BAHIA: Governo presente cuida da gente

Mídia externa questiona futuro da direita brasileira

Mídia externa questiona futuro da direita brasileira

O New York Times publicou extensa reportagem da edição de sábado (01/07) em que questiona: “Por que Bolsonaro foi desqualificado no Brasil, mas Trump pode concorrer à presidência nos EUA”. E afirma que embora o comportamento de ambos os ex-presidentes tenha sido muito semelhante, as consequências políticas que eles enfrentam foram drasticamente diferentes. O presidente de extrema-direita, que não era o favorito nas pesquisas, alertou sobre fraude eleitoral, apesar de não ter provas. Depois de perder, afirmou que a eleição havia sido fraudada. Milhares de seus partidários – envoltos em bandeiras nacionais e iludidos por teorias da conspiração – invadiram o Congresso, buscando anular os resultados. Esse cenário descreve as eleições presidenciais mais recentes nos Estados Unidos e no Brasil. Mas, embora o comportamento dos dois ex-presidentes – Donald Trump e Jair Bolsonaro – tenha sido muito semelhante, as consequências políticas foram drasticamente diferentes. Embora Trump enfrente acusações federais e estaduais, ele continua sendo a figura mais influente da direita dos EUA e deve se tornar o candidato republicano à presidência. No Brasil, Bolsonaro tem enfrentado represálias mais rápidas e ferozes e também enfrenta inúmeras investigações criminais e está inelegível até 2030.

O argentino Clarín dedicou texto na edição de domingo (02/07) sobre como fica a direita brasileira após a decisão de inelegibilidade de Bolsonaro, tomada na sexta-feira (30/06. O Partido Liberal, que o indicou presidente honorário, pretende que ele se torne um puxador de votos nas eleições municipais de 2024, abrindo caminho para as eleições presidenciais de 2026. O líder da extrema-direita disse que planeja entrar com um recurso no Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro se tornou o primeiro ex-presidente a se tornar inelegível pelo tribunal eleitoral, depois de ter perdido em outubro do ano passado por uma margem estreita de 1,8% para Lula. “O eleitorado de direita no Brasil está consolidado e, com Bolsonaro mais fraco, está procurando um líder. Haverá um herdeiro”, disse Leonardo Paz, cientista político do Centro Internacional de Prospecção e Inteligência da Fundação Getulio Vargas.

A cubana Prensa Latina afirma que a inelegibilidade de oito anos de Jair Bolsonaro reforça a possibilidade de que o ex-presidente brasileiro também seja condenado por outros crimes. A agência lembra que Bolsonaro acumula investigações e processos judiciais que vão desde delitos contra o sistema eleitoral, o desempenho desastroso de seu governo durante a pandemia de Covid-19, até os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília.

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Foro de São Paulo

A 26ª Reunião do Foro de São Paulo, que se reuniu durante quatro dias, aprovou uma resolução de solidariedade a Cuba diante da hostilidade dos Estados Unidos manifestada no bloqueio. Por esse motivo, o mecanismo de coordenação de forças e movimentos de esquerda de 27 países da América Latina e do Caribe aprovou “exigir o levantamento incondicional do criminoso e intensificado bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelo governo dos Estados Unidos há mais de seis décadas”. Exige a exclusão da ilha da “lista ilegal e espúria de países que patrocinam o terrorismo e rejeita os programas de subversão, desestabilização e guerra midiática contra Cuba”, noticiou a agência cubana Prensa Latina. Também exige a devolução de Guantánamo, usurpado por mais de 120 anos pelo governo dos EUA.

Economia

Le Monde noticia que o Grupo Casino de supermercados deve deixar o Brasil em breve. Três dias depois de vender sua participação no Assai Atacadista, o campeão do atacado local, o grupo sediado em Saint-Etienne anunciou, em 26 de junho, que pretendia se desfazer de seu último ativo no país: o Grupo Pão de Açúcar (GPA), no qual detém uma participação de 40,9%. A decisão do Casino faz parte de um vasto plano de reestruturação destinado a superar sérias dificuldades financeiras. Atolado em uma dívida de 6,4 bilhões de euros, o grupo planeja vender suas marcas na América Latina, que representam metade de suas vendas (17,8 bilhões de euros em 2022) e empregam três quartos de sua força de trabalho (cerca de 150.000 pessoas). Assim, o grupo Casino também deverá vender o grupo colombiano Exito, que opera na Colômbia (492 lojas), no Uruguai (96 lojas) e na Argentina (33 lojas).

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