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Lula planeja uso sustentável da Amazônia como motor econômico

Lula planeja uso sustentável da Amazônia como motor econômico

Presidente propõe programa de infraestrutura verde para a Amazônia e critica grandes potências por descumprimento de compromissos ambientais e falta de liberação de recursos; deflação em junho reforça pressão por redução da taxa de juros

Lula anunciou que seu governo está planejando um amplo programa de infraestrutura com foco na transição ecológica energética, e que pretende utilizar a preservação da Floresta Amazônica como um instrumento de negociação com o mundo desenvolvido para combater as mudanças climáticas. Durante a edição desta semana do programa Conversa com o Presidente, ele ressaltou a importância de proporcionar dignidade e salários justos para a população da Amazônia, disse que pretende unir todos os países sul-americanos em prol desse objetivo, e expressou frustração em relação às grandes potências, acusando-as de não cumprirem seus compromissos ambientais e de não liberarem os recursos prometidos para os países em desenvolvimento. As informações são do Página/12, da Argentina.

“Queremos pegar toda a Amazônia da América do Sul e fazer disso instrumento de negociação com o mundo desenvolvido, para que a gente possa se desenvolver e gerar emprego para as pessoas que moram na Amazônia. Os indígenas, os pescadores, os povos ribeirinhos, as pessoas que vivem em comunidades. Precisamos fazer com que essas pessoas tenham dignidade. Ganhem salário, tenham uma renda razoável.  É preciso que a gente discuta com o mundo desenvolvido”, disse.

O presidente enfatizou a viabilidade de aproveitar economicamente a Amazônia de forma sustentável, especialmente no que diz respeito à descoberta de recursos valiosos para as indústrias farmacêutica e cosmética, e afirmou que a ecologia não é um assunto restrito a poucas pessoas, mas sim um ativo econômico de grande importância, destacando que o país irá atuar firmemente contra a exploração ilegal da floresta, contando com a polícia federal e, se necessário, com as Forças Armadas.

Além disso, Lula comentou sobre o otimismo da sociedade brasileira devido aos resultados econômicos positivos, à queda da inflação e ao aumento do poder de compra dos salários. Ele expressou a necessidade de crescimento, distribuição de riqueza e implementação de uma reforma tributária para combater a evasão fiscal.

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Em junho, o índice de preços ao consumidor no Brasil registrou uma queda de 0,08%, marcando a primeira deflação deste ano. No acumulado do ano, a inflação no Brasil é de 2,87%; nos últimos 12 meses, ela chega a 3,16%, escreve o argentino Clarín.

A queda nos preços foi observada em quatro dos nove setores analisados pelo IBGE, com destaque para os segmentos de alimentação e bebidas, assim como transporte. Esses dois grupos são os mais impactantes na cesta de consumo das famílias, representando aproximadamente 42% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Os principais fatores que contribuíram para a deflação em junho foram a diminuição nos preços de alimentos – como o óleo de soja, frutas, leite e carne, além da queda nos preços dos combustíveis, influenciada pela política de preços adotada pela Petrobras.

Diante desse cenário o presidente Lula voltou a pressionar o Banco Central por uma redução nas taxas de juros, atualmente em 13,75% ao ano. Ele argumenta que a queda na inflação justifica a necessidade de uma diminuição nas taxas para impulsionar o crescimento econômico e a criação de empregos.

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O Brazilian Report destaca que o senador Eduardo Braga (MDB-AM) foi escolhido para ser o relator do projeto de reforma tributária no Senado. O anúncio foi feito pelo presidente da casa, Rodrigo Pacheco, nesta terça-feira (11). Braga cumpre seu segundo mandato como senador e foi governador do estado do Amazonas durante dois mandatos consecutivos; é o atual líder do MDB, que conta com 11 senadores, ocupando a terceira maior bancada no Senado. Ele também foi líder do governo Dilma Rousseff no Senado, além de Ministro de Minas e Energia durante o segundo mandato da ex-presidente.

O Senado irá votar a reforma tributária depois que a Câmara dos deputados aprovou uma ampla revisão do código tributário brasileiro em duas rodadas de votação na última quinta-feira. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse aos repórteres na terça-feira que acredita que o Senado fará mudanças na PEC da reforma tributária durante a sua tramitação. “Eu entendo que o Senado tem um papel de dar uma limada no texto, justamente deixar ele mais redondo, mais leve, com menos exceções, porque aí fica um texto limpo, um texto cristalino que não dá problema de judicialização no futuro. Eu entendo que é uma oportunidade do Senado de deixar uma marca”, ressaltou.

*Imagem em destaque: Colômbia – 08/07/2023 – O presidente Lula, chega à Colômbia para encontro com o Presidente da República da Colômbia, Gustavo Petro, onde na sequência tem a sessão de encerramento da Reunião Técnico-Científica da Amazônia (Cláudio Kbene/PR)

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