Bluesky, rival do X, ganha 2 milhões de usuários brasileiros
O Focus 21 reúne as citações relevantes sobre o Brasil publicadas pela imprensa internacional
“Brasil, vocês estão estabelecendo novos recordes históricos de atividade na Bluesky!”, diz a rede social
A Bluesky, plataforma de mídia social e aspirante a alternativa ao Twitter, tomou o Brasil de assalto poucos dias depois de o país ter proibido o X de Elon Musk, no sábado. A plataforma sediada nos Estados Unidos informou que meio milhão de novos usuários haviam aderido à plataforma – apenas um dia depois que o Brasil forçou o fechamento do X no país. Na segunda-feira, esse número havia aumentado para 2 milhões de novos usuários, segundo a Bluesky em um post. A Bluesky está creditando ao Brasil o aumento repentino de usuários. “Brasil, vocês estão estabelecendo novos recordes históricos de atividade na Bluesky!”, escreveu a empresa em um post em sua plataforma.
Com a suspensão do X, o presidente Lula publicou em seu perfil no Bluesky no domingo uma pergunta sobre o que seus seguidores acham da rede social e virou usuário.
Alguns acusaram Moraes de excesso judicial. Outros disseram que sua liberdade de expressão estava sendo violada. Mas a maioria seguiu com suas vidas. De qualquer forma, eles não usavam mais o X com tanta frequência.
A Starlink, provedora de serviços de internet via satélite de Elon Musk, voltou atrás e aceitou cumprir a ordem do ministro Alexandre de Moraes do STF de bloquear a plataforma X de mídia social de Elon Musk. Anteriormente, a Starlink informou informalmente ao órgão regulador de telecomunicações, a Anatel, que não cumpriria a ordem até que Moraes voltasse atrás. Agora, a Starlink disse em um comunicado publicado no X que cumprirá a ordem de Moraes, apesar de ele ter congelado os bens da empresa. “Independentemente do tratamento ilegal dado à Starlink com o congelamento de nossos bens, estamos cumprindo a ordem de bloquear o acesso ao X no Brasil”, diz o comunicado da empresa. “Continuamos buscando todas as vias legais, assim como outros que concordam que a recente ordem de @alexandre viola a constituição brasileira.”
(Guardian / Business Insider / Business Insider 2 / Reuters, Independent, Financial Times, La Nación, Washington Post, New York Times, Le Monde)
“Desligar Elon Musk não ajudará a democracia do Brasil. A proibição do X pelo Supremo Tribunal Federal é um gol contra e torna o povo menos livre” (Bloomberg, replicada pelo Japan Times)
E OS JUROS… SOBEM?
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que confia nas autoridades do banco central quando perguntado sobre a perspectiva de um aumento da taxa de juros na próxima reunião de política monetária. Em entrevista à GloboNews, Haddad observou que não seria “elegante” para ele comentar sobre o que o banco central deveria fazer. A próxima reunião do Copom acontece nos dias 17 e 18 de setembro, e as apostas em um aumento da taxa de juros aumentaram depois que os dados do segundo trimestre mostraram um crescimento econômico mais forte do que o esperado. A inflação anual atingiu 4,35% em meados de agosto, em comparação com a meta oficial de 3%.
Quando perguntado sobre ajustes em outras despesas obrigatórias que poderiam proporcionar alívio fiscal, como a desvinculação de certas despesas do crescimento do salário mínimo, Haddad disse que o governo está aberto a discutir qualquer tópico. “Mas a política tem seu próprio tempo, e isso requer a devida cautela”, disse ele. (Reuters)
Segundo o Banco Central, o crescimento do crédito e os preços dos ativos não representam uma preocupação de médio prazo, embora tenha destacado as incertezas que justificam a cautela contínua das instituições financeiras. Documento do banco central diz que o crescimento do crédito vem se acelerando moderadamente desde o primeiro semestre de 2024, em linha com a atividade econômica, que vem crescendo acima das expectativas.
REAÇÃO CONTRA VENEZUELA
Vários governos das Américas, como Colômbia e Brasil, e da Europa, bem como várias organizações internacionais, rejeitaram o mandado de prisão contra o então candidato à Presidência da Venezuela Edmundo González Urrutia e pediram às autoridades que garantissem e protegessem os direitos do líder da maior coalizão de oposição da Venezuela. O Brasil e a Colômbia expressaram sua “profunda preocupação” com o mandado de prisão contra González Urrutia e ressaltaram que essa “medida judicial afeta seriamente os compromissos assumidos pelo governo venezuelano nos Acordos de Barbados, nos quais o governo e a oposição reafirmaram seu compromisso de fortalecer a democracia e promover uma cultura de tolerância e coexistência”.
Em uma declaração conjunta, Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai disseram que essa medida é “outra tentativa de silenciar” González Urrutia e acrescentaram que “ignorar a vontade do povo venezuelano constitui perseguição política”. EUA afirmou que prisão é arbitrária. (El Mercurio/ La Nación)
“Colômbia revela encontro virtual entre Maduro, Lula, Petro e Obrador. Ordem de prisão emitida pelo regime chavista contra o ex-candidato da oposição dificulta ainda mais a via diplomática, mas Brasil, Colômbia e México continuam tentando mantê-la aberta.” (Público)
Crédito da foto: Ricardo Stuckert / Presidência
Jornalista, ex-Folha, Reuters e Valor Econômico. Participei da cobertura de posses presidenciais, votações no Congresso, reuniões ministeriais, além da cobertura de greves de trabalhadores e de pacotes econômicos. A maior parte do trabalho foi no noticiário em tempo real. No Fórum 21, produzo o Focus 21, escrevo e edito os textos dos analistas.