de identificar os acampados na sua luta pela reforma agrária. É a causa e o sofrimento dos sem terra que motivaram a autora nesse trabalho.

*Sobre o MST: trabalhadores e trabalhadoras desses acampamentos dão uma notável lição de solidariedade enviando toneladas de alimentos básicos por eles cultivados para os que se encontram prisioneiros do covarde governo israelense no território de Gaza.

*De autoria do jornalista e escritor Geraldo Cantarino, Geisel em Londres é uma sugestão de leitura. O volume será lançado oficialmente dia 13 de novembro, na Blooks Livraria, em Niterói. Nele, reflexões sobre o golpe civil-militar que completará 60 anos em 2024 e – muito importante – as marcas deixadas pela ditadura no Brasil de hoje.

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*Na semana passada, Milton Nascimento completou 81 anos. Na ocasião, Caetano Veloso cumprimentou o amigo: “É uma grande luz do Brasil na música do mundo”. E o deputado Chico Alencar: “Amigo é coisa para se guardar… Longa e fecunda vida pro Rouxinol”. Gilberto Gil, por sua vez: “Milton é um extraordinário letrista, fez muitas no início da carreira, mas depois se tornou um letrista bissexto, pois encontrou uma plêiade de grandes letristas amigos dele”.

*Mês de novembro, mês do cinema em Fortaleza: a Cinemateca Brasileira, em parceria com o Cine Ceará e com o Cine Teatro São Luiz, apresenta a mostra itinerante A Cinemateca é Brasileira com 19 filmes marcantes do cinema nacional e com entrada gratuita nas sessões do Cine Teatro São Luiz. De 14 a 25 deste mês.

*A ler: da cientista política francesa Françoise Vergès, Decolonizar o Museu – Programa de desordem absoluta. “Estabelecido como um lugar neutro, quase sagrado, um depósito universal, esse museu é, na verdade, composto por objetos, quadros, móveis e estátuas que são fruto de saques e pilhagens de guerra”, observa a historiadora que também escreveu Uma Teoria Feminista da Violência: Por uma política antirracista da proteção (2021) e Um Feminismo Decolonial Estabelecido (2020).

*Lançamento oportuno: Vozes da terra, nova obra da coleção Escritos Gramscianos (Editora Boitempo), reúne vinte textos de Antonio Gramsci entre 1919 e 1926. Dezessete deles são publicados pela primeira vez em português. Os artigos abordam, essencialmente, a Itália pré-fascista e a relação entre o Sul e o Norte do país que vivia, desde o século XIX, com uma disparidade social e econômica. O Norte em situação razoável de industrialização e o Sul estagnado em uma economia agrária com resquícios feudais. Tradução de Rita Coitinho e Carlos Nelson Coutinho; apresentação e organização de Marcos del Roio; Orelha, Giovanni Semeraro e Notas da edição de Rita Coitinho e Marília Gabriella Borges Machado. Capa de Maikon Nery.

*Observação do jornalista Carlos Alberto (Beto) Almeida, analista internacional, membro do Conselho Consultivo da TV Comunitária de Brasília e um dos editores e apresentadores do programa Tecendo o Amanhã, da TV Comunitária do Rio: “Os palestinos são um povo sem exército, praticamente desarmado. Mas possuem amigos sinceros”.

*E relembrando o escritor John Steinbeck, “Toda guerra é um sintoma do fracasso do homem como um animal pensante”.

*De Albert Camus, “A paz é a única batalha que vale a pena travar”.

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**Lista completa de manifestações em solidariedade ao povo palestino ao final da publicação:

  • Sudeste

São Paulo (SP)
03/11, 18h30, Al Janiah Festival “Palestine Cinema Days”
04/11, 16h, MASP
04/11, 18h às 21h, Al Janiah Festival “Palestine Cinema Days”

Campinas (SP)
4/11, 9h, Largo da Catedral

Ribeirão Preto (SP)
11/11, 9h, Praça XV

Santos (SP)
04/11, 16h, Praça das Bandeiras (Gonzaga)

Belo Horizonte (MG)
04/11, 10h, Praça 7

Juiz de Fora (MG)
04/11, 10h, concentração em frente ao Banco do Brasil do calçadão

  • Sul

Porto Alegre (RS)
04/11, 15h, Largo Glênio Peres (em frente ao Mercado Público)

Florianópolis (SC)
04/11, 15h, Parque da Luz

  • Centro-Oeste

Brasília (DF)
04/11, 10h, Feira da Ponta Norte
08/11, 17h, Agitação de solidariedade na rodoviária do Plano Piloto

Goiânia (GO)
– 4/11, Panfletagem na Praça do Trabalhador, feira Hippie e 44, no período da tarde; Vigília Ecumênica e Cultural, na praça Palestina, a partir das 18h30

Campo Grande (MS)
04/11, 13h, Marcha no centro da cidade, concentração na praça Ary Coelho

  • Nordeste

Maceió (AL)
04/11, 10h, calçadão do Comércio (antigo Produban)

Natal (RN)
04/11, 15h, Midway Mall

Recife (PE)
– 04/11, 9h, Concentração praça Oswaldo Cruz e caminhada pelas ruas do centro

Aracaju (SE)
– 03/11, 18h, Ato Político Cultural Palestina Livre, em frente à Central Única dos Trabalhadores (CUT), rua Porto da Folha, 1039, bairro Cirurgia

  • Norte

Belém (PA)
– 04/11, 9h, panfletagem no Ver-o-Peso

*As informações acima são fornecidas por editoras, produtoras e exibidoras.

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