BAHIA: Governo presente cuida da gente

Marina Silva é uma das 100 lideranças climáticas do planeta, aponta Time

Marina Silva é uma das 100 lideranças climáticas do planeta, aponta Time

Seleção é publicada semanas antes da COP 28, a conferência do clima das Nações Unidas, no próximo dia 30, em Dubai; e dias após o anúncio da queda do desmatamento na Amazônia em 22,3%.

POR TATIANA CARLOTTI

Nesta quinta-feira (16), a revista norte-americana Time publicou uma listagem de 100 lideranças climáticas influentes do mundo, incluindo a ministra do Meio Ambiente brasileira, Marina Silva (confira a lista). A seleção é publicada semanas antes da COP 28, a conferência do clima das Nações Unidas, que começa no próximo dia 30, em Dubai, nos Emirados Árabes; e dias após o anúncio da queda do desmatamento na Amazônia em 22,3%.

“Esse resultado é fruto do trabalho de todos nós. É um trabalho para o qual já tínhamos know-how da nossa gestão anterior. Agora atualizamos e estamos vendo esses resultados”, afirmou a ministra ao apresentar a queda de 22,3%, relativa ao período de agosto de 2022 e julho de 2023, conforme registra La Nacíon.

O veículo argentino cobra que “a queda de 22,3% do desmatamento seja usada nas complexas negociações que o Mercosul mantém com a União Europeia para tentar fechar de uma vez por todas o acordo comercial, que está paralisado por demandas ambientais”. Também lembra que o Uruguai deu um ultimato para fechar o acordo antes do final deste ano e que “tanto Lula como o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, comprometeram-se a reforçar os esforços para essa data, agora que o Brasil preside o Mercosul e a Espanha, a EU” (Leia a íntegra).

CONSTRUÇÃO DA PAZ

O Brasil apoia a resolução aprovada ontem (15) no Conselho de Segurança da ONU que exige “pausas e corredores humanitários urgentes e prolongados em toda Faixa de Gaza por um número suficiente de dias” e a “libertação imediata e incondicional de todos os reféns”. Apresentada por Malta, a resolução foi aprovada por 12 votos a favor, com a abstenção dos EUA, Reino Unido e Rússia. Dessa vez, ninguém se manifestou contra. Presente na reunião de aprovação da proposta, o embaixador brasileiro na ONU, Norberto Moretti destacou que se trata de uma resolução tardia, lembrando que antes dela, “resoluções mais abrangentes e oportunas foram propostas, incluindo uma apresentada pelo Brasil. Vetos sucessivos, o espectro de vetos de bolso ou a falta de um processo real de negociação as impediram” (Leia na CNN).

ONDA DE CALOR

A onda de calor que assola o Brasil é notícia em vários veículos internacionais. Nesta quinta, a sensação térmica em Guaratiba no Rio de Janeiro voltou a superar os 50°C. Na região da zona oeste fluminense chegou a 50,6°C, quando os termômetros marcavam 41,4°C. Na terça-feira, a sensação térmica atingiu 58,5°C. Ontem, o índice bateu os 55,6°C.

Segundo La Nación (Leia aqui), “43 cidades, em 10 estados, ultrapassaram a marca dos 40ºC. O maior valor foi de 43,2ºC em Coxim (Mato Grosso do Sul). Página 12 relata a morte de uma criança de dois anos, esquecida numa perua escolar, em São Paulo (Leia aqui). Já o português Expresso informa que 116 milhões de pessoas em 2.707 cidades foram afetadas pela onda de calor, considerada “sem precedentes” no país (Leia mais).

Por fim, a BBC destaca que as condições meteorológicas extremas, somadas ao El Niño, estão se tornando mais frequentes e intensas devidos as alterações climáticas. E alerta: “a previsão é que isso continue enquanto liberarmos gases de efeito estufa que aquecem o planeta” (Leia aqui).

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CRISE AMBIENTAL E SOCIAL

The Independent aponta que a pobreza está matando a floresta amazônica e recomenda: tratar melhor o solo e os agricultores pode ajudar a salvar o que resta da floresta remanescente no Brasil. Para tal, informa a reportagem, é necessário que os 28 milhões de pessoas que vivem na região possam ganhar a vida de forma sustentável. O texto de Christina Larson é parte da série “Podemos alimentar este mundo em crescimento sem deixar o planeta faminto?” (Leia aqui)

A BALA NÃO ERRA O NEGRO

Pele Alvo: a bala não erra o negro (confira), estudo da Rede de Observatórios da Segurança e do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), ganha destaque no The Brazilian Report. Divulgado nesta quinta-feira (16), com base em estatísticas fornecidas pelas polícias do Rio de Janeiro, de São Paulo, da Bahia, de Pernambuco e do Ceará, Piauí, Maranhão e Pará, o levantamento aponta que o número de mortes por policiais nesses oito estados atingiu 4.219 óbitos em 2022. Desse montante, 2.700 das vítimas eram negras (pretos ou pardos), 65,7% do total (Leia a reportagem).

GREVE

A cubana Prensa Latina informa que a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) do Brasil convocou uma segunda greve nacional das forças de segurança para exigir reajuste salarial, com suspensão das atividades da PF em diversas regiões do país. “Esperamos com isso chamar a atenção para uma situação que se arrasta sem motivo convincente, já que a proposta foi aprovada pelo próprio governo federal”, afirmou o presidente da Fenapef, Marcus Firme dos Reis (Leia a íntegra).

SALÁRIO-MÍNIMO

O salário-mínimo é ainda uma reivindicação para enfermeiros, técnicos e auxiliares no Brasil, informa reportagem do El Observador, com base na reportagem de Guilherme Arruda do Outras Palavras (leia aqui). Apesar de mínimo estar previsto em lei aprovada pelo Congresso Nacional, o setor privado de saúde se recusa sistematicamente a pagar o que é de direito. A Paraíba foi o primeiro estado a implementar o salário-mínimo, e os fundos prometidos pelo Ministério da Saúde já foram transferidos para as administrações locais (Leia aqui).

REDAÇÃO DO ENEM

O Diplomatique Brasil traz um artigo da deputada Ediane Maria (PSOL-SP) sobre o tema da redação do ENEM: “desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. Ela cita um levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostrando que “diariamente, em todo o globo, mais de 16 bilhões de horas são dedicadas ao trabalho cuja remuneração é inexistente e a obrigatoriedade vem pela via do afeto, na maioria das vezes imputado a mulheres, sobretudo as que estão na base da pirâmide social — ou seja, negras e pobres. No Brasil, essas mulheres, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua 2022, gastam pelo menos 17h por semana nos afazeres domésticos e no cuidado com filhos, pais, netos, tios e sogros, por exemplo” (Leia aqui).

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