Macron se junta a Lula para taxar bilionários

Macron se junta a Lula para taxar bilionários

Emmanuel Macron, da França, não gosta de seu apelido de “presidente dos ricos”. Sete anos depois de assumir o cargo, ele pode ter finalmente encontrado uma maneira de tentar se livrar desse apelido. Ele está se unindo ao líder de esquerda brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva para pressionar por uma taxa de imposto mínima global para as pessoas mais ricas do mundo. Uma proposta preliminar deverá ser distribuída aos governos em breve, de acordo com autoridades que falaram com o site Politico publicado no domingo. Já faz algum tempo que sabemos da amizade de Macron com Lula. Em março, os dois fizeram uma viagem de barco para uma ilha amazônica, onde passearam pela floresta tropical, andaram de mãos dadas e usaram roupas iguais. Foi no último dia dessa visita que Macron confirmou seu apoio ao plano – algo que o Brasil está defendendo enquanto ocupa a cadeira rotativa do grupo de países do G20.

Mas tudo isso é uma surpresa, pois reduzir, em vez de aumentar, os impostos para os mais ricos tem sido uma marca registrada do governo de Macron desde o primeiro dia. E seu ministro das finanças conservador, Bruno Le Maire, orgulha-se de rejeitar qualquer noção de novos impostos, apesar dos problemas de endividamento da França. (Sobre o Politico)

LULA VISITAS

O linguista e filósofo americano Noam Chomsky, que está se recuperando no Brasil após ter sofrido um AVC no ano passado, recebeu nesta segunda-feira a visita do presidente Lula em sua casa em São Paulo, segundo a Agência Brasil. Chomsky, 95 anos, foi recentemente hospitalizado em São Paulo e recebeu alta em 18 de junho para continuar seu tratamento em casa. Ele é casado com a brasileira Valeria Wasserman. Chomsky é um intelectual conhecido por sua crítica social e ativismo político. Ele é um crítico declarado da política externa dos EUA desde a guerra do Vietnã. Em 2018, Chomsky e sua esposa visitaram Lula, quando estava preso por supostas acusações de corrupção que o impediram de concorrer novamente ao cargo. Essas acusações foram posteriormente anuladas, e Lula foi eleito para um terceiro mandato sem precedentes em 2022. (Reuters)

Além de Chomsky, o presidente Lula visitou nesta segunda-feira, em São Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, 93 anos, e o escritor Raduan Nassar, 88. Os três compromissos são reservados e não foram divulgados na agenda oficial do presidente. (Agência Brasil)

LULA / MILEI

O cientista político e sociólogo brasileiro Emir Sader analisou a relação entre o Brasil e a Argentina e como “a aliança Brasil-México será o motor do futuro da América Latina”, em meio à distância e aos ataques de Javier Milei a seu colega Lula da Silva. Em entrevista à rádio argentina 750, Sader expressou os sentimentos do presidente brasileiro com relação à situação e ao relacionamento com a Argentina. “Acho que Lula é provavelmente o brasileiro que mais sofre com a situação na Argentina”, disse. “Foi ele quem retomou as relações estreitas entre o Brasil e a Argentina e, desde então, sempre foi uma grande irmandade, política, econômica, social e culturalmente, portanto, para Lula, é um golpe muito duro”, acrescentou. (Página 12)

HAMAS NO BRASIL

O Brasil deportou para o Qatar no final da noite deste domingo, pelo horário local, madrugada desta segunda-feira em Portugal, o palestino Muslim Abuumar Rajaa, de 37 anos, suspeito de ser um importante líder do grupo Hamas e que tinha desembarcado sexta-feira no Aeroporto Internacional de São Paulo com a mulher grávida, um filho pequeno e a sogra, mas foi impedido de entrar no país.

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Ao desembarcarem, Muslim e a família, que residem na Malásia, já eram esperados por agentes da Polícia Federal (PF) brasileira, que os informaram de que não seriam autorizados a entrar no Brasil e foram mantidos confinados até à deportação em salas da corporação policial localizadas na ala internacional do aeroporto, antes de cruzarem a fronteira oficial. A Polícia Federal teria sido avisada pela Mossad, a “secreta” de Israel, da viagem de Muslim a São Paulo, onde vive um irmão dele, e dos supostos laços do palestiniano com o grupo extremista que em 7 de Outubro do ano passado desferiu um brutal ataque contra civis em Israel e deu início à igualmente brutal resposta israelita na Faixa de Gaza, onde já morreram dezenas de milhar de pessoas, metade delas mulheres e crianças. Muslin é um dos seis representantes oficiais do Hamas, e constaria até numa lista de dirigentes que poderiam falar pelo grupo divulgada após os ataques do ano passado. (Correio da Manhã, português)

A Reuters acrescenta que o muçulmano M. A. Abuumar e sua esposa grávida de sete meses, seu filho e sua sogra foram detidos ao entrar no país no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e colocados em um voo da Qatar Airways de volta a Doha no domingo, disseram as fontes. “O pedido veio do Departamento de Estado dos EUA”, disse um policial federal sênior. “Foi provado perante um juiz que ele estava profundamente envolvido com o Hamas”, disse ele.

Repercussão. A prisão e a tentativa da Polícia Federal (PF) brasileira de extraditar o cidadão palestino Muslim M. A Abuumar no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, hoje, constitui um pretexto absurdo. Essa é a opinião do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), juntamente com outras organizações que defendem os direitos dos palestinos, que entraram com uma ação judicial. “O caso é absurdo em todos os sentidos. Primeiro, e mais importante, porque a Polícia Federal está agindo para implementar no Brasil as determinações do governo norte-americano”, diz nota do Ibraspal. A entidade ressalta que a lista do chamado Terrorist Screening Center (TSC), do Federal Bureau of Investigation (FBI), dos Estados Unidos, não é abrangida pela legislação brasileira. (Prensa Latina)

ECONOMIA

O déficit em conta corrente do Brasil diminuirá significativamente a partir do próximo mês, já que a compra de criptoativos não será mais considerada uma importação que afeta a balança comercial, disse o banco central na segunda-feira. De acordo com Renato Baldini, vice-chefe do departamento de estatísticas do banco, a revisão segue uma mudança metodológica do Fundo Monetário Internacional (FMI). Desde 2019, os criptoativos têm sido tratados como mercadorias, impactando a balança comercial. Agora, eles serão adicionados à linha da conta de capital. (Reuters).

Na imagem, os presidentes Lula e Macron / Ludovic Marin/AFP

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