Programas – de 14 a 22 de novembro

Programas – de 14 a 22 de novembro

*O Escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma em um novo relatório que cerca de 70% das mortes na guerra da Faixa de Gaza são de mulheres e crianças, de novembro de 2023 a abril deste ano; um total de 34.535 mortes no período. Entre essas vítimas fatais, 3.588 eram crianças e 2.036 mulheres. A vítima mais jovem, cuja morte foi verificada pela ONU, era uma criança de um dia. A mais velha, uma mulher de 97 anos.

*O dia 29 de novembro é o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino. A data é comemorada para lembrar a resolução da ONU de 1947, que fragmentou o território em dois estados: Israel (com 56% da área) e uma Palestina com seu espaço segmentado. A partir dessa resolução, essa divisão injusta não só não se resolveu, como se agravou, com Israel ocupando gradativamente partes do território do proclamado Estado Palestino dividido: Gaza e Cisjordânia.

*O Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, este ano, será lembrado em Nova Iorque com um sem número de mensagens convocando para a marcha solidária que sairá de Columbus Circle. Em Brasília, será comemorado pela Câmara Legislativa, a partir das 19h, organizado pela Sociedade Árabe Palestina da capital. A iniciativa é do deputado Chico Vigilante para marcar apoio ao povo palestino na sua luta por um futuro pacífico e pelo reconhecimento efetivo, legal e definitivo do seu Estado.

*Na última terça-feira, dia 12, no Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca, foi lançada a edição em português do livro Superar a Pobreza, de Xi Jinping, presidente da República Popular da China e Secretário-Geral do Partido Comunista Chinês. O objetivo dessa edição é estreitar os laços da parceria Brasil-China e compartilhar a experiência chinesa na erradicação da extrema pobreza, aproveitando a vinda de Xi Jinping ao Brasil para participar da Cúpula do G20. Superar a Pobreza é uma coletânea de textos de Xi, escritos entre 1988 e 1990, período em que ele liderava a sub-região de Ningde, na província de Fujian. O tradutor da edição em português é Evandro Carvalho, professor de Direito Internacional da Universidade Fluminense e FGV, e foi publicada com a parceria da Editora de Línguas Estrangeiras da China, Editora do Povo de Fujian e Editora Contraponto. O livro já foi publicado em inglês, francês, espanhol, mongol, haúça, suaíli, uzbeque e lao.

*O grande show musical Aliança Global Contra Fome e a Pobreza começa hoje, dia 14, e vai até sábado, dia 16, com apresentações de estrelas como Zeca Pagodinho, Alceu Valença, Daniela Mercury, Diogo Nogueira e Ney Matogrosso, na Praça Mauá, a partir das 17h. O evento antecede a Cúpula do G20, no Museu de Arte Moderna, no Aterro do Flamengo, e as conferências do G20 Social, na zona portuária.

*O filme Ainda Estou Aqui lidera as bilheteiras no Brasil, levando 358 mil pessoas aos cinemas em cinco dias. É o maior número de espectadores de um filme nacional desde 2015. O filme de Walter Salles, baseado no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva, recebeu o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza e é aplaudido no final de sessões com bilheteiras esgotadas e plateias emocionadas.

*Aguardado com expectativa para o próximo dia 28 nos cinemas, o filme A Contadora de Filmes, baseado no best-seller de Hermán Letelier e que tem Walter Moreira Salles como co-roteirista, em companhia de Rafa Russo e Isabel Coixet, trata-se de uma homenagem chilena ao cinema. A história se desenrola no deserto do Atacama.

*Outro filme, esse um documentário, também aguardado, estreia no dia 5 de dezembro nas telonas: Os Sonhos de Pepe (Los Sueños de Pepe – Movimiento 2052), de Pablo Trobo. O filme aborda viagens, filosofia, sonhos e a trajetória de vida do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica. É parte de uma trilogia realizada por Trobo, que conheceu Mujica quando ainda trabalhava como cinegrafista na campanha presidencial.

*Na coleção Cultura Negra e Identidades deste mês, do Grupo Autêntica, o volume Bantos, Malês e Identidade Negra, de Nei Lopes. Outros volumes da mesma coleção: Caminhos Trilhados na Luta Antirracista, de Zélia Amador de Deus, e Vozes Negras em Comunicação (vol. II), com diversos autores.

*As inscrições para a Mostra Competitiva de Curtas-Metragens do Festival Samburá de Cinema e Cultura do Mar, em Fortaleza, estão abertas até sexta-feira, dia 16. Com o foco em ecologia e direitos humanos, são aceitos filmes com duração de até 30 minutos, ficção, animação e documentários. O vencedor na categoria Melhor Filme recebe um prêmio no valor de R$ 5.000,00.

