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População 60+ chega a 15,6% e supera a de jovens no Brasil

População 60+ chega a 15,6% e supera a de jovens no Brasil

O Focus21 reúne as citações relevantes sobre o Brasil publicadas pela imprensa internacional

POR TATIANA CARLOTTI

O IBGE vem corrigindo as inconsistências do Censo 2022, realizado sob o desgoverno Bolsonaro. Ontem, a instituição divulgou sua Pesquisa de Pós-Enumeração do Censo, que mostra a ultrapassagem, pela primeira vez, da população idosa sobre os jovens de 15 a 24 anos. O número de pessoas com 60 anos ou mais passou de 8,7% em 2000 para 15,6% em 2023, somando 33 milhões de pessoas. As projeções apontam que, em 2046, os idosos serão 28% da população; e 37,8%, em 2070 (75,3 milhões de pessoas).

A mudança é atribuída à queda na taxa de fecundidade, que passou de 2,32 filhos por mulher em 2000 para 1,57 filho por mulher em 2023. E, também, pelo aumento na expectativa de vida, que subiu de 71,1 anos em 2000 para 76,4 em 2023, com projeção para 83,9 anos em 2070, informa a cubana Prensa Latina.

A população brasileira começou gradualmente a cair. O IBGE prevê uma queda de cerca de 0,4% neste ano e a diminuição gradativa até 2041. A partir de 2042, a queda deve continuar e chegar a 0,7% ao ano em 2070, quando seremos 199,23 milhões no país. Ao corrigir as falhas observadas no último Censo, uma taxa de erro líquido de 8,3%, a instituição estima que a população brasileira, em 1º de julho de 2022, era de 210.862.983 de pessoas e não 203 milhões, conforme divulgado, complementa a Agência Brasil.

Incêndios na Amazônia

O governo brasileiro mobilizou quase 1.500 bombeiros para combater os incêndios decorrentes da seca na Bacia Amazônica, considerada a mais severa em pelo menos duas décadas. Em longa reportagem, o britânico The Guardian aponta que, desde o começo do ano, foram identificados 59.000 incêndios na floresta, o maior número desde 2008. Na última quarta-feira, o Brasil anunciou a mobilização de um efetivo de 1.489 bombeiros para combater os incêndios. No mês passado, mais da metade dos incêndios no norte do país conseguiram ser controlados, porém, com a previsão de pico dos casos nos meses de setembro e outubro, há temores de que a situação possa se agravar. Dez estados brasileiros já foram afetados e os governadores do Pará, Amapá, Roraima e Rondônia foram aconselhados a decretar a proibição do uso do fogo pelos fazendeiros no manuseio de suas terras.

Garimpo ilegal no Mato Grosso

A Reuters divulgou as imagens e o alerta do Greenpeace, desta quinta-feira, sobre a presença de milhares de garimpeiros ilegais para uma nova exploração no estado agrícola do Mato Grosso, no território indígena Sararé. As fotos são chocantes (veja abaixo) e mostram dezenas de acres de floresta desmatada e escavada pelos mineradores. “Em julho, o território Sararé foi alvo de uma operação da Polícia Federal, Ibama e outros órgãos federais para limpar a área e queimar o maquinário de escavação usado pelos garimpeiros. No entanto, como mostram as imagens, dezenas de escavadeiras permanecem lá”, destaca o Greenpeace em nota. Segundo promotores federais da região, 5.000 garimpeiros ilegais se encontram no local, apesar dos esforços de fiscalização da polícia e do Ibama. Mais de 10 indígenas na região estão ameaçados de morte, segundo o levantamento da Greenpeace Brasil.

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Garimpo avança e deixa destruição na Terra Indígena Sararé  © Fábio Bispo/Greenpeace

Imposto super-ricos

O uruguaio La Diaria traz uma análise sobre a proposta do presidente Lula de implementar um imposto sobre os super-ricos. A proposta que prevê um imposto global de apenas 2% para os bilionários será discutida, em novembro, na Cúpula do G20. Estima-se, com a medida, um aporte entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões por ano. Segundo o economista uruguaio Mauricio de Rosa, a proposta pode ser uma ferramenta eficaz para reduzir as desigualdades sociais e financiar políticas públicas que enfrentem o déficit fiscal.

Sobre o tema, a Inter Press Service publicou nesta semana um artigo “Tributar os super-ricos pode financiar a luta contra as mudanças climáticas”, apontando que praticamente toda a riqueza dos super-ricos provém da propriedade de empresas e impérios imobiliários, e não do seu trabalho. Leia a tradução aqui no Fórum 21.

Apostas esportivas

Patria Latina traz uma reportagem sobre o crescimento exponencial do mercado de apostas esportivas e cassinos online o país, que promete movimentar até R$ 130 bilhões em 2024. O grande problema é o número das perdas dos brasileiros com apostas, que totalizaram R$ 24 bilhões no último ano. Especialistas questionam a ética da participação de empresas de mídia na promoção dessas atividades, uma vez que esse mercado está impactando negativamente o orçamento familiar e as vendas no varejo, especialmente entre as classes mais baixas.


Foto de capa: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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