Reuters: Lula cobra confiança para acordo União Europeia-Mercosul
A Reuters reportou uma das principais notícias desta segunda-feira no Brasil: o encontro da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, com o presidente Lula. Ursula disse que a UE espera finalizar seu acordo comercial há muito adiado com o bloco de países sul-americanos do Mercosul até o final do ano. Lula criticou um adendo que a UE acrescentou ao acordo sobre as preocupações europeias com o desmatamento da Amazônia. Lula se preocupa com possíveis sanções para obrigações não cumpridas. “A premissa entre parceiros deve ser a confiança mútua, não a desconfiança”, disse Lula. A União Europeia está aguardando uma resposta do Mercosul a sua proposta de anexar compromissos de sustentabilidade e mudança climática ao acordo firmado em 2019. Lula disse no início deste mês que o Brasil não assinaria o pacto comercial sem ajustes, apontando especificamente para a oposição de seu governo em permitir que empresas europeias vendam para o setor público do Brasil.
A agência detalhou também a agenda da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que inicia nesta segunda-feira uma viagem por quatro países da América Latina para reforçar os laços políticos e comerciais que a União Europeia admite ter negligenciado em alguns momentos. Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, a União Europeia tem procurado parceiros com “ideias semelhantes” para fornecer outras fontes de comércio e minerais essenciais necessários para sua transição verde e ajudar a reduzir sua dependência da China. Von der Leyen se reúne com os presidentes do Brasil, Argentina, Chile e México em dias consecutivos. Bruxelas também receberá mais de 30 líderes da América Latina e do Caribe em uma cúpula nos dias 17 e 18 de julho. O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, disse que a parceria tem sido, às vezes, “tomada como garantida, ou até mesmo negligenciada”.
Outra agência, a France Press, veiculou a íntegra da entrevista coletiva de Lula e Ursula.
O uruguaio El Observador noticiou o giro da presidente da Comissão Europeia por Brasil, Argentina, Chile e México.
Os economistas brasileiros reduziram suas expectativas para a inflação de longo prazo, pondo fim a meses de projeções inalteradas que o banco central havia citado como motivo de preocupação, informa a Reuters. De acordo com a previsão mediana de uma pesquisa semanal do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, as projeções de inflação para 2025 agora estão em 3,9%, abaixo da estimativa anterior de 4,0% calculada desde 24 de março. A expectativa para 2026 também diminuiu para 3,88%, em comparação com a previsão anterior de 4,0%, calculada desde 17 de março.
A publicação Brazilian Report também noticiou a melhora dos dados econômicos no Brasil com o título “Mercado em alta e dados macroeconômicos positivos alimentam o otimismo no Brasil”. Informa que as mais de 140 instituições financeiras pesquisadas semanalmente pelo Banco Central aumentaram mais uma vez suas expectativas para o crescimento do PIB em 2023. A projeção mediana para o ano agora está em 1,84%, bem acima da previsão da semana passada de 1,68%. Um mês atrás, a previsão mediana era de apenas 1%. As estimativas para a inflação deste ano caíram pela quarta semana consecutiva, de 5,69% para 5,42%, enquanto as projeções para o próximo ano caíram pela segunda vez, de 4,12% para 4,04%.
Jornalista, ex-Folha, Reuters e Valor Econômico. Participei da cobertura de posses presidenciais, votações no Congresso, reuniões ministeriais, além da cobertura de greves de trabalhadores e de pacotes econômicos. A maior parte do trabalho foi no noticiário em tempo real. No Fórum 21, produzo o Focus 21, escrevo e edito os textos dos analistas.