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*Acaba de ser lançado um volume de cinco contos inéditos de Silviano Santiago, com o atraente título Keith Jarrett no Blue Note. Cada conto é designado pelo nome de uma famosa composição de jazz, e seus temas, dentre outros, são a estadia no estrangeiro, as folhas secas de outono nas calçadas, a comunicação interrompida, a pessoa amada que morreu, a dúvida existencial. (Ed. Companhia das Letras).

*O documentário Protetores do Planeta está na plataforma Taoplay até sábado, dia 16, gratuito. O filme, dirigido pela francesa Anne de Carbuccia, acompanha o trabalho de jovens que pretendem transformar o planeta para tentar salvá-lo. Alguns dos protetores desse coletivo admirável: Lili no Yucatán, Tashi no Mustang, Dasha na Sibéria, Mariasole na Itália, Alexandria em Nova York e Jared na Amazônia peruana.

**Picadinho: Santino, o mais novo documentário do cineasta e artista plástico Cao Guimarães, está em cartaz nos cinemas e acompanha a vida de Santino Lopes Araújo, da bacia do Rio São Francisco, na região de Bonito de Minas, próximo à fronteira com a Bahia. *O Melhor Amigo, do cearense Allan Deberton, autor do festejado Pacarete, de 2019, também estreou. O cenário é Canoa Quebrada. *Corpo Presente, de Leonardo Barcelos, mais uma produção nacional chegando às telonas no próximo dia 28, trata de identidade, cultura e sociedade. *O tradicional Festival Varilux, em cartaz até o dia 20, tem como homenageado Alain Delon. *Serra das Almas, do pernambucano Lírio Ferreira, ganhou o Prêmio Netflix deste ano e entrará no catálogo da plataforma em nada menos de 170 países. *Mais um recordista de bilheteira nacional, gênero infantil: o brasileiro Arca de Noé, inspirado em músicas de Vinícius de Moraes. *Até o dia 24, em pré-venda, o primeiro volume da série Diários de Gaza. Título: A Memória é uma Casa Indestrutível. O escritor é o ex-ministro da Cultura da Cisjordânia, Atef Abu Said, organizador da série. *Salão de Baile: This is Ballroom, dirigido por Juru e Vitã, ganha sessão especial em Niterói, cidade em que o filme se situa, na segunda-feira (18), às 19h, no Cine UFF, rua Miguel de Frias, 09. Após a exibição, haverá um debate com a presença da diretora do longa, Vitã. A estreia nacional está marcada para o dia 5 de dezembro. *Jogo de futebol França X Israel no Parc des Princes, em Paris. Mais policiais que espectadores. Apenas 15 mil entradas foram vendidas num estádio com 80 mil lugares. Em compensação, Macron, François Hollande e Nicolas Sarkozy estavam presentes. * Segunda-feira, dia 18, haverá debate com Daniel Aarao Reis e Pedro Ivo Batista no lançamento do livro A Democracia na Encruzilhada – O Brasil no Governo Lula, de Liszt Vieira. Livraria Travessa, no Leblon, a partir das 19 horas.

*Encerrando mais uma semana de convulsões de ódio e de convocação ao caos, culminando com atentado a bomba e morte em Brasília, tanques israelenses alinhados na fronteira prontos para invadir o Líbano, guerras intermináveis que fazem a fortuna de empresas da indústria militar, o programa é ler a tradução do poema A Lua é a Favor da Palestina, de Summer Farah, pela escritora Adelaide Ivánova, residente em Berlim. Ela apresenta o seu trabalho no blog da Editora Boitempo com o episódio do menino Faris Odeh (clique aqui para ler).

*“No dia 29 de outubro de 2000, uma criança palestina, Faris Odeh, então com 14 anos, ficou frente a frente a um tanque israelense em Gaza e contra ele jogou uma pedra. Era a Segunda Intifada contra a ocupação israelense. Odeh começou a faltar à escola para atirar pedras em tanques israelenses, apesar de seus pais fazerem tudo o que podiam para impedi-lo.” (…) “Dez dias depois, em 8 de novembro de 2000, Faris foi novamente atirar pedras contra as tropas da ocupação israelense quando foi baleado no pescoço. Os soldados israelenses deixaram o menino sangrando no chão. Ele foi baleado tão perto do tanque que seus amigos não conseguiram socorrê-lo; só conseguiram chegar perto do corpo uma hora depois. Odeh foi declarado morto na chegada ao hospital.”

*“Passaram-se 24 anos do assassinato do menino Faris pelo Estado de Israel”, conclui Ivánova. “Vinte e quatro anos depois do assassinato dessa criança, Israel segue matando crianças na Palestina — e agora também no Líbano. Segundo relatórios da ONU, desde que iniciaram os ataques no Líbano, em 2024, Israel conseguiu matar uma criança por dia.” (Ouvir A Lua é a Favor da Palestina).

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