Governo cria grupo para combater discurso de ódio online

Governo cria grupo para combater discurso de ódio online

A grande parte dos 29 membros do grupo de trabalho, que atuará sob a supervisão do Ministério dos Direitos Humanos, já foi alvo de ataques nas redes sociais. O ministro Silvio Almeida afirmou que “o discurso que promove ódio, fascismo e nazismo não tem lugar na democracia e precisa ser combatido com firmeza antes de…

Pelo fim do discurso de ódio

O Página12 repercutiu a notícia de que o governo brasileiro criou um grupo de trabalho especial para apresentar, em 180 dias, estratégias contra o discurso de ódio e extremismo na comunicação, especialmente em plataformas digitais e redes sociais, e propor políticas públicas de direitos humanos.

De acordo com informações do The Brazilian Report, o Ministério dos Direitos Humanos será o responsável pela atuação do grupo, que tem como primeira missão compreender como o discurso de ódio se propaga nas redes sociais. O Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, afirmou que “o discurso que promove o ódio, o fascismo e o nazismo não tem lugar na democracia e precisa ser combatido com firmeza antes de alcançar as pessoas”.

A maioria dos 29 integrantes do grupo já sofreu ataques nas redes sociais, especialmente por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre eles estão a jornalista Patrícia Campos Mello, que denunciou as redes de desinformação utilizadas pela extrema-direita durante as eleições de 2018, e a antropóloga Débora Diniz, que deixou o país em 2019 após receber ameaças de morte por defender o direito ao aborto seguro.

Também fará parte do grupo o influenciador digital Felipe Neto, um dos mais populares do país, que fez campanha contra Bolsonaro nas eleições de 2022.

A presidência do comitê ficará a cargo de Manuela D’Ávila, candidata a vice-presidente na chapa encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores em 2018, que teve como candidato Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda e substituto de Lula. D’Ávila também já recebeu ameaças, algumas direcionadas a sua filha de seis anos.

Representantes da UNESCO declararam nesta terça-feira em Paris, durante a Conferência Mundial da UNESCO sobre Desinformação e Discurso de Ódio, que “as plataformas digitais têm sido usadas como vetores de desinformação, discurso de ódio, teorias da conspiração e outros conteúdos potencialmente prejudiciais à democracia e aos direitos humanos”. O órgão das Nações Unidas convidou para discutir no encontro um projeto de diretrizes para regular as plataformas digitais e melhorar a confiabilidade da informação, protegendo a liberdade de expressão e os direitos humanos.

Mediando a paz na Ucrânia

Em busca de ampliar a presença do Brasil no cenário político global, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se dedicado a uma campanha para mediar o fim da guerra na Ucrânia e promover o diálogo entre as partes envolvidas, informou a revista estadunidense Time.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, em declaração à agência de notícias Tass na última quinta-feira, disse que Moscou está analisando a proposta de Lula para encerrar o conflito, enquanto continua avaliando a situação na Ucrânia.

A ideia proposta pelo presidente brasileiro é formar um grupo de países, que possivelmente incluirá Índia, China e Indonésia, para mediar as negociações de paz entre as nações envolvidas, tendo em vista que a fadiga da guerra está começando a afetar diversas partes do mundo.

Segundo o La Nacion, Galuzin ressaltou que a postura equilibrada do Brasil na atual conjuntura internacional é valorizada pela Rússia. Ele enfatizou que o país rejeitou as medidas coercitivas unilaterais adotadas pelos Estados Unidos e seus aliados contra a Rússia, além de ter se recusado a fornecer armas, equipamentos militares e munições ao regime de Kiev.

O conflito, que se arrasta há um ano, ainda domina as manchetes dos principais jornais do mundo. A situação na região continua tensa, mas as esperanças de um fim pacífico aumentam com a entrada da China na mediação das negociações entre Rússia e Ucrânia.  O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky demonstrou interesse em conhecer o plano de paz proposto por Pequim, de acordo com publicação do espanhol El País.

Desastre no litoral

A tragédia no litoral paulista continua a receber destaque na imprensa internacional. A agência de notícias Reuters informou que as intensas chuvas que atingem o Brasil já provocaram a morte de pelo menos 50 pessoas, e que um navio de resgate da Marinha Brasileira chegou à cidade costeira de São Sebastião nesta quinta-feira para prestar auxílio às vítimas. Equipado com helicópteros, veículos de desembarque e leitos hospitalares, o navio servirá como hospital de campanha para atender às emergências.

Segundo o site The Brazilian Report, há previsão de mais tempestades na região durante o fim de semana, deixando São Sebastião em estado de alerta. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, transferiu temporariamente seu gabinete para a cidade e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobrevoou a região durante o feriado de Carnaval. Ambos lançaram planos de contingência e estão estudando medidas para minimizar a destruição.

Na quinta-feira, a cidade de São Paulo (localizada a 200 quilômetros de São Sebastião) foi atingida por chuvas torrenciais e granizo. Várias áreas ficaram alagadas e os cidadãos relataram dezenas de casos de edifícios danificados pela chuva.

Segurança sanitária

O Wall Street Journal e o El País noticiaram que o Brasil suspendeu a exportação de carne bovina para a China após detectar doença da vaca louca. “O Brasil confirma um caso de doença da vaca louca em uma pequena fazenda no estado do Pará, levando as autoridades a interromper as exportações de carne bovina para a China”, escreveu o WST.

De acordo com a reportagem do jornal espanhol, foi constatada a presença da doença em um bovino de nove anos em uma pequena fazenda localizada em Marabá, no estado do Pará, região Norte do Brasil. O animal foi abatido e incinerado imediatamente, enquanto a propriedade foi isolada para evitar a propagação da doença. Segundo as autoridades brasileiras, a alimentação do animal à base de pasto pode ter reduzido as chances de desenvolvimento da forma mais grave da encefalopatia espongiforme bovina.

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